sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Férias !!!!!!!!!!!




Loucura!! Loucura Total !! – assim mesmo com dois pontos de exclamação para ficar mais impactante....aahahahahah
Parei para pensar sobre isso. Milhões de pessoas em todo o universo trabalham zilhões (não escrevi errado não, foi de propósito mesmo) de dias pensando nos dias sem trabalho...Preocupam-se com o que irão fazer, ou melhor, pensam prazerosamente naquilo que irão deixar de fazer temporariamente.
Mas para nós mulheres, férias têm um significado todo especial.
Pois bem, estabelecemos metas, objetivos, roteiros, rotas (isso para as mais paranóicas). E olha o dilema: vivemos meses no conforto do nosso lar, com comida em abundância (a não ser que você seja anorexica), um guarda roupa repleto de opções e possibilidades, uma sapataria inteira ao seu dispor bem pertinho da sua cama, lençóis limpinhos, toalhas fofas...e de um minuto para o outro nos lançamos nesta aventura insana chamada férias. Vamos dormir em um quartinho de hotel sem o menor conforto, comer em horários descontrolados e o mínimo possível, vestir dez vezes a mesma saia jeans e calçar as mesmas Havaianas por semanas a fio, deitar em lençóis de origem duvidosa e nos enxugarmos com aquelas horríveis toalhas enceradas que parecem ser a prova d´água. Sintetizando: uma visão do seu inferno astral.
Bem, e não acaba por aí. Ainda tem a questão da companhia: namorado, marido, pais, filhos...uma infinidade de possibilidades. Cada uma com uma torrente de intrincados problemas.
Se sua companhia for um namorado, você imagina que suas férias serão uma espécie antecipação da lua-de-mel. Idealiza mil coisas...e acaba por cair do cavalo...pois de perto ninguém é perfeito.
Se você for com um marido, aí a coisa complica mais, a depender do tipo de marido que você tenha. Mas em um ponto quase todos são iguais (digo quase porque o meu não é assim): têm uma espécie de bloqueio mental quando se vêem numa situação em que necessitem de uma informação. Esta dificuldade se apresenta com diferentes graus de comprometimento. Os mais dramáticos chegam a ficar completamente paralisados ante a visão de um possível informante.
Há poucos dias passei por uma situação deste tipo (mas aviso de novo que não foi meu marido). Estava eu de férias, a caminho de um conhecido balneário do estado do Rio de Janeiro (não vou dizer o nome do lugar e nem dos envolvidos na situação), acompanhada de um casal amigo. Fomos de carro até a cidade e lá chegando optamos por ir a uma determinada praia. O meu anfitrião garantiu que sabia o caminho para a tal praia. Eu confiei cegamente e tocamos a conversa enquanto ele dirigia. Depois de alguns minutos percebi que nós estávamos subindo, subindo, subindo uma espécie de serra!!! Bom, sempre acreditei que o mar fosse uma superfície plana, no baixo de preferência. Mas como não conhecia direito o lugar fiquei na minha. Passávamos por milhares de ruas com casas muradas, alarmes, câmeras de seguranças e nada de praia. Um calor do cão, o carro cheio e nada. Até que tive coragem e declarei: “Estamos perdidos” – ou melhor, convenientemente perdidos num condomínio de luxo, com mansões fabulosas por todo lado e nenhuma alma piedosa que pudesse nos dar uma informação. Rodamos, rodamos e para piorar, meu anfitrião declarou não saber nem como voltar por onde tínhamos vindo. Pensei: “o que fazer?” Não via saída. Então avistamos um pobre jardineiro solitário que varria com afinco um canteiro gigantesco. E aí começou a confusão. Eu sugeri que pedíssemos a informação a ele. Meu anfitrião fechou a cara, como que eu tivesse xingado a mãe dele por três encarnações. Os outros ocupantes do carro concordaram comigo, para o desespero dele. Então, num ato de esforço sobre humano, ele abriu o vidro do carro e chamou o rapaz. Explicou a nossa situação de elenco perdido do seriado Lost, e pediu que nos indicasse o caminho a seguir. O jardineiro nos olhou fixamente, parecia que estava pensando muito pra responder. Um pensamento terrível passou pela minha cabeça: “Ele é surdo.” Que droga, só podia ser, pela demora em responder. Tanta gente no mundo e eu encontro logo um surdo para pedir informação...Depois do que pareceram minutos intermináveis, ele apenas nos fez um gesto com a cabeça, esticando o pescoço na direção de uma ladeira a nossa esquerda. Rapidamente agradecemos e pegamos o caminho indicado. Descemos, descemos, descemos. E acabamos por encontrar uma mulher, perdida também, que queria ir ao centro. A pobre coitada achou logo de perguntar ao meu anfitrião qual era o caminho. Não vou nem dizer o quê que é isso...Ele ficou simplesmente atônito e acabou por confessar a verdade: “Não sei, pois nem sei direito como cheguei aqui.” Suspirei fundo e pensei: “Ainda bem que pelo menos teve a decência de admitir.”
Então para encerrar essa história de férias, vem um capítulo, ou melhor, parágrafo extra, pois eu não poderia deixar de falar das férias em companhia dos filhos. Uma maravilha!!! Bilhetes e bilhetes de parques de diversões, cinema, circo, jogos eletrônicos, zoológico... uma verdadeira maratona. Ficar em casa, nem pensar. Seria como tentar represar 300 Cataratas do Iguaçu, num tanque de 500 litros. E não acaba por aí. Pois quando você pensa que vai descansar à noite – mesmo que seja contrariando todas as suas expectativas, em especial quando você recorda não está na sua confortável e maravilhosa cama – lembra-se de que ainda tem uma filha adolescente que quer dançar até o sol nascer, nas baladas da vida....

Um comentário:

Anônimo disse...

você recorda não está na sua confortável e maravilhosa cama – lembra-se de que ainda tem uma filha adolescente que quer dançar até o sol nascer, nas baladas da vida....

No caso a filha adolescente sou EU!!
Te amo adorei o texto e a minha participação especial nele (L)
Beijos
Diandra :]

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