O aspartame, classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “potencialmente cancerígeno”, não é utilizado apenas nos adoçantes para bebidas e refrigerantes sem açúcar. Assim como o sódio e os corantes, a substância artificialmente doce está na composição de muitos produtos industrializados consumidos principalmente por crianças, como chiclete, gelatina, sorvete e suco em pó. A recomendação de médicos e outros especialistas é monitorar a quantidade e dar preferência a alimentos naturais.
Especialistas ressaltam que a maioria dos produtos com sabores artificiais não tem especificações nos rótulos sobre a composição. Isso torna o controle de ingestão da substância extremamente difícil. No Brasil ainda não é obrigatório essa informação. Isso acaba por impossibilitar ao consumidor entender exatamente o quanto consome de aspartame em determinados produtos.
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), da Organização Mundial da Saúde (OMS), avaliou pela primeira vez o nível de perigo do aspartame e informou, no último dia 14 julho, que a substância é “possivelmente” cancerígena para os seres humanos, embora a dose diária considerada segura não tenha sido modificada. “Aconselhamos as empresas a não retirarem seus produtos nem recomendamos que os consumidores deixem de consumi-los completamente”, afirmou Francesco Branca, diretor do Departamento de Nutrição, Saúde e Desenvolvimento da OMS.
A posição do Inca foi ainda mais firme: o melhor é não consumir o aspartame. Além da relação com vários tipos de câncer, o instituto destaca que não há vantagem para quem está tentando perder peso. “Considerando também as evidências científicas que apontam que o consumo de bebidas adoçadas com adoçantes artificiais não colabora para o controle da obesidade, podendo ainda contribuir com o excesso de peso corporal e, por fim, considerando a associação direta do excesso de gordura corporal com pelo menos 15 tipos de câncer, o Inca aconselha à população geral evitar o consumo de qualquer tipo de adoçante artificial e adotar uma alimentação saudável, ou seja, baseada em alimentos in natura e minimamente processados e limitada em alimentos ultraprocessados”, informou por meio de nota oficial.
De acordo com especialistas, os limites seguros para ingestão do aspartame seriam 40 miligramas por quilograma de peso. Porém antes de se pensar na quantidade que se pode ingerir, as pessoas devem se questionar porque estão ingerindo.
Em toda essa discussão, o uso do aspartame na a alimentação infantil é o que mais preocupa. O cálculo de 40 miligramas de aspartame por quilograma de peso acaba tendo foco no peso de um adulto de 70 quilos. Mas isso não se aplica às crianças. Fazendo uma simples simulação, usando o exemplo de uma criança de 15 quilos, veremos que esses produtos não devem estar na alimentação. Infelizmente, da mesma forma que observamos na dieta do adulto brasileiro que cada vez mais os sucos artificiais e refrigerantes estão presentes, também estão na alimentação infantil.
O mel é uma boa opção natural para adoçar chás e evitar os produtos artificiais. Já as frutas são ótimas alternativas para lanches rápidos e dão saciedade maior do que chicletes, balas e gelatinas, por exemplo. Também é importante ter atenção para não trocar o adoçante pelo açúcar refinado, que contribui potencialmente para a obesidade e outras doenças. A recomendação para quem quer manter a saúde contínua e uma dieta equilibrada é a preferência pelo consumo de alimentos in natura.
Fizemos uma pequena lista de produtos comuns nas prateleiras de supermercados brasileiros e mostramos a quantidade de aspartame em cada um. Confira!
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