domingo, 18 de outubro de 2009

Rock you like a hurricane*


Flashes, contratos milionários, escândalos... Vida de Celebridade.

Hoje é mais do que comum nos depararmos com uma celebridade instantânea, dessas fabricadas em série por programas como o Big Brother ou A Fazenda. É tão chocante considerarmos tais personagens “famosos”, que chega até ser grotesco. Afinal, é muito diferente falar em Fernanda Montenegro e Kleber Ban-Ban.

 
Ops...alto lá! 

Antes que taxem o post de preconceituoso esclareço: o intuito aqui é falar sobre o que leva uma pessoa a ser famosa. O que ela fez para isso, são outros 500. 

Esclarecido, vamos adiante. 

A ideia original do conceito de fama perpassa por algo atrelado ao desempenho de atividades que requeiram talento e habilidade. Mas isso já é passado. A grande mídia descobriu como “inventar” famosos e lucrar absurdamente com isso. O resultado são péssimos cantores, maus atores, reles escritores e por aí vai... 

Engolimos verdadeiros mastodontes (sapos são pequenos) como se nos deliciássemos com iguarias finas. A ideia é nos transformar em fervorosos adeptos do Culto à Cultura de Massa. Credulidade à parte, não dá para deixar passar em branco a maneira como ela embota a nossa capacidade de julgamento.

Pare e pense: Como são as letras de músicas hoje?


Hum...deixo a resposta ao seu critério...afinal, não é tão difícil ter uma opinião a respeito de algo tipo:
“Se vê um trio elétrico
Elas seguem logo atrás
E na bobeira samba batendo caminhão de gás
Não tá na Internet, nem na televisão
Deve tá no pagode ralando a tcheca no chão 
Deve tá no pagode ralando a tcheca no chão”
Não bastasse o cerceamento do julgamento, ainda tem a vilania da estratégia. Isso mesmo, vilania. A grande mídia é uma verdadeira vilã, das mais cruéis e sem caráter, pois ao mesmo tempo em que oferece o “céu” à futura celebridade, não revela o preço que a fama pode ter. 


Muita gente não acreditou nessa “maldade” e acabou na cova. 

É, o caminho é difícil, a ascensão pode ser estratosférica, mas o fim é sempre uma certeza.

Elvis Presley, Marylin Monroe, Michael Jackson. Famosos que ocultavam, por trás de suas carismáticas figuras, os tormentos e mazelas da vida célebre. 

A fama cega, seduz. Ela enreda o seu escolhido, sugando-lhe todas as forças, exigindo enormes sacrifícios. E mesmo assim, ainda posa de complacente e valiosa. Nunca revela de cara que percalços aguardam os desavisados. Mas cobra a conta como se o houvesse feito. 

Elvis Presley nasceu em 1935 nos EUA. Era filho de um casal pobre, da classe operária. Acabou tornando-se o Rei do Rock e, por tabela, viciado em remédios, drogas e bebida. Especula-se até hoje, que sua morte tenha sido causada por uma overdose de medicamentos.


Marylin Monroe fazia milhões de fãs sonharem ardorosamente com suas formas femininas. Era garota propaganda de produtos mundialmente famosos como o perfume Chanel nº 5. Mas por trás disso, sofria de intenso desequilíbrio emocional, além de ser dependente de álcool e drogas. Entre vários casamentos e relacionamentos afetivos da diva, um destaca-se por sua total discrepância: seu casamento com o dramaturgo Arthur Miller. Esta união foi vista muitas vezes como a simbiose entre o intelecto e o sex-appeal puro, a real comunhão entre o corpo (Marylin) e a mente (Arthur). 


No entanto, sob a fachada desse glamuroso casal, escondiam-se conflitos profundos da alma: a eterna busca de Marylin pela figura paterna e segurança, e os instintos protecionistas e luxuriantes de Arthur. O casamento acabou sendo a união conveniente de duas personalidades cintilantes de sua época, que aparentemente tinham tudo, menos felicidade. O retrato desse idílio pode ser conferido no livro “Marylin Monroe e Arthur Miller: Sexo e Arte”, da escritora alemã Christa Maerker, Editora Gryphus. 

Mas o que um casamento imperfeito tem haver com a fama? Tudo. Ela corrompe o caráter, mina os valores, fragmenta a alma, escraviza. 

