quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Selo J´Adore tien Blog


Este selo foi oferecido ao Idéias de Bárbara pela Vivian Fontini do A língua Nervosa
Os beijos do final do post são pra ti, querida...

Olha as regras!
- dizer cinco coisa que gostamos de fazer;
- exibir a imagem do selo;
- postar o link do blog que te indicou;
- indicar blogs de sua preferência;
- avisar seus indicados;
- publicar as regras;
- conferir se os blogs indicados repassaram o selinho e as regras.

Então vamos lá...
5 Coisas que gosto de fazer...

1- Namorar
2- Ler
3- Escrever
4- Gastar com bobagem
5- Dormir

Aí vão meus indicados:

Dila na Janela
Humor em Textos
Puxadinho Mundo Insano
Dika.com
Beleza no Imperfeito
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domingo, 27 de setembro de 2009

Revirando o Baú

Muita gente crê na antiga máxima :“Quem vive de passado é museu.” E sob certos aspectos até que a citação está correta. Vamos imaginar que em matéria de história, não existe descrição melhor. Teorias e máximas à parte, analisar a evolução humana pode ser considerada uma das melhores (se não a melhor) forma de entendermos o que somos hoje. Há alguns posts atrás, falei sobre a carga de significados que se encontra atrelada a um comercial, uma propaganda. Hoje vou mostrar como evoluímos em explorar uma imagem. Em 1958, exatamente há 51 anos, marcas como Omo, Nescau, Kolynos (agora Sorriso), Ninho, Toddy, Palmolive, Cônsul, Goodyear, Walita e Ovomaltine anunciavam assim:




Agora os anúncios são assim:




Repararam nas diferenças? São muitas. Mas a principal de todas está na redução de informações. As propagandas antigas preocupavam-se em descrever o produto, enaltecendo suas qualidades e benefícios. Hoje, a propaganda passou a um estágio meramente interpretativo. Graças aos pequenos slogans e a excessiva valorização da imagem, é possível transmitir diversas mensagens a diferentes públicos. É como se o objetivo fosse fazer com que o produto crie uma imagem para cada pessoa. Cada um imagina diferente. No final as diferenças são o que acaba por fomentar o consumo do produto. As propagandas do século passado não davam muita margem a este tipo de mecanismo. Elas buscavam a objetividade, clareza, evidência. Era com atirar num alvo parado. Hoje os “tiros” são mais estilo “O Procurado” (filme com Angelina Jolie e Morgan Freeman). Pode parecer bobagem comparar o antigo com o novo. Mas é assim que entendemos como a mente humana avança ou retrocede (depende do seu ponto de vista). Ah, mas a coisa não para por aí. Sabiam que muito do que falamos hoje, tinha ou tem outra denominação? Vou falar agora de uma coisinha chamada Figura de Linguagem. Em foco aqui, a Figura chamada Metonímia. Esta categoria se subdivide em mais de 14 tipos. Mas, em se tratando de propaganda, vamos falar da subdivisão chamada: Marca pela coisa ou produto. É aqui que entram:

Maisena
Gilete
Bombril

Cotonete

Q-boa
Xerox

Lycra

Chiclete (chiclets)

Isopor

Leite Moça

A propagação destas marcas tornou-se tão massiva que seu nome passou a ser adotado como sendo o próprio nome do objeto. Isto é Metonímia pura. Tanto que soa estranho quando alguém se refere a um desses produtos por seu nome verdadeiro:

Amido de Milho (Maisena)
Lâmina de Barbear (Gilete)
Lã de aço (Bombril)
Haste flexível com pontas de algodão (Cotonete)
Água Sanitária (Q-Boa)
Fotocópia (Xerox)

Elastano (Lycra)

Goma de mascar (Chiclete)

Poliestireno Expandido (Isopor)
Leite Condensado (Leite Moça)

São muitos os exemplos desse tipo de Metonímia que fazem parte do nosso cotidiano. O mais curioso, porém fica por conta da Xerox, que, assustadoramente, acabou evoluindo de mera Metonímia para um tipo andrógeno de derivação imprópria. É mais ou menos como se ela tivesse assumido ares de substantivo gerador de um verbo: Xerocar. Vide aqueles que falam: “Vou xerocar tudo.” Este é o verdadeiro poder do Marketing. Alguns teóricos da língua sugerem que mecanismos como este fazem parte da evolução lingüística. Outros o taxam de retrocesso. Se é atraso ou avanço, você decide. O fato é que já foi mais do que implementado em nossas relações cotidianas. Tudo graças à força da cultura de massa.

Obs: Todas as imagens das propagandas antigas fazem parte do acervo visual da Rede Mundo Melhor.
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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mais Selos



Antes de qualquer coisa, tenho que agradecer as indicações a minha querida CarOl. Please, forgive me CarOl, mas só os vi hoje. O abraço é pra ti querida!!!!!



Selo Esse Blog não sai da minha cabeça.

