terça-feira, 20 de agosto de 2013

Verdades veladas

Imaginamos saber das coisas.
Pois é, o nosso erro é IMAGINAR.
Tendemos a acreditar no que vemos na mídia.
Mas esse não é o maior problema. A grande questão é o que não vemos na mídia.
Uma das maiores verdades veladas que andam por aí é sobre Fukushima.

O acidente nuclear de Fukushima, no Japão, aconteceu em março de 2011, após a instalação ter sido atingida por uma tsunami, depois de um tremor sísmico. O evento catastrófico causou uma série de falhas nos equipamentos da Central Nuclear de Fukushima I e lançou materiais radioativos no meio ambiente.
Seria Fukushima o maior desastre ambiental de todos os tempos?
A cada dia, 300 toneladas de água radioativa oriunda de Fukushima entra no Oceano Pacífico. O material radioativo que está sendo lançado vai sobreviver a todos nós por uma grande margem de tempo, sendo constantemente acumulando na cadeia alimentar. Ninguém sabe ao certo quantas pessoas irão eventualmente desenvolver câncer e outros problemas de saúde como resultado deste desastre nuclear, mas alguns especialistas não têm medo de usar a palavra "bilhões".
Em seu novo romance, lançado recentemente sob o título "The Beginning Of The End", o ex-advogado norte-americano Michel Snyder, fala com propriedade sobre a verdadeira aberração que é Fukushima.
Segundo ele, o que aconteceu é um pesadelo de proporções inimagináveis, e não há em todo o hemisfério norte quem seja capaz de se esconder dele. 
Por que?
  • Estima-se que existam 1331 barras de combustível nuclear usadas ​​que precisam ser removidas de Fukushima. Por conta de todos os danos, a remoção guiada eletronicamente por robôs, não será possível. A remoção manual é muito arriscada, pois um único erro pode levar a uma reação em cadeia.
  • De acordo com a Reuters, a quantidade combinada de césio-137 contida nessas barras de combustível nuclear é 14 mil vezes maior do que a que foi lançada quando os EUA lançaram uma bomba atômica sobre Hiroshima no final da II Guerra Mundial.
  • Autoridades do Japão admitem que 300 toneladas de água radioativa de Fukushima entram no Oceano Pacífico a cada 24 horas.
  • Foram encontrados ao longo da costa oeste do Canadá, peixes que apresentavam sangramento nas brânquias, barrigas e olhos. Fukushima seria responsável?
  • 150 ex-marinheiros e fuzileiros navais declararam ter doenças provenientes da radiação, como resultado de servir em navios da Marinha dos EUA perto de Fukushima e estão processando o governo americano por danos.
  • O iodo-131, césio-137 e estrôncio-90, que estão constantemente vindo de Fukushima vão afetar a saúde das pessoas que vivem no hemisfério norte por muito, muito tempo. O iodo-131, por exemplo, pode ser absorvido pela tireóide, onde emite partículas beta que causam danos aos tecidos. Distúrbios na tireóide já foram relatados em pelo menos 40% das crianças na área de Fukushima. Esse percentual pode ser mais alto ainda. Em jovens em desenvolvimento, os danos na tireóide, podem prejudicar o crescimento físico e mental. Entre os adultos, provoca uma gama muito ampla de doenças, incluindo o câncer. O Césio-137  foi encontrado em peixes capturados em locais bem distantes como a Califórnia. Este elemento se espalha por todo o corpo, mas tende a acumular-se nos músculos.  O estrôncio-90 imita cálcio e vai para os nossos ossos.
  • Acredita-se que a instalação nuclear de Fukushima originalmente continha 1.760 toneladas de material nuclear.
  • Existem previsões que estimam, em breve,  níveis de césio, de 5 a 10 vezes maior do que os encontrados durante a era dos testes de bomba atômica, no Pacífico há muitas décadas.
  • De acordo com o Wall Street Journal,  a limpeza de Fukushima pode levar até 40 anos para ser concluída. 
Infelizmente, o verdadeiro horror do desastre só está começando a ser entendido agora e a maioria das pessoas não tem absolutamente nenhuma ideia de quão sério tudo isso é.
A área imediatamente em torno de Fukushima já é permanentemente inabitável, e a verdade é que uma área muito maior do norte do Japão provavelmente deve ser declarada fora dos limites para a habitação humana.
Mas isto não é apenas sobre o Japão. 
A realidade fria e dura da questão é que este é verdadeiramente um desastre âmbito planetário. 
O material nuclear de Fukushima vai ser espalhado por todo o hemisfério norte e um número incontável de pessoas vai acabar gravemente doente.
E lembrem-se: este é um desastre que não está nem perto de ser contido ainda. 
Centenas de toneladas de água radioativa continuam a entrar no Oceano Pacífico a cada dia, tornando o desastre que estamos enfrentando ainda pior.
É o homem demonstrando porque pode ser considerado o maior predador de sua própria espécie. O maior devastador da vida global.

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