De minha autoria, inspirado no livro "A menina que roubava livros"....
A menina caminha pela rua da vida o barbante na perninha, a alma já partida. Um anjo sem asas. Um tiro na memória, mudança na história de todas as coisas.
A menina chora uma lágrima de sangue, pranto do desespero. E a lágrima roIa, e cai, e fica... no fundo do mangue. Tudo por um erro. Tudo pelo fio da faca.
A menina pensa saber para que servem as bombas. "bumm", "plum", "cabum". Mas elas são mais: ferir, separar, morrer. A paz fez "cabum", e se perderam as pombas. A guerra se fez de coisas banais.
A menina grita e o eco da morte chega ao campo de batalha, estancando o combate. Mas sua voz é fraca e irrita a poderosa senhora do "front". Com o auxílio da navalha recomeça-se o embate.
Mas eis que surge a esperança de paz. Como um raio que desce de uma estrela longínqua, ou como um animal que ruge. Apenas a menina é capaz de ver como isso nasce, apesar das lutas ambíguas.
E o duelo começa., sem pai, tia ou irmão. Vida "versus" violência. A menina contra o mal do mundo. Ela não tem pressa, não tem roupa, casa ou pão. A seu favor apenas a humana benevolência, buscando suas raízes no fundo.
Ilhéus, Paris, Athenas... cidades do mundo inteiro, sofrem da mesma doença, agonizam do mesmo jeito. Mas em suas mãos pequenas, a menina tem o canteiro, onde- floresce a boa presença, o mesmo amor que traz no peito.
O mundo deseja sim, que a menina vire médica, enfermeira de campanha, remédio do mal geral. Mas ela quer o fim, sem luta, sangue ou dialética, sem grito, soberba ou barganha. A menina venceu o mal.
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