Um violento terremoto atingiu o Marrocos na noite desta sexta-feira, 08 de setembro. Até o momento, foram confirmadas 1.037 mortes e 1.204 feridos, sendo 721 em estado crítico, segundo o Ministério do Interior marroquino.
O número de vítimas vem subindo a cada nova manifestação das autoridades e pode ser bem maior, já que centenas de prédios desabaram e ruas estão tomadas por escombros.
O terremoto teve magnitude de 6,8 graus na escala Richter (que vai de 1 a 10) e ocorreu a uma profundidade de 18,5 km, com epicentro localizado a 71 km a sudoeste de Marrakech, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). A cidade turística tem cerca de 1 milhão de habitantes, dezenas de construções históricas e é um importante centro econômico do país. As ruas estreitas de Mellah, histórico bairro judeu, ficaram repletas de escombros. “É como se uma bomba tivesse caído sobre nós”, disse a moradora Hafida Sahraouia. “Estávamos dormindo quando ocorreu o terremoto, uma parte do teto caiu e ficamos trancados lá dentro, mas meu marido e eu conseguimos escapar”, contou Mbarka El Ghabarela.
Centenas de turistas e moradores se refugiaram na famosa praça Jemaa el Fna. O noroeste do país, onde fica Marrakech, foi a região mais atingida pelo tremor, que também deixou vítimas e estragos na capital Rabat, Casablanca, Agadir e Essaouira. Tremores também foram sentidos nos vizinhos Portugal, Espanha e Argélia, sem danos ou vítimas.
O governo brasileiro prestou solidariedade ao Marrocos após o terremoto e informou, neste sábado, 09 de setembro, que não há notícia de brasileiros entre os mortos e feridos até o momento.
Hospedada na cidade de Fez, a Seleção olímpica brasileira sentiu os tremores no hotel. De acordo com a CBF, todos os jogadores saíram do prédio e foram para a piscina, e retornaram aos quartos uma hora após o sismo.
O terremoto atingiu a região de Marrakech às 23h11 desta sexta (19h11 em Brasília). Em 2004, pelo menos 628 pessoas morreram e 926 ficaram feridas quando um terremoto de magnitude 6,3 atingiu Al Hoceima, no nordeste do país. Em 1960, outro terremoto destruiu Agadir, na costa oeste do país, deixando mais de 12 mil mortos, um terço da população da cidade.
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