É muito comum encontrar textos sobre
as maravilhas de se fazer 15, 18, 20, 30, 40 anos...
Mas sinceramente, nunca encontrei um
sobre o quanto é bom fazer 38 anos.
Isso mesmo, eu estou completando 38
verões, primaveras, invernos, outonos...
Resolvi então escrever um pouquinho
sobre lembranças de todo esse tempo.
E como não podia deixar de ser, essas
lembranças sempre estão ligadas a pessoas.
Uma homagem a todos que amo, que
marcaram, que são sempre lembrados.
Primeiro, vou falar da minha primeira
amiga: minha irmã Karla. Sempre fomos apenas nós duas. E dela tenho
milhares de memórias. Escolher uma é quase impossível. Mas se tem
uma coisa que sempre lembro quando olho para ela foi quando nós
ganhamos nossos primeiros sapatos de salto! Acho que eu tinha uns 8
anos e ela 6. Os sapatos, claro, não eram de salto agulha ou meia
pata. Mas tinham uns saltinhos de 4 cm, quadradinhos, eram brancos e
de fivelas. A melhor coisa da vida! Hoje, eu ainda uso salto, minha
mana, não. Até porque, apesar de minha mãe jurar que nos deu as
mesmas vitaminas, ela cresceu muito mais do que eu, uns bons 15 cm.
Não tive a sorte de ter um irmão de
sangue, mas Deus colocou em minha vida um maravilhoso irmão do
coração: Euller. Também pintamos um bocado juntos e me lembro
perfeitamente do dia em que cortei os cabelos dele! Isso mesmo! Com
tesoura e ainda fiz costeletas com um barbeador. (atenção crianças,
não façam isso!)
Manu Nunes é amiga desde os tempos
remotos, da escola primária. E entre outras coisas, nos orgulhamos
de termos sido duas das três únicas meninas, da nossa classe da
terceira série! Usávamos maria chiquinhas e desenhávamos milhares
de bonecas, com os mais variados looks.
E por falar em desenho, nunca posso
esquecer Iris Cristina, minha linda amiga desenhista. Sentávamos sempre
juntas, durante o ginásio e ela fazia desenhos lindos,
principalmente de animais. Até hoje ainda tenho desenhos feitos por
ela, guardados numa caixa de recordações. E posso dizer que gosto
demais de uma Cleópatra, que ela desenhou para mim, quando
estudávamos civilizações antigas.
Um amigo sempre lembrado é Eduardo
Malta. Desde os tempos da 5ª série na Escola Afonso de Carvalho.
Lembro do tempo que passava desenhando, durante a aula, suas iniciais
EAM, com sombreado tipo 3d, o que era uma coisa e tanto para a época. Lembro também da redação que fez para pirraçar a professora, escrevendo uma
história mais ou menos assim: “Era uma vez um cara que estava
andando de ônibus e passou por uma casa, outra casa, outra casa...”
e até o fim da redação só se lia outra casa, até acabar a
página.
Rita Badaró, minha grande companheira
de arte e olha que a gente aprontava muito! Mas apesar de muitas, não
tem como eu lembrar de Rita e não recordar do sonho da vida dela:
Casar com um japonês! Lembro de como ela planejava isso, tim-tim por
tim-tim. E graças a Deus ela casou! Só teve que ir buscar o japa em
São Paulo.
Quase todo adolescente já matou aula
alguma vez. E nas minhas memórias este fato me leva sempre a pensar
em minha amiga Marília. Lembro que matávamos aula para bater perna
no centro da cidade. Ah, e teve uma vez em especial, que fomos para a
Av. 2 de julho, tirar fotografias nossas, na praia, na porta de casas
bonitas, nas escadarias da catedral.
Helena e Janine. Não tem como falar de
uma sem falar na outra. Até porque estávamos sempre juntas,
conversando em código, olhando os raspléticos (tive que adicionar
esta palavrinha ao dicionário do meu note) e desejando ardorosamente
estar em toda as festas legais da cidade. Lembro de uma vez em que eu
e Helena matamos aula para tentar vender um perfume do Boticário que
eu havia ganhado e comprar um presente para Rogério. E lembro de
estar com Janine, na Gincana do São Jorge, na época da La d´jonga
Louca, em uma das três vezes que conheci Rogério.
