quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Como a Segurança Pública foi arruinada na Bahia

“À Bahia aconteceu
O que a um doente acontece:
Cai na cama, e o mal cresce”.
Poema Epigrama – Gregório de Matos


Quando o poeta baiano Gregório de Matos escreveu estes versos, no século 17, ele não fazia a mais remota ideia de estar vaticinando o futuro da terra baiana. 

A Bahia caiu de cama quando Jaques Wagner venceu a eleição, em 2006, desceu ladeira abaixo quando o mesmo foi reeleito em 2010 e continua sua derrocada em direção ao fundo do poço com mais um governo petista, dessa vez nas mãos de Ruy Costa.

Não, isso não é uma metáfora.

Quem dera fosse…

Em nenhum outro estado do país o desastre na segurança pública é tão evidente como na Bahia, pouco importa o índice que se queira analisar. 

Mas vamos começar lá, no início...

Em 2007, ao término do primeiro ano de governo do petista Jaques Wagner na Bahia, de acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública, foram registrados, somente em Salvador, 1.337 assassinatos (uma média de 3,66 por dia), ante 967 (2,64/dia) ocorridos em 2006, quando a Bahia era governada por Paulo Souto (DEM). 

Além do crescimento de 38,2% no número de homicídios na capital baiana, entre janeiro e dezembro e dezembro de 2007 foram computados, em Salvador, 3.076 roubos de carros, contra 2.137 em 2006 (aumento de 43,94%), 2.310 ônibus roubados, ante 1.843 (também em 2006, crescimento de 25,33%) e 24.526 roubos a transeuntes, contra 23.202 no último ano do governo Paulo Souto (aumento de 5,7%).

Isso foi só o começo. A escalada da violência não parou por aí.

Com mais de 42 milhões de habitantes, São Paulo registrou 5.180 mortes violentas (latrocínios, homicídios e lesão seguida de morte) em 2012, segundo dados do Anuário da Segurança Pública. Com pouco mais de 15 milhões de habitantes, a Bahia registrou 5.764 ocorrências dessa mesma natureza. Assim, a taxa por 100 mil habitantes no Estado governado por Wagner passou a situar-se entre as maiores do país: 40,7 por 100 mil, contra 12,4 de São Paulo. 

Esses números não são produzidos por acaso. 

Embora tenha um dos maiores índices de homicídios do país, a Bahia é o segundo estado que menos prende bandido — só perde para o Maranhão da família Sarney. A taxa de encarceramento de pessoas maiores de 18 anos na Bahia é de 134 por 100 mil habitantes. Só para comparar: a de São Paulo é de 633. 

Sim, números. Nada de falácia ou achismo. Números incontestes! Matemática exata.

Quando se consideram, então, os dados de um outro levantamento, o do Mapa da Violência, nos damos conta da grande tragédia baiana. 

No ano 2000, durante o governo de César Borges (PFL), o estado registrava 9,4 mortos por 100 mil habitantes; em 2010, já no governo Jaques Wagner, esse número passou para assombrantes eram 37,7.

Mas a coisa não parou por aí.


Em 2012, segundo um outro levantamento, a taxa de mortes violentas passou de 40 por 100 mil, muito acima até da já escandalosa média brasileira, que é de mais ou menos 26. Só para comparar: Na Alemanha essa média é de 0,8 mortes violenta para cada 100 mil habitantes. No Chile, 3,2. Mata-se na Bahia 50 vezes mais do que na Alemanha e 12 vezes mais do que no Chile.

Assustador.

Segundo o ex-governador Jaques Wagner, a greve da polícia baiana ocorrida em 2014, teve uma “motivação política”. Uma declaração um tanto quanto interessante. Talvez tenha ele esquecido, de como expôs o contracheque dos PMs baianos em discursos de campanha, quando prometia salários dignos e melhorias significativas na segurança pública. Promessas vãs e vagas que nunca foram cumpridas, o que aliás é praxe petista. Como se nota, quando a greve atrapalha a gestão petista, é tudo tramoia política e não uma necessidade latente dos trabalhadores.

