A doença celíaca é uma condição autoimune crônica do intestino delgado desencadeada pela ingestão de glúten, uma proteína presente em cereais como trigo, cevada e centeio. Segundo informações da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (FENACELBRA), a patologia atinge cerca de 2 milhões de pessoas no país, mas a maioria encontra-se sem diagnóstico. A condição é caracterizada pela dificuldade do organismo em absorver nutrientes como o glúten, e pode surgir em qualquer fase da vida.
Em pessoas com doença celíaca, o sistema imunológico reage de forma anormal ao glúten, atacando e danificando a mucosa do intestino delgado. Isso leva à inflamação e à deterioração das vilosidades intestinais, estruturas responsáveis pela absorção de nutrientes.
Não há uma maneira definitiva de prevenir o desenvolvimento da doença celíaca, uma vez que é uma condição de origem genética. No entanto, é possível estar atento ao histórico familiar da doença e iniciar uma investigação precoce caso haja suspeita de predisposição genética.
A retirada do glúten da alimentação antes do surgimento dos primeiros sintomas pode ajudar a evitar danos à mucosa do intestino delgado, reduzindo assim o risco de complicações associadas à doença celíaca.
O tratamento da doença celíaca é centrado em uma mudança na dieta, pois não há cura para a condição e não existem medicamentos que possam eliminar os sintomas. A base do tratamento é a exclusão total do glúten da alimentação. Isso significa evitar alimentos que contenham trigo, cevada, centeio e, em alguns casos, até mesmo aveia, devido ao risco de contaminação cruzada.
Após o diagnóstico, é importante que o paciente faça o acompanhamento nutricional regular para garantir que esteja obtendo todos os nutrientes necessários e para prevenir deficiências nutricionais que podem surgir devido à exclusão do glúten. Uma dieta equilibrada e variada, com foco em alimentos naturais e integrais, ajudará a manter a saúde e o bem-estar a longo prazo.
O tratamento adequado da doença celíaca não se limita apenas à eliminação do glúten da dieta, mas também envolve o gerenciamento de possíveis complicações e o monitoramento regular da saúde intestinal.
A inflamação crônica do intestino delgado, se não tratada adequadamente, pode aumentar o risco de desenvolvimento de tumores e outras condições graves no futuro. Portanto, é essencial que os pacientes sigam rigorosamente as orientações médicas e nutricionais para garantir qualidade de vida e prevenir complicações a longo prazo.
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