Ora, no constante jogo pelo poder, a ciranda oscila fazendo o "barco" adernar para a direção que mais lhe convém.
É impossível falar em tudo isso sem contar pelo menos uma parábola.
uma certa instituição pública era gerida por um chefe à beira da aposentadoria. Como ele dispunha de influência e certo poder, o utilizou pra manter-se no cargo por mais tempo que deveria. Durante sua administração imperavam os desmandos, o abuso de poder, o assédio moral, a corrupção de valores e a exploração de subalternos.
Este chefe era verdadeiramente odiado por quase todos seus subordinados, salvo pelos puxa-sacos.
" (...) E o cordão dos puxa-sacos cada vez aumenta mais."
Mas como o tempo e a idade avançam sem dó nem piedade, a hora do chefe "pendurar as chuteiras" chegou.
A aposentadoria bateu, ou melhor, arrombou sua porta.
Tendo em vista o tipo de patrão que foi, não acabou sendo surpresa o total desprezo no momento da despedida. Nem mesmo os puxa-sacos demonstraram qualquer sentimento.
Com a saída do tirano abriu-se o campo para a entrada de um novo chefe. Nada mais justo do que o 2º homem na linha de promoção assumisse o cargo.
Este novo chefe era o supra sumo da esperança por dias melhores, por mais dignidade, mais humanidade. Porém, ao assumir o controle administrativo, as esperanças foram deitadas pela janela. Em pouco mais do que 10 dias, este lobo em pele de cordeiro, acabou por conseguir ser mais odiado do que o ex-chefe.
Bom, aqui acabo a parábola e começo os meus questionamentos.
Em primeiro lugar, atormenta-me a ideia de que alguém muda de caráter, se é que se pode dizer que tenha algum, ao ascender profissionalmente. Mudar de caráter ao mudar de cargo é no mínimo uma grande farsa. Isso mesmo, farsa. Escondeu-se sob uma máscara de pseudo-bondade e ética, para usufruir de pessoas e situações em prol de si.
Quantas pessoas você conhece que agem ou agiram assim?
Eu garanto que no mínimo uma dessas já passou por sua vida.
Triste, muito triste.
O pior é alcançarmos entendimento suficiente para reconhecermos tais pessoas antes mesmo que elas tenham a chance de se metamorfosearem. Digo pior porque enxergamos além, e este é um dom nem sempre feliz.
Mas e aí? Depois da transformação o que fazemos?
Muitas vezes encontramos-nos em circunstâncias que impedem um posicionamento mais justo, digno, correto.
Um vez li em algum lugar uma frase mais ou menos assim:
"Quer conhecer uma pessoa? Dê poder a ela."
De imediato discordei da frase. O X da questão não é ter poder ou não, e sim ter caráter ou não.
Ao invés dessa prefiro outra frase:
" Ninguém conhece ninguém na necessidade."
Geralmente, existe gente que quando precisa de algo não mede esforços, favores, elogios, presentes e etc para chegar lá.
Quando atingem seus objetivos, esquecem-se de quem os ajudou ou auxiliou, em uma fração de segundo.
E para esta etapa tem os versos da música VOU FESTEJAR, de Beth Carvalho:
"Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão"
Aliás, melhores palavras impossíveis.
Mas voltando a nossa problemática: o que fazer ao encontrarmos um tipinho assim?
Para isso respondo com um pequeno, porém profundo ditado da sabedoria popular:
"O mal por si só se destrói."
Ou vocês pensam que o novo chefe da parábola continuará impune por muito tempo?
É impossível falar em tudo isso sem contar pelo menos uma parábola.
uma certa instituição pública era gerida por um chefe à beira da aposentadoria. Como ele dispunha de influência e certo poder, o utilizou pra manter-se no cargo por mais tempo que deveria. Durante sua administração imperavam os desmandos, o abuso de poder, o assédio moral, a corrupção de valores e a exploração de subalternos.
Este chefe era verdadeiramente odiado por quase todos seus subordinados, salvo pelos puxa-sacos.
" (...) E o cordão dos puxa-sacos cada vez aumenta mais."
Mas como o tempo e a idade avançam sem dó nem piedade, a hora do chefe "pendurar as chuteiras" chegou.