A tragédia regida pelo PT na gestão da segurança pública no país é algo que beira a insanidade. Uma vez na presidência, o Partido dos Trabalhadores assistiu passivamente ao país se tornar o dono de 11% dos assassinatos do mundo, sendo o Brasil o quinto país mais populoso do mundo. A coisa fica mais assustadora ainda se levarmos em conta o fato de que existem 193 países no mundo. 

Voltando à Bahia.

Antes do PT, a capital Salvador, ocupava, entre todos os Estados brasileiro, a 25ª posição, quando o assunto é violência e morte. Se matava em média 12,9 pessoas para cada 100 mil habitantes em Salvador. Depois do PT, em 2010, Salvador passou a ocupar a 7ª posição com mais de 42 mortes para cada 100 mil habitantes. Um aumento de 330,23% . 

MAIS DE TREZENTOS E TRINTA POR CENTO!

Mas a morte não ronda apenas a população civil. Os agentes da lei também tem sido vítimas da onda de crescimento da criminalidade. Em 2013, de acordo com dados do 8º Anuário da Segurança Pública, 7 policiais militares morreram em confronto com bandidos na Bahia. Já em 2014, esse número subiu para 26.


Esse é um fato que não pode ser desprezado. Ele comprova mais uma vez que a sociedade baiana experimenta um crescente aumento da violência. Dar-se, por consequência direta, o aumento do confronto entre policiais e criminosos. Com isso, policiais acabam ficando mais vulneráveis. Mas isso não é tudo. A realidade cotidiana do policial baiano é muito mais dura. Há, ainda, policiais que são vítima de vingança por conta de ações que realizaram contra marginais ou grupos de criminosos enquanto estavam em serviço. Ou seja, o policial acaba sendo morto por cumprir a lei e defender a sociedade.

Para aqueles que moram na Bahia, isso não é muita novidade.

Com toda certeza a população percebeu o aumento da criminalidade e da violência.

O povo acabou refém do demagógico e irresponsável governo petista.

Um governo onde criminosos tem mais direitos do que pais de família.

Um governo em que punir marginal é uma agressão contra uma “vítima da sociedade”.

Um governo em que direitos humanos só quem tem é ladrão, assaltante, estuprador, sequestrador, assassino, psicopata, pedófilo e homicida.

Um governo que colocou a sociedade baiana algemada e ajoelhada ante o crime organizado.
Um governo que nunca mais deve ter a chance de ascender ao poder.

Mas, enquanto esse dia não chega, ainda temos uma Bahia como Gregório de Matos descreveu em outros versos:

Triste Bahia! Ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante. 
Poema Triste Bahia - Gregório de Matos

Gregório de Matos


Links

Nordeste vê violência dobrar depois de 10 anos de governo PT
http://www.implicante.org/blog/nordeste-ve-violencia-dobrar-apos-10-anos-de-pt-na-presidencia/

Lista de governadores da Bahia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_governadores_da_Bahia

Link para Download da 6ª Edição do Anuário de Segurança Pública – 2012
http://www.forumseguranca.org.br/produtos/anuario-brasileiro-de-seguranca-publica/6a-edicao

Link para Download da 9ª Edição do Anuário da Segurança Pública – 2015
http://www.forumseguranca.org.br/produtos/anuario-brasileiro-de-seguranca-publica/9o-anuario-brasileiro-de-seguranca-publica

Link para Mapa da Violência
http://www.mapadaviolencia.org.br/

Link para Artigo sobre como o PT financiou a greve dos Policiais Militares da Bahia em 2001
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/quando-lula-e-jaques-wagner-promoviam-a-baderna-na-bahia-ou-praticas-criminosas/

Link para poemas e obras de Gregório de Matos
http://www.jornaldepoesia.jor.br/grego.html

Link para Poema Epigrama – Gregório de Matos
http://contobrasileiro.com.br/epigrama-poema-de-gregorio-de-mattos/

Link para Poema Triste Bahia – Gregório de Matos
http://www.blocosonline.com.br/literatura/poesia/pndp/pndp010750.htm

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