segunda-feira, 15 de junho de 2020

China invade a Índia e anexa 60 Km² em Ladakh


Essa notícia é mais uma daquelas que são escondidas pela grande mídia, debaixo do tapete. Desde de maio, rumores sobre um atrito militar entre China e Índia tomaram conta dos bastidores da política mundial. 


No finalzinho do mês passado o presidente dos EUA, Donald Trump, twittou sobre uma oferta para ajudar a resolver as crescentes tensões nas fronteiras entre a Índia e a China. Surpreendentemente, ele descreveu a situação como uma "disputa de fronteira violenta". As palavras de Trump podem ter soado exageradas, mas refletiram parcialmente as tensões mais graves entre as duas potências nucleares, que representam um terço da população mundial.


A verdade é que pouco se sabe sobre o que realmente tem acontecido por lá. A Índia e a China impedem que jornalistas entrem nas áreas de fronteira, e com a pandemia, se tornou mais difícil obter informações precisas. 

Vamos começar com o que sabemos. 

Em maio, sites internacionais destacaram dois confrontos entre soldados indianos e chineses, em 5 e 9 de maio, em áreas de fronteira separadas no leste e norte da Índia. Embora ninguém tenha sido morto nessas batalhas corpo a corpo, mais de 100 soldados ficaram feridos.

A imprensa indiana, com base em informações de oficiais da defesa, informou que as brigadas do exército chinês, que incluem milhares de soldados, atravessaram o território indiano para montar tendas e trincheiras em pontos-chave perto do Himalaia. Em resposta, o exército da Índia implantou reforços, provocando temores de um conflito maior.

Também em maio, o The Economist relatou que Nova Délhi e Pequim ativaram um canal diplomático de alto nível para diminuir as tensões. E o embaixador da China na Índia, Sun Weidong, adotou um tom calmante, dizendo repórteres: "Nunca devemos deixar que as diferenças ocultem nossas relações".

Agora, o Daily Telegraph espanta o mundo com a notícia de que A China ocupou mais de 60 Km² de território indiano no leste de Ladakh. Cerca de 12 mil soldados chineses atravessaram a fronteira para a Índia no mês passado, em meio a confrontos na fronteira. A ação seria um sinal de Pequim ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, por causa de sua aproximação aos Estados Unidos.

A medida também ecoa o expansionismo geopolítico do ditador comunista Xi Jinping no Mar da China Meridional, onde Pequim se moveu para construir bases militares.



Mas a coisa é mais profunda do que isso.

Primeiro, a pandemia de coronavírus pode ter fortalecido - e acelerado - a crescente convicção de Pequim de que tem o poder de tomar medidas ousadas em todo o mundo. Isso também pode explicar o momento de sua decisão de alterar a lei de segurança nacional em Hong Kong. Mesmo em 2008, quando o mundo se recuperou da crise financeira global, Pequim respondeu com medidas massivas de estímulo e uma onda de empréstimos global, expandindo sua influência e poder. Em outras palavras, a China pode estar se aproveitando de uma crise.

Segundo, as incursões da China provavelmente também pode ser encaradas como uma resposta aos anos de construção indiana de estradas e pistas de pouso ao longo da fronteira que divide os dois países, o que melhorou significativamente a conectividade da cadeia de suprimentos militares da Índia na área. Os recentes movimentos de Pequim também podem ser uma resposta ao impasse ocorrido em 2017 entre os dois países, por conta do episódio envolvendo o território de Doklam, no Butão. Na ocasião,  Índia atendeu um pedido de ajuda do governo butanês e impediu as tropas chinesas de construírem uma estrada, que facilitaria para China a aproximação de tanques e máquinas de guerra da fronteira com a Índia.

Terceiro, desde 1988 a China e a Índia compartilham um entendimento de manter a paz para que possam se concentrar em seu crescimento e estabilidade interna. Porém, 32 anos atrás, os dois países tinham economias de tamanhos semelhantes e gastavam quase a mesma quantia em defesa. Hoje, o PIB da China é cinco vezes maior do que o da Índia. Some-se a isso o fato de que a China gasta hoje quatro vezes mais em defesa. A dinâmica do relacionamento mudou completamente.


É possível estarmos diante de um guerra entre nações belicamente e populacionalmente poderosas?

Sim!

Aguardemos a próximas cenas dessa novela que pode literalmente detonar o mundo!

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