Não é exagero dizer que muitos famosos são zumbis de si mesmos. Que o digam Kurt Cobain, Michael Hutchence (INSX), Jimi Hendrix, Janis Joplin, James Dean, Anne Nicole Smith, Hearth Ledger…


Porém, até hoje ninguém conseguiu superar Michael Jackson. De garoto pobre de Gary, Indiana, a Rei do Pop foi um longo trajeto. Tão longo que as mudanças sofridas por ele não ficaram restritas apenas ao seu íntimo, extrapolaram o limite da aparência. Tornaram Michael um mutante, uma criatura andrógena e reclusa em sua própria “Terra do Nunca”.

Ah... e ainda tem aqueles fãs entusiastas que além de tornaram-se covers de seus ídolos, desejam tão ardorosamente ser o próprio que até fazem cirurgia plástica. Isso sem falar daqueles que alimentam “Teorias da Conspiração”, como a da falsa morte de Jim Morrison (The Doors).

Imaginem que propagam a ideia de que o astro ainda vive, baseando-se na seguinte “constatação”: o cantor media 1,83m e seu caixão tinham apenas 1,75m. Agora pasmem: não só Jim estaria vivo, como vivendo nas Ilhas Seychelles, no meio do Oceano Índico. Há quem acredite que Elvis e Michael Jackson seguiram por este mesmo caminho. Vai saber, né?

Voltando às nossas divagações sobre os “motivos” ou “precedentes” para a fama, cabe uma pergunta (meio tipo 3 em 1): O que realmente faz uma pessoa se tornar idolatrada: O que ela faz em vida ou como ela é lembrada depois da morte? 

Observem que pode até parecer a mesma coisa. A mesma dúvida. Mas não é. Tudo tem um amplo significado, interpretação. E as respostas para estas indagações são subjetivas, pois se basearão em nossas próprias crenças, nossos próprios pontos de vista. 

De qualquer forma, vocês, como eu, hão de concordar que as reveladoras e chocantes palavras de Marylin Monroe, desmistificam a imagem romântica da fama:
“Hollywood é um lugar onde pagam milhares de dólares por um beijo, mas apenas 50 centavos por sua alma.”

*O título desde post é o nome de uma canção gravada pela Banda alemã Scorpions. Ela trás como refrão principal os seguintes versos: “Here I am Rock you like a hurricane” Traduzindo: “Estou aqui para te balançar como um furacão.” A música faz parte do álbum “Love at First Sting”, e chegou a figurar entre as 10 melhores / mais tocadas em todo mundo, em 1984, segundo a Revista Billboard. Sua letra fala sobre badalação, luxúria, desejo. Tudo haver com o “furacão” da Fama.

9 comentários:

X disse...

É uma pena, mas o que não faltam são pessoas que objetivam a fama acima de tudo!! Preferem chegar no topo da maneira mais fácil e rápida, aí a queda é feia, pq pessoas assim não duram!!!
Que música liiinda, como é "tcheca no chão"kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Não quero imaginar o lugar que essa pessoa estava quando fez essa bendita música!!! hahahaha
Ah, os filmes Hearth Ledger são lindos!!Ele tbm era, foi uma pena, tão novo!!!
Adorei essa história da Marylin Monroe!!
bjuuus Barbara

Paulo Tamburro disse...

BARBARA, ao ver esta serie de lembranças, lembrEi-me de uma crônica que gostaria que você tomasse conhecimentoc de alguns trechos

O titulo é:
50 ANOS DE BOSSA NOVA E O SORVETE ERA CHICABOM !
O mundo era preto e branco. Dont be cruel, é com Elvis Presly.

Copacabana vazia e João Gilberto cantando "Ho-ba-la-la".

Nara, Boscoli e litlle Richard.Carros pretos importados. Cadillac o mais extravante, bonito e sensual carro já fabricado no mundo.


Maiôs eram bem comportados.A mulheres faziam permanentes nos cabelos.Só me lembro muito vagamente...

Bob Dilan e Mr.Tambourine man.

Coisa mais bonita é você assim.
Tijuca é o Alto da Boa Vista. Mas,sou mais o Grajaú.Afinal ela morava lá.

Carlos Lyra toma carona de bonde.Só andamos nos estribos.Coisa de adulto.

Bem aí eu estava quase nascendo para o mundo. Quebrando o cinema carioca, na tijuca. Nas matinês.

