domingo, 16 de outubro de 2016

Terceira Guerra Mundial: Uma realidade possível

Não podemos mais negar o que está bem diante dos nossos olhos. Ainda que, praticamente toda a mídia global se esforce para colocar-nos antolhos, desviando nossa atenção com pautas sobre o aquecimento global, as tendências da moda primavera-verão ou o divórcio de Brad Pitt e Angelina Jolie, a verdade está cada vez mais difícil de mascarar. 

E essa verdade nada mais é do que a eminência de uma terceira guerra mundial.
Os indícios foram aparecendo ao longo de anos: as revelações de Edward Snowden (ex-agente da CIA, atualmente exilado na Rússia), os documentos vazados por Julian Assange (um dos fundadores do Wikileaks, exilado na embaixada do Equador em Londres, desde de 2012), a morte do ditador líbio Muammar Khadafi, a ascensão do ISIS (Estado Islâmico)…
Tratar esses e outros eventos como fatos isolados é uma estratégia, um arranjo útil para que a humanidade continue cega e impossibilitada de estabelecer as conexões entre esses eventos.
Estamos diante do que os teóricos do caos chamam de Black Swan (Cisne Negro), um termo usado para referirem-se a eventos absurdamente improváveis, mas que acabam acontecendo recorrentemente sem que qualquer previsão consiga detectá-los. Cisnes Negros raramente são vistos na natureza, mas volta e meia aparecem, sem previsão. 
O Cisne Negro do momento encontra-se em plena ação na relação Ocidente-Rússia, algo que pode levar o mundo a um conflito global que não era presenciado desde o término da II Guerra Mundial.
Mas vamos explicar melhor essa história.
Tudo começou na guerra da Síria. De um lado, o Ocidente (leia-se EUA e aliados) centrou todas as suas forças em derrubar o governo de Bashar Al-Assad na Síria. De outro, a Rússia centrou todas as suas forças em manter o governo aliado. Um cenário bem recorrente nos idos da supostamente extinta Guerra Fria. Em meio a tudo isso, surgiu o Estado Islâmico, fruto do caos gerado no Iraque com a deposição de Saddam Hussein e a exclusão do Baath, seu antigo partido, de qualquer programa de transição. Uma entidade terrorista, fundamentalista e fanática. Isso para falar o mínimo. Até agora a relação dos Estados Unidos com o Estado Islâmico é nebulosa: nominalmente, são inimigos de morte. Na prática, os EUA tem sabotado esforços russos no sentido de destruir o Estado Islâmico. Não, você não leu errado. A coisa é bem cabulosa. A própria Hillary Clinton teria deletado e-mails que, supostamente, colocariam em evidência a relação do governo americano com o ISIS, escritos no período em que ela ocupava o cargo de Secretária de Estado do governo de Barak Obama, entre 2009 e 2013.
Estado Islâmico
A coisa toda parecia caminhar nos moldes da Guerra Fria: os Estados Unidos utilizando supostos "rebeldes moderados" contra Assad para atacar a Rússia. E a Rússia usando Assad para contra-atacar os Estados Unidos e as forças da Otan, que estranhamente tem ignorado a ameaça do Estado Islâmico, acabando por fortalecê-lo. Um filme que muitos de nós já assistiu, mesmo sem perceber que estava em exibição. Foi exatamente assim no Iraque, no Afeganistão, na Nicarágua, no Vietnã, na Coreia… e em tantos outros que nem me recordo agora.
Nasceu assim o atual Cisne Negro.
Desde que começou, em 2011, a guerra civil na Síria vem chocando o mundo. Iniciada como sendo uma revolta popular contra o governo do presidente Bashar Al-Assad, a guerra tomou um rumo totalmente diferente a partir de 2013. Aproveitando-se do caos na Síria e no Iraque, o grupo autoproclamado Estado Islâmico (EI, ISIS ou ad-Dawlah al-Islāmīyah) começou a reivindicar territórios na região. Lutando inicialmente ao lado da oposição síria, as forças desta organização passaram a atacar qualquer uma das facções (sejam apoiadoras ou contrárias a Assad) envolvidas no conflito, buscando hegemonia total. Em junho de 2014, militantes deste grupo proclamaram um Califado na região, com seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, como o califa. Eles rapidamente iniciaram uma grande expansão militar, sobrepujando rivais e impondo a sharia (lei islâmica) nos territórios que controlavam.
Nikita Khrushchev
Paralelo a tudo isso, a Rússia se resguardava militarmente. Em março de 2014, o presidente Putin decretou a anexação da Crimeia, território cedido à Ucrânia pela extinta URSS, em 1954, por Nikita Khrushchev, sucessor de Stalin e ucraniano. Mas quais seriam seus motivos? Simples: Simferopol, capital da Crimeia, é a sede russa da poderosa Frota do Mar Negro. A ONU deu inicio a uma série de ações contra a Rússia mas tudo acabou ficando, aparentemente, por isso mesmo.
Não foi a toa que o ISIS derrubou um avião de passageiros da Rússia em outubro de 2015: foi uma retaliação contra os ataques russos a alvos do Estado Islâmico na Síria.
A situação vem se deteriorando dia após dia.
Não bastasse os confrontos bélicos, a política vem anexar mais um ingrediente perigosíssimo: as eleições nos Estados Unidos.
Putin, aparentemente insatisfeito com uma possível vitória de Hillary Clinton nas eleições americanas, resolveu endurecer. Hillary já acenou com a proposta de criação de uma zona de exclusão aérea na Síria, que retiraria de Assad todo o apoio que ele vem recebendo dos russos. Algo bem parecido com o que foi feito na Líbia, culminando num dos vários episódios que vieram a público através do escândalo dos e-mails apagados por Hillary e que foram parar nas mãos do Wikileaks, mostrando que foi ela quem mandou matar o ditador líbio, Muammar Khadafi, com um míssil.
Em um mundo tecnológico, onde os poderosos mais do que nunca se espionam, segredos não são tão secretos assim.
Eis que Putin ordenou a todos os civis parentes de funcionários diplomáticos russos que retornem ao país. Tomou medidas militares internamente. E prepara-se, muito claramente, para um conflito de grandes proporções.
Enquanto isso, os Estados Unidos e seus aliados da OTAN realizam manobras militares de posicionamento na península coreana, com resposta imediata de russos e chineses.
Na Inglaterra noticia-se que os caças da RAF, a lendária Royal Air Force, tem ordens para atirar em aviões russos "em atitude hostil".
Se você ainda está incrédulo quanto a tudo isso, preste bem atenção a essa notícia:

