Após meses de negociações, dois dos maiores partidos do Centrão decidiram formar uma federação. União Brasil e PP devem anunciar a fusão na próxima terça-feira quando a federação intitulada UP será formalmente apresentada. Nos bastidores, o principal imbróglio se dava pela disputa para comandar o grupo que hoje, somando as duas bancadas, reúne 107 deputados.
O ex-presidente da Câmara Arthur Lira pleiteava o cargo, mas perdeu a disputa para o atual presidente do União Brasil, Antônio Rueda, que, segundo relatos, não abre mão do comando da Federação nas eleições gerais do ano que vem. Um dos acordos entre os dois partidos se deu para que seja respeitada a proporcionalidade das respectivas bancadas tanto para distribuição de recursos do fundo partidário como para definição dos candidatos nos estados.
Amanhã, sexta-feira - 25 de abril, o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, participa de um encontro político em Ilhéus com aliados, incluindo o prefeito Valderico Junior e a vice-prefeita Wanessa Gedeon (Novo). Além de debater estratégias para as eleições de 2026, o grupo será informado sobre os detalhes da fusão entre o União Brasil e o Partido Progressista (PP).
Em Ilhéus, a expectativa gira em torno de quem assumirá o comando do novo partido resultante da fusão: o atual prefeito Valderico Junior ou o ex-prefeito Jabes Ribeiro, filiado ao PP. A decisão pode definir os rumos políticos das eleições de 2026.
Nos estados, a tendência é que o partido com mais deputados federais assuma o comando. Na Bahia, o União Brasil, que tem seis representantes na Câmara, levaria vantagem, colocando ACM Neto em posição de liderança. No entanto, o atual presidente do PP no estado, deputado federal Mário Negromonte Júnior, enviou um ofício à direção nacional pedindo que a definição sobre a coordenação estadual seja feita pela cúpula da federação, evitando uma possível debandada de filiados.
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