E para baratinar mais ainda minha cabeça, lá vem: E Deus criou a Mulher. Brigite Bardot a inspiradora dos meus primeiros e solitários prazeres. Copacabana continuava vazia.

Os bondes eram superlotados. A vida tinha cheiro de flamboyant. E as lotações?Vieram antes ou depois.

Eu ainda era miudinho. Só se nascia depois dos 18. Antes eram só espinhas.

Nas ruas tinha uma árvore que dava umas frutas amarelas com uma “sica” danada. Não me lembro o nome.

Agora lembrei: oiti. Mais tarde eu, e mais três amigos fizemos um conjunto de rock: The Four Bad. Um deles tocava violão e cantava, o resto era o coro. Então, eu era o resto.

Menina só usava saia. Saia abaixo da canela. As saias subiram, muito mais tarde. Sei lá quando.Mais era o maior barato.Cada coxão!


Mas é na música Only You que ele faz o solo de piano mais bonito que já ouvi na minha vida. E olha que eu já ouvi muitos solos! Casou-se com uma sobrinha.

A menina era quase uma recém-nascida. A carreira dele fez água. O conservadorismo norte-americano o destruiu, algumas vezes. E ele enchia a cara de álcool.

Elvis começou a tomar um monte comprimidos. Uns para dormir, outros para ficar acordado. Isto no final. Final de uma carreira incomum.

Elvis Não morreu. Desculpe o lugar comum. Perfume? Deixe-me lembrar... Fácil: Lancaster, mais popular e Bond Street, este pegava mais pesado. E como se fazia sexo? Pela ordem? Então vamos lá: com as empregadas domésticas, prostitutas.


Dá para misturar à vontade. As roupas tinham muitos botões. Eu tinha uma camisa amarela que usava no conjunto de rock que era um sucesso. Os botões eram pretos. E eram muitos.

O instrumento era o violão. Quem não tocava violão, estava aprendendo. Para tocar rock no violão era necessário saber apenas, uns quatro ou seis acordes e estávamos conversados. Quem complicou muito o violão foi a bossa-nova.

Aliás, a bossa nova - apesar de ter sido a música que encheu de sons, tudo de bom da minha vida - tinha alguns sérios problemas que nunca foram resolvidos. Quando as caras tocavam todo mundo tinha que prestar atenção.

E sentados. Não se dançava bossa-nova como bossa nova. Quem tentou criar uma dança específica foi um bailarino americano chamado Lennie Dale e que, também cantava. Mas não pegou.

As mulheres até que começaram a ensaiar. Mas os homens se consideravam muito machões e a coreografia da dança exigia que se desse umas reboladas. Afinal eu sou de uma época que poucos homens rebolavam. É verdade!

Mulher trabalhava preferencialmente, como professora primária. Todo primeiro emprego do homem era como bancário. O que eu posso fazer.

Quer que eu minta? Aí o mundo começou a entrar em outros tempos. Vieram os Beatles e um monte de gente atrás. E acabou, hoje dando nisso. Ouçam: o funk Espanhola - porque eu ainda não tenho coragem para escrever algumas poesias contemporâneas - com a cantora Tati Quebra Barraco. Chega de saudade. Mas, a realidade, é que sem ela não sei viver.

Júlia Mello disse...

"A ideia original do conceito de fama perpassa por algo atrelado ao desempenho de atividades que requeiram talento e habilidade. Mas isso já é passado."

Por isso detesto quando chamam os famosos de "artistas". Alto lá: artista é uma coisa, famoso é outra. Essa mistura que fazem hoje em dia, como se fossem sinônimos, acaba desvalorizando totalmente o verdadeiro artista!

Luna Gandra disse...

Grandes personalidades se perdem com a fama. Parece que mesmo depois te terem dinheiro eles não tem a liberdade.
Pra mim a morte da pessoa traz a tona as coisas que ela fez em morte, então a sua fama é complemento. Afinal ficar famoso mesmo pós morte é complicado !

Luna Gandra disse...

Grandes personalidades se perdem com a fama. Parece que mesmo depois te terem dinheiro eles não tem a liberdade.
Pra mim a morte da pessoa traz a tona as coisas que ela fez em morte, então a sua fama é complemento. Afinal ficar famoso mesmo pós morte é complicado !

εїз ViViAn ★ Sbrussi /(",)\ disse...

oieee!

seu blog está d+!!!

=D

Anônimo disse...

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Anônimo disse...
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