Carol Moura, Carolzita para mim. Uma amiga
ímpar. Dos tempos do IBGE até hoje, foram muitas coisas juntas,
muitas conversas sensíveis, profundas e inimagináveis. Muitas
situações dramáticas, muitas hilariantes. Mas não tem como olhar
para Carol e não me lembrar de quando ela cuidou do meu cachorro
Trovão, quando eu não podia ficar com ele. Ah e também teve a vez
(nem sei se ela lembra disso) que eu e Helena tentamos arranjar um
namorado americano para ela, mas acabou não dando certo porque o
cara acabou sendo preso por pedofilia, lá mesmo nos EUA. Aproveito
para dizer novamente aos lindos Lucas e Daniel, o quanto a mãe de
vocês é uma pessoa maravilhosa.
Hérica é a amiga que faz a gente
feliz só de olhar para o sorriso dela. Um sorriso assim, que a gente
sente que vem da alma. E por falar em riso, não tem como esquecer da
vez em que tentei armar um encontro dela com um dos meus cunhados, na
expectativa de que, ela entrasse para família. Mas o cunhado em
questão, decepcionou.
Gabi Pétris foi a primeira amiga que
fiz na faculdade. Compartilhávamos gostos muito parecidos,
especialmente por miçangas e coisas artesanais. Lembro da vez em que
estávamos andando, indo para o ponto de ônibus e vimos uma linda
blusa feita apenas de miçangas, na vitrine de uma loja. Ficamos
admirando e imaginando como foi feita, sonhando em fazer uma igual.
Nunca deixamos de nos falar, nem que seja pela internet.
Agora vamos revelar um segredinho, ou
melhor, um segredão. Quando eu tinha 18 anos, fugi de casa. É, pode
parecer estranho uma pessoa maior de idade ter que fugir da casa, mas
o fato é que eu fiz. E quem me ajudou? Minha linda amiga Déborah
Pollyana. Isso, eu com certeza não vou esquecer nunca!
Carla Ghermandi, amiga desde os tempos
da facul, sempre foi parceira. Mas não uma parceira simples. Uma
amiga de todas as horas, sensata, sincera. Lembro de quando fiquei
doente e não podia fazer e sequer entregar um trabalho de faculdade.
Ela fez. Sempre segurávamos as pontas uma da outra.
Bonnie e Mariana. Dessas duas tenho
lembranças fantásticas: conversas na porta de casa, passeios no
sítio, sonhos de padaria. Mas nenhuma se compara à da nossa viagem
de carro, da Bahia até o Rio de Janeiro. Foi muita água com limão,
estrada e conversa.
Fernanda Rossi, uma gracinha de amiga e
sempre que lembro dela, duas coisas me vem logo na cabeça. A
primeira, de quando burlamos o sistema de saídas do VT da faculdade
e fomos filmar a festa de aniversário de dois anos da minha filha
Diandra, na Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema. A outra, foi
quando troquei de bolsa, esqueci a carteira na bolsa velha, fui até
uma lanchonete no intervalo das aulas, comi, bebi e no final,
descobri que a carteira não estava na bolsa. Tive que deixar meu
walkman, isso mesmo, como garantia com o gerente da lanchonete. Corri
na faculdade e pedi a Fernanda o dinheiro emprestado. Salvei meu
walkman!
Roberta Paiva, minha amiga exotérica e
espirituosa. Lembro quando voltávamos para casa conversando sobre
astrologia, mapa astral, tarô e coisas assim. Isso, andando bem
rápido, de noite, na volta da faculdade, depois que ela saia do
laboratório de fotografia.
Elisa e Bia, mãe e filha, amigas que são o retrato fiel da meiguice e companheirismo. Podemos ficar meses sem nos ver, mas quando nos encontramos parece que nos vimos ontem. A lembrança mais linda da nossa amizade, com certeza são de todos os Réveillons que passamos juntas, em Copacabana.
São muitas pessoas para lembrar...
Muitas coisas maravilhosas...
Não posso deixar de mencionar a
alegria de ver minhas amigas sendo mães: Elba, Danila, Mariana
Sardinha, Roberta Paiva, Rita Badaró...
Também, tenho que dizer que é muito
legal poder ver o sucesso dos amigos e amigas: Marco Aurélio que se
tornou um artista plástico brilhante, Ettimara que é uma arquiteta
fantástica, Carola Hoisel que é uma estilista de vanguarda, Yuri
Soledade que é surfista no Hawai!
