quarta-feira, 3 de março de 2021

Phyllis Schlafly: referência feminina do conservadorismo



Phyllis Schlafly foi uma das mulheres mais influentes na história do Partido Republicano dos Estados Unidos e do Movimento Conservador. Ativista e engajada na luta conservadora, ela 
montou um movimento de base com a participação de milhares de donas de casa, fez da campanha anti-aborto uma das principais plataformas do Partido Republicano, fomentou o crescimento do conservadorismo e ajudou a eleger presidentes como Ronald Reagan. 

Ainda assim, ela é praticamente uma desconhecida para quem não está familiarizado com a tradição política norte-americana.

Phyllis determinou uma grande parte dos valores do movimento conservador norte-americano, influenciou a propagação mundial das ideias conservadoras, defendendo a família como elemento central da sociedade e repudiando o feminismo e o aborto. Acima de tudo, ela foi a principal promotora do resgate da ideia de que a mulher é basicamente uma cuidadora e mãe, antes de ser trabalhadora.

"O que estou defendendo são os verdadeiros direitos das mulheres. Uma mulher deveria ter o direito de estar em casa como esposa e mãe."

Phyllis Stewart Schlafly  nasceu em uma família sulista do Missouri, atingida pela depressão econômica da década de 1930. Criou-se em um ambiente católico, o que foi fundamental para que valorizasse a ideia de esforço e trabalho, meritocracia. Durante a Segunda Guerra Mundial, com apenas vinte anos, foi técnica de balística na maior fábrica de munições do mundo. Foi uma universitária destacada: formou-se em Direito, especializou-se em Direito Constitucional, e obteve um mestrado em Política Governamental na prestigiada Faculdade Radcliffe. Pouco depois, conheceu e se casou com o advogado John Fred Schlafly Jr., de uma rica família de Saint Louis. Anos mais tarde, ela se doutorou em Direito.

Schlafly trabalhou em campanhas para a eleição de governadores republicanos no final dos anos 1940 e escreveu panfletos anticomunistas durante a Guerra Fria. Em 1952 foi candidata republicana ao Congresso. 

Inteligente e muito sedutora, Phyllis percorreu todo o país e se tornou o flagelo das feministas. Seu discurso fundamentado de tradição e estabilidade familiar, exortando as mulheres a escolherem a felicidade no matrimônio e no lar, criou um movimento de base que fez vários Estados mudarem de opinião. Pelo caminho enfrentou o ódio encarniçado dos defensores dos direitos civis.

Seu livro A Choice Not an Echo (“Uma escolha, não um eco”), que incentivava e orientava o partido republicano a se afastar do “establishment da Costa Leste” ―como Henry Kissinger, a quem detestava ―, vendeu três milhões de exemplares, tornando-o um dos livros de política conservadora mais vendidos de todos os tempos nos Estados Unidos.

Phyllis entrou para a história de vez em 1972, quando encabeçou a campanha contra a chamada Emenda da Igualdade de Direitos (ERA, na sigla em inglês). O que parecia uma batalha ganha desde o início pelos liberais democratas se tornou um debate que perdurou até a década de oitenta, perdendo força.

No auge de sua influência, quando ela discava o número de Ronald Reagan na Casa Branca, o presidente jamais deixava de atender aos seus telefonemas. Reagan gostava de conversar com ela. Os dois se tornaram grandes amigos durante a primeira campanha de Reagan como presidenciável.

Durante anos, até sua morte, em 2016, Phyllis presidiu a Eagle Forum, entidade civil fundada por ela, que atua em defesa dos valores conservadores, da família, da vida, da pátria.


Links

Link para Download do livro de Phyllis Schlafly  - A Choice Not an Echo 
https://eagleforum.org/about/phyllis-books/a-choice-not-an-echo-1964.html

Link para site do Eagle Forum
https://eagleforum.org/

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