A aposentadoria bateu, ou melhor, arrombou sua porta.
Tendo em vista o tipo de patrão que foi, não acabou sendo surpresa o total desprezo no momento da despedida. Nem mesmo os puxa-sacos demonstraram qualquer sentimento.
Com a saída do tirano abriu-se o campo para a entrada de um novo chefe. Nada mais justo do que o 2º homem na linha de promoção assumisse o cargo.
Este novo chefe era o supra sumo da esperança por dias melhores, por mais dignidade, mais humanidade. Porém, ao assumir o controle administrativo, as esperanças foram deitadas pela janela. Em pouco mais do que 10 dias, este lobo em pele de cordeiro, acabou por conseguir ser mais odiado do que o ex-chefe.
Bom, aqui acabo a parábola e começo os meus questionamentos.
Em primeiro lugar, atormenta-me a ideia de que alguém muda de caráter, se é que se pode dizer que tenha algum, ao ascender profissionalmente. Mudar de caráter ao mudar de cargo é no mínimo uma grande farsa. Isso mesmo, farsa. Escondeu-se sob uma máscara de pseudo-bondade e ética, para usufruir de pessoas e situações em prol de si.
Quantas pessoas você conhece que agem ou agiram assim?
Eu garanto que no mínimo uma dessas já passou por sua vida.
Triste, muito triste.
O pior é alcançarmos entendimento suficiente para reconhecermos tais pessoas antes mesmo que elas tenham a chance de se metamorfosearem. Digo pior porque enxergamos além, e este é um dom nem sempre feliz.
Mas e aí? Depois da transformação o que fazemos?
Muitas vezes encontramos-nos em circunstâncias que impedem um posicionamento mais justo, digno, correto.
Um vez li em algum lugar uma frase mais ou menos assim:
"Quer conhecer uma pessoa? Dê poder a ela."
De imediato discordei da frase. O X da questão não é ter poder ou não, e sim ter caráter ou não.
Ao invés dessa prefiro outra frase:
" Ninguém conhece ninguém na necessidade."
Geralmente, existe gente que quando precisa de algo não mede esforços, favores, elogios, presentes e etc para chegar lá.
Quando atingem seus objetivos, esquecem-se de quem os ajudou ou auxiliou, em uma fração de segundo.
E para esta etapa tem os versos da música VOU FESTEJAR, de Beth Carvalho:
"Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão"
Aliás, melhores palavras impossíveis.
Mas voltando a nossa problemática: o que fazer ao encontrarmos um tipinho assim?
Para isso respondo com um pequeno, porém profundo ditado da sabedoria popular:
"O mal por si só se destrói."
Ou vocês pensam que o novo chefe da parábola continuará impune por muito tempo?
" A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem um, que seja a estratégia."
Norman Schwarzkopf - General do Exército Americano
4 comentários:
Barbara, para conhecermos alguem, basta dar-lhe o poder, infelizmente tem muito idiota assim, q valoriza o ter, nao sabe q o q vale é o ser...cada vez mais raro nessa sociedade...vc arrasou,abço e ótima quarta, fazia tempo q nao vinha aqui...
Bárbara, o Artigo sobre Cargos e Poder é excelente, já que ninguém deve se esquecer que os cargos são passageiros e que o poder opressor é uma ilusão. Para se ocupar cargo tem que se ter muita sabedoria, pois muitas vezes quem os ocupa tem que tomar decisões para beneficiar um número maior de pessoas, o que vai de encontro a uma minoria, que usando de comentários absurdos, tentam denegrir a imagem de quem está tentando fazer o melhor por um maior número de pessoas. Uma loucura total que traz muita decepção a quem se dedica e mais ainda quando ele é voluntário.
Quando eu ainda lutava no movimento estudantil, sempre rejeitava os cargos que me ofereciam na entidade... e ninguém entendia pq!
Não acho que o poder corrompe. Acho que alguém se corrompe pelo poder, se corromperia de qualquer jeito, por qualquer outra coisa. Firmeza de caráter independe de condições...
Beijos!
Sempre tem gente assim em todos os lugares. O homem é de uma natureza realmente complicada! Ótimo texto.
Postar um comentário