sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Presente da Vida

Todo mundo em algum momento da vida pensa em coisas que gostaria de dizer ou ter dito a alguém. Pode ser aos pais, irmãos, filhos, amigos, esposo ou esposa, namorado ou namorada, tio, primo...
Pode ser que você não diga por não saber como começar, que tenha vergonha ou que simplesmente ache que pode ficar para depois.
Bem, hoje resolvi escrever sobre alguém especial, alguém que amo: minha filha do coração Jádila.
Não posso falar do que sinto por ela, sem contar antes como nossas vidas estavam realmente fadadas a se cruzarem.
Não me tornei mãe de Jádila  de uma hora para outra, nem por ausência de sua mãe verdadeira Maria Lúcia, que devo dizer é uma pessoa maravilhosa, uma mulher de fibra. Fui me transformando aos poucos, como na história do pequeno príncipe e raposa.
A primeira vez que a vi, ela era bem pequena, tinha cerca de 7 anos. Morávamos no mesmo prédio, ela  descia uma pequena escada que dava acesso ao edifício. Magrinha, branquinha, com uma enorme cabeleira loira, me deu um sorriso iluminado. Naquele momento eu nunca imaginaria que um dia seríamos tão próximas. 
O tempo passou. Jádila se mudou e não a vi mais. 
Um dia minha sogra me diz que está tomando conta de uma menina, que está morando com ela por conta da mãe ter que trabalhar. Quando chego à casa da minha sogra descubro que essa menina é ninguém menos do que Jádila.
 Sempre meiga e carinhosa, ela conquistou o coração de toda família e encontrou em Diandra, minha filha, uma irmã mais nova. 
Passei a acompanhá-la, vê-la crescer. Compartilhávamos muitos momentos. Vi quando seus dentes de leite caíram, quando ganhou uma boneca que era quase maior que ela, quando cortou a testa, quando chorava por medo de alguma coisa, quando acordava cedo e ficava horas no banheiro se maquiando para ir à escola... já era sua mãe. 
Hoje tenho orgulho de dizer que ela é minha filha. A filha que não nasceu de mim mas que Deus em sua infinita sabedoria colocou no meu colo, no meu caminho. Uma verdadeira benção.
Todos os dias faço uma prece silenciosa, agradecendo pelos meus 4 tesouros: Diandra, Jádila, Sol e Kauê.
Então, se você leu este post e se lembrou de alguém que ama e ainda não expressou a dimensão dos seus sentimentos, corra! Não deixe para depois!
E para Jádila, que será sempre dona de uma pedaçinho do meu coração, deixo aqui o trecho do livro O Pequeno Príncipe que sempre me fará lembrar dela.


- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda. 

- Ah! Desculpa, disse o principezinho. 
Após uma reflexão, acrescentou: 
- O que quer dizer cativar ? 
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras? 
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar? 
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa criar laços... 
- Criar laços? 
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...



2 comentários:

Crys Quinto disse...

Muito lindo Barbara Bastos... Bjs.

Lisa Souza disse...

Lindoooooooooo...lindoooooooooooooooooo.Amei.Parabéns minha amiga.

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