A multinacional Cargill Agrícola S.A. foi condenada a multa de R$ 600 mil por permitir trabalho infantil e em condições análogas à escravidão em produções de cacau no estado da Bahia.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, a empresa comprou matéria prima para a produção de chocolate e manteiga de cacau de produtores rurais que foram flagrados explorando trabalho escravo e infantil.
Em 2010, 42 trabalhadores, entre eles três menores de idade, foram identificados e resgatados em uma fazenda fornecedora da Cargill. Em 2013, outra fornecedora foi autuada por trabalho infantil.
Para as procuradoras responsáveis pelo caso atual, a indústria do cacau tem um traço de ganância e assume a exploração de trabalhadores em nome do lucro.
A Justiça do Trabalho também determinou que a Cargill contribua para a fiscalização desse tipo de crime em seu segmento de atuação. A companhia vai precisar manter uma campanha publicitária de combate ao trabalho análogo à escravidão e infantil por pelo menos três anos, podendo ser multada em R$ 10 mil reais caso descumpra as ordens estabelecidas.
A Cargill Agrícola S.A. informou que discorda das denúncias e que vai recorrer da condenação.
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