Professores e Agentes Comunitários de Iguaí protestam contra administração do prefeito Rony por descumprimento do pagamento do piso salarial nacional

A cidade de Iguaí, recentemente abalada pela tragédia durante a festa de aniversário do prefeito Rony Moitinho, agora enfrenta uma nova onda de protestos. Professores da rede municipal de ensino e agentes comunitários se uniram em uma manifestação para denunciar a péssima administração do prefeito, que continua descumprindo a lei do piso nacional da educação e do piso salarial dos agentes comunitários.

Os manifestantes se reuniram pacificamente em frente à prefeitura, carregando cartazes e faixas com mensagens exigindo respeito e valorização para a categoria. Eles alegam que, apesar das leis que estabelecem o pagamento do piso nacional da educação e do piso salarial dos agentes comunitários, o prefeito de Iguaí tem sistematicamente ignorado essas determinações, causando prejuízos financeiros e desvalorização profissional.

Em meio aos gritos de protesto, os manifestantes destacaram a importância da educação e do trabalho dos agentes comunitários para o desenvolvimento da cidade e o bem-estar da população. Eles pediram uma postura mais transparente e responsável por parte do prefeito, exigindo que ele cumpra as leis vigentes e valorize os profissionais que dedicam suas vidas a essas áreas.

O prefeito Rony Moitinho, que governa a cidade há quase 8 anos, não foi encontrado para comentar sobre os protestos até o momento. 

"Você vê ele em qualquer lugar na época da eleição, depois ele some. Vocês conhecem geladeira preta? É assim que ele é. Some. A gente procura para verificar a possibilidade das negociações acontecerem, a gente tem respostas negativas o tempo todo procurando. São as igrejas, o conselho tutelar, é o sindicato da saúde, é o sindicato dos professores, o tempo todo procurando e não o encontra. Não se enganem, ele some. Ele só sabe que existe voto na época da eleição. Não atende, não marca." desabafou uma líder sindical durante os protestos de hoje em Iguaí.

O Ministério da Educação (MEC) publicou, no dia 31 de janeiro de 2024, em edição extra do Diário Oficial da União, a Portaria nº 61/2024, que define o novo piso salarial dos professores da educação básica. O aumento previsto é de 3,62%, e o valor mínimo definido pelo governo para 2024 foi de R$ 4.580,57.

Já os agentes comunitários de saúde (ACS) e de combate às endemias (ACE) contam com um novo valor de remuneração em 2024. Em portaria publicada no Diário Oficial da União, o Ministério da Saúde anunciou o reajuste, realizado anualmente com base no aumento do salário mínimo - que hoje é de R$ 1.412,00 após o aumento de 7,7% em 2023. A atualização contempla o piso nacional da categoria, estabelecido em dois salários mínimos.

O protesto dos professores e agentes comunitários de Iguaí destaca a insatisfação e o descontentamento da categoria e também dos moradores com a administração municipal. Enquanto a cidade ainda se recupera da tragédia ocorrida durante a festa de aniversário do prefeito na última sexta-feira, novos desafios surgem no cenário político e social local. Resta saber como a prefeitura irá lidar com essas questões e se haverá uma resolução satisfatória para as demandas dos manifestantes.