Nessa época virtual, não podia deixar de falar das minhas amigas blogueiras Ana Gabriela e Karoline Nogueira. Conheci ambas na blogsfera, trocamos muitas ideias, comentários, sugestões e posso dizer que são amigas lindas, pessoas inteligentes, sensíveis e de muita opinião!
Nessa época virtual, não podia deixar de falar das minhas amigas blogueiras Ana Gabriela e Karoline Nogueira. Conheci ambas na blogsfera, trocamos muitas ideias, comentários, sugestões e posso dizer que são amigas lindas, pessoas inteligentes, sensíveis e de muita opinião!
Nem sempre conseguimos manter as
pessoas de quem gostamos próximas a nós. Sinto saudades das amigas
que não sei por onde andam hoje: Fabiana, Daniela e Fabiana Campos.
Aproveito para agradecer ao povo da
Fisios, a clínica em faço fisioterapia: Malu, Viviane, Bia, Paula,
Andressa, Iuri, Vitor e Magda. Todos são simplesmente adoráveis e
competentes. Sem eles minhas dores no pé nunca teriam diminuindo.
Minha vida nunca seria completa sem coisinhas muito especiais...
Primeiro, meu amado imortal, meu melhor amigo, parceiro, namorado, amante, professor e aluno, protetor, minha alma gêmea: Sérgio Rogério. Minha vida sem ti, amor, não faria sentido! Você é o meu sonho! Minha razão!
Depois, meus tesouros: Diandra, Sol
e Kauê. Dizer que os amo, ainda é pouco para o muito que sinto por
eles. Agradeço imensamente, a dádiva de ser mãe dessas
criaturinhas.
E ainda tenho Jadila, minha filha do
coração, que Deus também colocou em minha vida, tornando meus dias
ainda mais felizes. Te amo, perua!
Verena, Yasmin e Kátia. Um trio que incontestavelmente, mora no meu coração. São tantos momentos lindos que passamos juntas, tantas alegrias, tantas coisas vividas, que fica muito difícil escolher algum em especial. De Kátia, lembro quando eu era criança e ela me levou no Tívole Parque, afinal quem não gosta de parque de diversão? De Verena, lembro de uma ocasião em especial, quando fui assisti-la tocar piano pela primeira vez! Foi a coisa mais linda do mundo! De Yasmin, lembro da cena, inesquecível, dela reclamando para subir a ladeira que ia para minha casa, sentando várias vez no caminho.
Ainda tenho um outro parceiro de arte, Marcos Barreto, meu primo-filho. Nem preciso dizer que dele o que mais me lembro são das nossas pinturas com spray, no quintal lá de casa!
Ainda tenho um outro parceiro de arte, Marcos Barreto, meu primo-filho. Nem preciso dizer que dele o que mais me lembro são das nossas pinturas com spray, no quintal lá de casa!
Fechando com chave de ouro, declaro meu
amor aos meus pais, Carlos e Vera, não existem palavras para
mensurar a importância deles em minha vida.
A todos que amo deixo como lembrança a linda frase de Érico Veríssimo:
"Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente."
4 comentários:
O tempo passa e o que acontece? Você não envelhece, ao contrário, está cada dia mais jovem, mais bonita... E mais especial! Lindo texto, muito obrigada minha amiga. Ao longo da vida a gente troca de verdade com poucas pessoas. Nós sabemos fazemos fazer isso. Te amo muito. Mil beijos!
Minha irmazinha do coração. Fico muito honrrado em fazer parte da sua linda familia. Parsbens. Td de bom beijao.
Minha irmazinha do coração. Fico muito honrrado em fazer parte da sua linda familia. Parsbens. Td de bom beijao.
Barbinha, meu Pinguinho: Amei, me emocionei! Você é uma poetisa! Tudo que você escreve é com a alma, com o coração. Mamãe te ama muito. Obrigado por ser minha amiga, por estar ao meu lado me ajudando a vencer todos os desafios. Deus te abençoe muito. Que Ele sempre te oriente e proteja. Você está sempre no meu coração e diariamente nas minhas preces. Agradeço a Deus por você existir e ser tão, mas tão importante para mim. Sua mommy, Vera Aída.
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