Quem receber o selo precisará:
- Indicar 7 Blogs
- Dizer 7 coisas que não saem da sua cabeça
As sete coisas que não saem da minha cabeça:

1- Meu Marido
2- Meus Filhos
3- Amigos
4- Livros
5- Sapatos
6- Imaginação
7- Mudanças do Ideias

Quem Indico:
Blog do Barzinho
Ana Gabi
Pé de Meia
Rede Mundo Melhor
Folhas Avulsas
Amiga da Moda
Hippies e Beatnicks


Selo Uma Cucaracha

Regra: Citar alguma coisa que vc, quando criança, imaginava ser legal, mas que foi só imaginação mesmo. Passar para pessoas de imaginações férteis, quantas quiser!!
“Bom, aí vai o segredo: Quando eu era criançinha meu maior desejo era ser (agora, pasmem) piloto de porta-aviões da Marinha!"
Quem Indico:
A Língua Nervosa
Amizade
Maha
Coisando
Diz Aí
Gossip Girl
Palavras são Palavras
Suaninha
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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Velhinhos

Emocionante. Realmente não existe outra palavra para descrever a sensação de ver e ouvir mais de 200 velhinhos cantando “Mamãe eu quero mamar, “Cidade Maravilhosa” e “Bandeira Branca”. Marchinhas carnavalescas conhecidas por todos. E eu lá, no meio deles, em plena quinta-feira à tarde, no Teatro das Artes (RJ), completamente extasiada. Mas o que era tudo isso? O fantástico espetáculo musical “Sassaricando, e o Rio inventou a marchinha”. Idealizado por Rosa Maria Araújo e Sérgio Cabral (o pai, pelo amor de Deus!), traz em seu elenco nada mais nada menos do que o intrépido Eduardo Dusek.
Ver todos aqueles idosos cantando e dançando era o mesmo que enxergar em seus olhos as histórias do passado.
E me coube a pergunta: Por que tanta gente despreza os idosos? São tão maravilhosas as coisas que eles contam. Sua vivência e o peso dos anos presenteiam-nos com verdadeiras pérolas de sabedoria. De mais a mais, todos acabaremos sendo velhinhos um dia. Este é fluxo natural nas coisas. Talvez o grande X desta equação esteja com ambição humana pela jovialidade, por viver eternamente. E como conseqüência desta suposta perspectiva anti-envelhecimento, desprezam-se os velhos.
Mas não é tão incomum encontrarmos por aí algumas Dóris (personagem que maltratava os avós na novela Mulheres Apaixonadas).
Sempre amei ouvir meus avós. E também tive o privilégio de poder conviver com duas bisavós. Um verdadeiro tesouro.
Entender suas necessidades, formas de agir e maneiras de pensar são as prerrogativas para a construção de uma relação de respeito com o idoso.
A desvalorização e desumanização dos velhinhos está enraizada na evolução da desestruturação familiar. Da humilhação e mal-trato no âmbito familiar, para o desrespeito social foi só uma questão de tempo. Uma daquelas situações em que temos certeza de que o homem involuiu.
Não importa muito qual o período analisado, na história da humanidade, seja nas culturas mais antigas ou nos países mais jovens, os significados atribuídos ao “ser velho”, ao envelhecer, sempre foram marcados por profundas contradições. Uma pessoa velha pode ser considerada com um individuo que merece e impõem respeito ou como um ser completamente desprezível. Não raro, escutamos hoje frases em que o emprego da palavra “velho” configura algo muito mais pejorativo e depreciativo do que lisonjeiro.
Em culturas tradicionais o idoso sempre foi visto como símbolo de sabedoria, através do ato de lembrar e de dar expressão às suas memórias. Para determinadas culturas ele é considerado a continuidade da história, representando o binômio memória - continuidade de valores. É assim nas sociedades indígenas, onde o idoso tem um papel fundamental na transmissão de conhecimento, ou no Japão, onde existe uma relação de extremo respeito pela população idosa. A perda da continuidade e a desvalorização do idoso é um elemento marcante da sociedade industrial, produtivista e consumista.
Graças à redução da taxa de fecundidade e à queda do nível de mortalidade, o Brasil passa por um processo chamado “envelhecimento populacional”. Vamos trocar em miúdos. Imaginem que entre 1940 e 2000 a esperança de vida do brasileiro passou de 42,7 anos para 64,7 anos (homens) e de 47,1 anos para 72,5 anos (mulheres). O resultado disso é que hoje temos 20 idosos para cada 100 crianças. É um contingente e tanto!
Mas enganam-se aqueles que imaginam ou acreditam que velhice é sinônimo de incapacidade. A verdade é que os idosos não nos fazem um povo fraco. Eles transformam nossas vidas, nossas perspectivas, nos ensinam através de suas experiências, suas histórias. São eles que tornam qualquer nação mais confiante, mais sábia, mais experiente. Já é comprovado que a maneira como uma sociedade envelhece influencia diretamente em aspectos políticos, econômicos e sociais. Um fato que não ocorreu em nenhuma outra época, ocorrendo em diversos países nos últimos anos.
Mas a própria sociedade fomenta o preconceito contra o idoso, o que fazer?
Depois de muito esperar o idoso brasileiro passou a ter garantias estatais de que sua cidadania seria reconhecida tal qual a de qualquer outro cidadão. Por isso, em 2003, entrou em vigor o “Estatuto do Idoso”. Foi o primeiro passo na luta pela dignidade perdida. Neste documento encontramos diretrizes e normas para as mais variadas situações, penalidades previstas para crimes cometidos contra idosos, além de assegurar juridicamente todos os direitos daqueles que se encontram na terceira idade. Dentre as ações criminosas cometidas contra idosos, tornaram-se passíveis de prisão e pagamento de multa:
• Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração.
• Reter cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão. do idoso.
• Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde ou asilos.
• Deixar de prestar assistência.
• Desdenhar, humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer motivo.

Vale a pena lembrar que assim como a juventude, a velhice não passa de uma categoria criada culturalmente. Como disse Pierre Bourdieu:

“A idade é uma variável biológica socialmente manipulada.”
in Questions de Sociologie, 1980
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