No dia 1º de maio de 1994, o Brasil e o mundo perdiam um dos maiores ídolos da história do esporte: Ayrton Senna da Silva. Três décadas se passaram desde aquele trágico dia em Ímola, na Itália, mas a memória e o legado deixados pelo tricampeão de Fórmula 1 permanecem vivos.
Senna nasceu em São Paulo, em 21 de março de 1960, e desde cedo demonstrou um talento excepcional para as corridas. Sua carreira na principal categoria do automobilismo começou em 1984, e rapidamente ele se destacou como um dos melhores pilotos da história. Com um estilo agressivo e arrojado, conquistou o coração dos brasileiros e de fãs ao redor do mundo. Em 1988, Ayrton conquistou seu primeiro título mundial pela McLaren, repetindo a dose em 1990 e 1991. Sua rivalidade com o francês Alain Prost, que culminou em polêmicas e acidentes marcantes, é uma das mais célebres da história da F-1.
Além de seu talento nas pistas, Ayrton Senna também era conhecido por sua dedicação às causas sociais no Brasil. Ele foi um dos pioneiros no apoio a projetos de educação e combate à pobreza, deixando um legado no instituto que leva seu nome.
Sua morte precoce, aos 34 anos, chocou o mundo e deixou uma lacuna no esporte brasileiro. Mas seu legado continuou a inspirar gerações de pilotos e fãs, que encontram em Senna não apenas um ídolo, mas um exemplo de determinação, coragem e superação.
“O Instituto Ayrton Senna nasceu do sonho do tricampeão brasileiro de Fórmula 1 com um país em que todos tivessem a chance de ser vitoriosos no que quisessem, desejo que foi levado adiante por sua família”, apresenta-se a ONG brasileira presidida por Viviane Senna, irmã do ídolo.
Após sua morte, o piloto recebeu diversas homenagens no Brasil ao redor do mundo, mas principalmente em sua cidade natal, São Paulo. As mais célebres são os murais do renomado artista Kobra, mas há marcas em diversos pontos da cidade.
Um ano após o trágico acidente na curva Tamburello, um complexo viário que liga a avenida 23 de Maio à avenida Antônio Joaquim de Moura Andrade foi inaugurado com o nome de Ayrton Senna. O kartódromo de Interlagos foi rebatizado. Também ganharam novo nome a antiga rodovia dos Trabalhadores — e nela hoje há uma estátua do ídolo, instalada em 2019 — e a estação Jardim São Paulo do Metrô. O bairro do Paraíso tem uma praça batizada em memória ao tricampeão. E o Corinthians, clube do qual Senna era torcedor, faz questão de alimentar a relação até hoje. Segundo os Correios, os 26 Estados e o Distrito Federal têm algum logradouro com o nome de Ayrton Senna. Trinta anos após sua morte, ele permanece vivo na memória, no coração e no cotidiano dos brasileiros.
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