O mês de fevereiro é marcado pela iniciativa do “Fevereiro Roxo”, que busca conscientizar sobre três condições crônicas de saúde: Alzheimer, lúpus e fibromialgia. A campanha procura não apenas aumentar a conscientização sobre essas doenças, mas também promover a compreensão, a empatia e o apoio para aqueles que enfrentam esses desafios diariamente.
Pesquisamos um pouco sobre Alzheimer, lúpus e fibromialgia. Confira!
Alzheimer
Ligado à perda de lembranças e ao esquecimento de entes queridos e de si, o Alzheimer é a doença mais conhecida. Os sintomas são progressivos e passam por fases, indo desde perda de memória, desorientação, indecisão e depressão, passando por alteração na personalidade, na fala, alucinações, repetições, má coordenação, incontinência sanitária, inanição e alienação, chegando até o mutismo, perda de movimentos, infecções e morte.
Embora não tenha cura, o cuidado é mais eficaz em casos diagnosticados precocemente, proporcionando mais qualidade de vida ao portador. O tratamento é variado, de acordo com os sintomas presentes em cada caso, e buscam retardar a evolução da doença.
A prevenção do Alzheimer inclui dieta equilibrada e saudável, atividade física regular e fuga de tóxicos, bem como prevenir problemas cardiovasculares, diabetes, colesterol e hipertensão. Na maturidade, manter o cérebro ativo por meio de leituras, passatempos e jogos de lógica também ajuda.
Ao envelhecer, o ser humano tem maior probabilidade de desenvolver demências. Estimativas apontam que até 2050 a população mundial com Alzheimer deve triplicar, indo a aproximadamente 150 milhões de indivíduos.
Só no Brasil de hoje, cerca de 4,2 milhões de cidadãos têm demência ou declínio cognitivo leve, de acordo com a ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer). Para não ser parte dessas estatísticas é importante ficar atento e evitar alguns fatores que, de acordo com estudos, podem aumentar o risco de degeneração mental. São eles: baixa escolaridade, perda auditiva, hipertensão arterial, obesidade, diabetes, alcoolismo, traumatismo cranioencefálico, sedentarismo, depressão, tabagismo, isolamento e poluição.
Os desafios em controlar o Alzheimer devem seguir progredindo, já que dados da ABRAz apontam que pelo menos um milhão de idosos brasileiros têm a doença sem diagnóstico. A avaliação médica com neurologista ou geriatra é primordial.
Lúpus
O lúpus (Lúpus Eritematoso Sistêmico) é uma enfermidade autoimune, que faz o sistema de defesa do próprio corpo atacar tecidos saudáveis. Possui características inflamatórias e destrutivas em órgãos como pele, rins e cérebro e, se não tratado, tem potencial mortal.
O diagnóstico é complexo, por se apresentar clinicamente de maneira muito heterogênea. Exames de sangue, urina e de imagem juntamente com a avaliação de um reumatologista são fundamentais. Mesmo sem cura concreta, a probabilidade de melhora é alta no tratamento com proteção solar, corticoides e imunossupressores, que reduzem manifestações graves e buscam proporcionar uma rotina normal ao paciente.
Para prevenção do lúpus, hábitos saudáveis e proteção solar são essenciais. Estudos dizem que os gatilhos podem vir de fatores como hormônios, hereditariedade e variáveis externas. Em termos de predisposição, a doença pode ocorrer em qualquer pessoa, com maior incidência em mulheres de 15 a 40 anos.
Há uma disfunção do sistema imunológico que leva à produção de anticorpos contra órgãos, com períodos de exacerbação e remissão. Por isso, é importante consultar um reumatologista assim que houver suspeita. O tratamento tem avançado nos últimos 10 anos com a aprovação de novas medicações imunossupressoras e imunobiológicas, reduzindo novas manifestações e melhorando a qualidade de vida.
Fibromialgia
Menos conhecida das três doenças, a fibromialgia classifica-se como uma síndrome miofascial. É uma dor crônica generalizada associada à fadiga, insônia, ansiedade e depressão, e mais comum em mulheres de 30 a 50 anos. A causa da doença ainda não está bem estabelecida, mas estudos indicam uma ativação das vias de transmissão do estímulo doloroso a nível cerebral.
Os cuidados para a fibromialgia incluem fisioterapia, atividade física, analgésicos, acupuntura e infiltrações dos pontos dolorosos. Para evitar crises, é necessário um estilo de vida saudável e o seguimento com fisioterapeuta e educador físico, para elaboração de plano de ergonomia, além de identificar os gatilhos e mitigar os fatores de risco.
Como não há exames confirmatórios, o diagnóstico é realizado no consultório. A avaliação é importante para descartar outras doenças que cursam com dor crônica generalizada. Essa síndrome é combatida com abordagem múltipla — fisioterapia, atividade física, alongamento e fortalecimento com psicoterapia, analgesia e medicamentos específicos.
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