Nesta sexta-feira, 15 de março, o Mercado internacional do Cacau foi pego de surpresa com os mais novos valores da commoditie.
A Bolsa de Nova York vem registrando a alta constante nos contratos futuros, fechando o dia na incrível marca de 8.150 dólares por tonelada. Aqui no Brasil a tonelada já está sendo comercializada a R$ 41.000,00 (quarenta e um mil reais) e na região sul da Bahia, a arroba já é vendida a R$ 485,00 (quatrocentos e oitenta e cinco reais). Isso acendeu um alerta na comunidade cacauicultora ao redor do mundo.
Analista já cogitam uma nova alta na cotação. Essa situação se agrava com a interrupção ou redução do processamento nas principais fábricas dos maiores produtores, Costa do Marfim e Gana, devido à falta de grãos disponíveis para compra.
Nesse cenário, onde as principais processadoras se encontram com estoques em baixa e a demanda por derivados do cacau em ampla alta, os olhares se voltam para o Brasil, especialmente para a região do Sul da Bahia. Aqui, produtores têm se destacado pela qualidade das amêndoas finas e fermentadas, graças ao aprimoramento das técnicas de produção.
Em Ilhéus e cidades circunvizinhas, o entusiasmo é palpável diante da tendência de aumento de preço na Bolsa de Valores e nas Casas de Cacau da Costa do Cacau.
Em Uruçuca, por exemplo, a comunidade rural aguarda ansiosamente o início da colheita, antecipando as primeiras previsões sobre o rendimento da safra e seu impacto nas famílias da zona rural.
Vale lembrar que cacau já foi, antes da vassoura-de-bruxa, a principal fonte geradora da economia do mercado baiano, sendo responsável por 60% do PIB do estado e 3% do PIB Nacional. A valorização do produto internacionalmente traz esperança real de recuperação da lavoura cacaueira em toda a região.
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