A cavalaria da Polícia Militar de São Paulo (PM) oferece aulas de equoterapia para ajudar pessoas com deficiência. O método terapêutico e educacional usa o movimento do cavalo para estimular o desenvolvimento neuropsicomotor. Isto significa que o animal faz o paciente trabalhar diversas áreas do corpo que geralmente não consegue no dia a dia.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o método proporciona benefícios físicos e psicológicos aos pacientes. As aulas são realizadas Regimento de Polícia Montada 9 de Julho.
“O cavalo simula o andar humano, e isso ativa as sinapses e os neurotransmissores, fazendo com que essa área do cérebro que não era trabalhada seja ativada. Ele tem um movimento tridimensional — para cima e para baixo, para frente e para trás, para um lado e outro — e consegue proporcionar, independentemente da vontade da pessoa, a ativação muscular, seja de relaxamento ou contração”, explica o capitão Reis, da PM, responsável pelo setor da equoterapia no Regimento.
O tratamento também conta com o condutor do animal, um psicólogo e um fisioterapeuta.
Rafael Maia atua há cinco anos no Regimento pela Associação dos Policiais Militares com deficiência do Estado de São Paulo (Apmdfesp). Ele destacou a sintonia entre o animal e o paciente. “A sintonia do paciente com o cavalo transforma a questão temperamental. Eles saem com mais disposição, mais felizes. Com 30 minutos em cima do cavalo, só a passada do animal, faz o paciente contrair involuntariamente 3.500 músculos”, explica.
Além de melhorar a saúde, de acordo com o Governo do Estado, o animal também trabalha aspectos da área afetiva e emocional, como medo, tristeza, alegria, empenho e coragem.
O trabalho acontece de segunda a quinta-feira, no Regimento de Cavalaria 9 de Julho, das 14h às 17h. São seis meses de duração e é voltado para policiais militares, familiares de policiais e também para o público geral.
Os interessados podem encaminhar um e-mail para equoterapia@policiamilitar.sp.gov.br. Segundo a SSP, as vagas são limitadas e o paciente precisa ser aprovado pela junta médica do Regimento.
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