sexta-feira, 25 de abril de 2008

Doces Lembranças




Infância.Quem não recorda de algo marcante, um momento, um episódio, uma história. Os dilemas de ser criança. Um tempo onde nossas maiores preocupações eram as notas vermelhas no Boletim e as provas finais. Bons tempos, saudades que recordam felicidade.
Lembro de muitas coisas.
Das tardes inteiras brincando de Barbie. Quando eu, minha irmã Karla e nossas amigas (Danilla, vc deve lembrar disso), carregávamos os apetrechos, às vezes caixas inteiras, uma para casa das outras.
Das brincadeiras de panelinha, onde fingíamos cozinhar de verdade. E pasmem: fritávamos até ovo! Ah! Eu também não esqueço do dia em que sem querer o cabelo de Fernandinha chamuscou em nosso fogãozinho improvisado (Cambito e Bilu lembram disso?).
Dos passeios de bicicleta, voltas e voltas no mesmo quarteirão. Ou, na melhor das hipóteses, na pista de barro, do outro lado da rua.(Lembra disso Luisinha?)
Dos desfiles de moda, onde nos fantasiávamos de Top Model e nos alternávamos em uma passarela improvisada em uma de nossas casas.
Das brincadeiras de elástico, esconde-esconde, picula, três-três passará, mamãe quero ir, baleado, bandeirinha, macaquinho.
Das tardes de sábado no Clube Social, onde quase viramos sereias devido ao excesso de exposição à água. Ahaahahahahaha (Helena, Minha amiga-irmã deve lembrar disso)
Das noites de domingo, na matinê na Boite Ritmos, onde começamos a olhar os meninos com outros olhos.
Das noites durante a semana, quando jogávamos Banco Imobiliário (escondido é claro) no quarto. (Euller, vc lembra disso?)
Dos fins de tarde em que íamos andando até o centro da cidade, todos de chinelos, para tomar sorvete e bater papo (esse era o famoso ARRASTÃO). Soraya e Hildegardes, vcs lembram disso?
Das manhãs em que me sentei com a finada Antônia, e ficava a admirar a habilidade com que ela fazia roupas para minhas bonecas.
Lembro também dos tombos, quedas, das brigas, das vezes que ficamos de mal, do joelho deslocado...
De Álamo e Arion, os dobermans mais temidos do quarteirão.
Dos trotes de telefone que passávamos por pura gaiatice.
Das vezes que tocávamos a campainha das casas de estranhos e saíamos correndo.
Lembro dos amigos e colegas que perdi quando era criança: Katerine, Leo, Maria. E da minha grande perda: Meu avô Hélio. Não era capaz de entender porquê as pessoas morriam e, na verdade, nunca cheguei a imaginar nenhum deles morto. Sempre os imaginava num navio, bem grande, que navegava rumo ao horizonte e nunca mais voltaria. Era mais reconfortante.
Lembro das minhas professoras, minhas “Tias”: Lia, Regina, Ana, Gildete (não me levem a mal, mas esta tinha barba, bigode e até costeletas!), Carisa. Todas amáveis, todas modelos para mim.
E não poderia deixar de lembrar das apresentações de Ballet no Teatro Municipal. Ahh, ainda teve aquele ano em que nos fantasiamos de Paquitas (isso mesmo!) e fizemos uns 4 números num dia de festa na escola. (Ana Karina, Olga e Ettimara, vcs lembram disso?)
Lembro das artes.
Quando eu e minha irmã Karla tentamos alisar os cabelos usando a Soda Cáustica de minha mãe. Do dia em que pegamos todo o dinheirinho que ganhamos de alguém (não lembro quem), e compramos todo de chicletes, depois escondemos o saco gigantesco em nossa gaveta de pijamas.
Muitas coisas para lembrar. Já imaginou se conseguíssemos recordar de tudo? Seria ótimo.
Hoje quando olho para os meus filhos, penso que a maioria das coisas que eles fazem hoje, serão memórias apagadas em suas lembranças. Mas em meu pensamento, cada sorriso deles será eterno, cada traquinagem será hilária e cada choro será sempre motivo para a lembrança do aconchego.
Por isso, falo a todos os amigos que têm filhos: a infância deles sempre será mais dos pais do que das próprias crianças. Aproveitem esse momento da vida de seus filhos. É um tempo que não volta mais. Momentos que se deixarmos passar, se foram para sempre. Não sacrifiquem isso por nada, nem mesmo pela idéia obsessiva que alguns pais tem de que precisam garantir financeiramente o futuro.
Uma criança que não tem uma infância feliz, com certeza terá um futuro um tanto quanto duvidoso.
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quinta-feira, 10 de abril de 2008

Palavras na areia...

 
Posted by Picasa
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