REDE DE TV RUSSA NOTICIA A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL


Isso mesmo! Não é uma pegadinha!
Os russos estão se preparando para o conflito.
O Ministério de Situações de Emergência está mobilizando 40 milhões de russos em exercícios de “Defesa Civil”, durante uma semana. O objetivo: evacuações de edifícios e simulações de incêndio. 
O canal de notícias 24 horas Rossiya 24 exibiu uma reportagem sobre a preparação de abrigos antinucleares em Moscou. 
Em Moscou, onde os jornalistas russos e ocidentais dormem e acordam com os comunicados do Ministério da Defesa, os veículos de comunicação amplificam o clima de confrontação. 
Esse enaltecimento da iminência de uma “Terceira Guerra Mundial” ganhou cada vez mais espaço com a ruptura, em 3 de outubro, das negociações entre Washington e Moscou sobre a guerra síria, após o fracasso de um cessar-fogo negociado em setembro entre as duas potências em Genebra. 
Ontem, em uma nova tentativa de negociações sobre o cessar-fogo na Síria, envolvendo Rússia, EUA e mais uma coalizão formada pelos principais países árabes fracassou. Vários ministros deixaram o hotel em Lausanne, na Suíça, onde aconteceu o encontro, após mais de quatro horas, sem divulgar nenhum comunicado sobre os resultados obtidos. Fontes diplomáticas anteciparam que o objetivo da reunião era explorar as vantagens de incorporar países-chave do Oriente Médio na busca de um acordo sustentável para o cessar-fogo na Síria. Não deu certo.
Donald Trump
A bomba relógio está armada.
Enquanto alguns se preocupam com declarações polêmicas de Donald Trump, os vexames de Paula Fernandes, a gravidez da Kelly Key, a roupa curta da Graciane Barbosa no aeroporto, a orientação sexual da Miley Cyrus, o batom da Cleo Pires ou os resultados do campeonato brasileiro, o mundo ameaça entrar em um conflito global que não era visto há mais de meio século. 


LINKS

Link sobre Guerra Civil na Síria

Link de artigo sobre avião russo de passageiros abatido pelo ISIS

Link sobre Rede de TV Russa que noticiou a III Guerra Mundial

Link Biografia Julian Assange

Link Biografia Edward Snowden

Link de artigo sobre como morreu Muammar Khadafi

Link de artigo sobre ordem de regresso dada por Putin aos funcionários russo no exterior

Link sobre fracasso da reunião em Lausanne

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