Não,
ainda não tive um encontro com o lindão Bradley Cooper, nas telas
de cinema, encarnando o genial personagem central do livro O
lado bom da vida.
Antes
de mais nada, tenho que dizer que Pat Peoples é um dos personagens
masculinos mais bem elaborados que já tive a oportunidade de
conhecer, não deixando nada a desejar a Alan Sherwood, do livro
Um sorriso Distante (meu
personagem masculino favorito).
Pat
Peoples, um ex-professor de história na casa dos 30 anos, acaba de
sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou
apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do
que o fez ir para lá e isso se mostrará o grande segredo do livro.
Ele apenas lembra que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo
separados".
Tentando
recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos,
ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito
promissora. Seu pai se recusa a falar com ele, sua esposa negando-se
a aceitar revê-lo e seus amigos evitando comentar o que aconteceu
antes de sua internação, Pat, agora um viciado em exercícios
físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar
sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida.
Ao
sair da clínica psiquiátrica, Pat demonstra a todos que passou a
encarar a vida por um aspecto meio Forrest Gump, acreditando no
melhor das pessoas e se esforçando sempre por se tornar um ser
humano melhor, um filho melhor e principalmente, um marido melhor.
À
medida que seu passado aos poucos ressurge em sua memória, Pat
começa a entender que "é melhor ser gentil, que ter razão"
e faz dessa convicção sua meta.
Tentando
ajudar Pat em sua nova jornada encontramos sua mãe, uma pessoa
determinada e repleta de amor pelo filho, que acredita em sua total
recuperação, mesmo quando ninguém mais crê. Além dela, também
temos o excêntrico (mas competente) psiquiatra Dr. Patel, um ávido
torcedor dos Eagles.
Se
Pat é o melhor personagem masculino do livro, ele encontra a
parceira ideal na surpreendente Tiffany. Cunhada viúva de seu melhor
amigo, ex-ninfomaníaca e fantástica coreografa, ela encontrará em
Pat um novo amor, um amigo como nenhum outro, sua real metade da
alma.
Pat
descobrirá que nem todos os finais são felizes, nem todas as
pessoas são honestas e nem todo seu esforço pode mudar o seu
passado, mas que sempre vale a pena tentar mais uma vez.
Um
livro comovente sobre um homem que acredita na felicidade, no amor e
na esperança.
Um
trechinho, para vocês se emocionarem:
"Em
meus braços está uma mulher que me deu Uma tabela de observador do
céu, uma mulher que sabe todos os meus segredos, uma mulher que sabe
o quão problemática é minha mente, quantos comprimidos eu tomo, e
que ainda assim permite que eu a abrace. Há algo de honesto em tudo
isso, e eu não consigo imaginar nenhuma outra mulher deitada comigo
no meio de um campo de futebol congelado, no meio de uma tempestade
de neve, até impossivelmente esperando uma nuvem soltar-se de um
nimbo-estrato.
Nikki
não teria feito isso por mim, nem mesmo em seus melhores dias.
Então
puxo Tiffany mais para perto, beijo o ponto rígido entre suas
sobrancelhas perfeitamente bem-feitas e, depois de inspirar
profundamente digo:
-
Acho que também preciso de você."
Sobre
o autor
Matthew
Quick, nasceu em 1973. Formou-se em Escrita Criativa no Goddard
College e foi professor de língua inglesa. Além de O
lado Bom da Vida (2008), é autor de três romances
juvenis. A sua obra recebeu já diversos prêmios – incluindo uma
menção honrosa do prêmio PEN/Hemingway –, tem sido traduzida
para diversas línguas, com excelentes referências nos meios de
comunicação. A Weinstein Company e David O. Russell adaptaram O
lado bom da vida para o cinema, com a participação de
Robert de Niro, Bradley Cooper e Jennifer Lawrence. O autor vive no
Massachusetts com a mulher, a escritora Alicia Bessette.
Nenhum comentário:
Postar um comentário