Após 5 anos, a Bahia voltou a ser o maior produtor de amêndoa de cacau do país. Em 2023, o estado produziu 139.011 toneladas, um crescimento de 0,6% em relação ao ano anterior, sendo praticamente toda a produção oriunda do Sul da Bahia. Com isso, ultrapassou o Pará, cuja produção foi de 138 mil toneladas, registrando queda de 5,2% em relação a 2022.
Os preços do cacau continuam em alta. Apostando nisso, a Schmidt Agrícola, empresa agropecuária do oeste da Bahia vai investir R$ 270 milhões para expandir a cultura do cacau na região, conhecida por ser um dos principais polos de algodão do Brasil.
O diretor de relações institucionais da empresa Moisés Schmidt, disse à revista Exame que o investimento visa explorar o alto valor agregado do cacau e atender à crescente demanda global.
A aposta na cultura do cacau não é novidade para a Schmidt Agrícola. Desde 2018, a empresa tem ampliado seu portfólio de produtos como parte de uma estratégia de diversificação de negócios — além de cacau, a empresa produz algodão, soja, milho e frutas.
E a empresa está desenvolvendo um segundo projeto, que pode quadruplicar o investimento, chegando a R$ 1 bilhão.
A Bahia é um dos maiores estados produtores de cacau do país, ao lado do Pará. Juntos, esses dois estados representam 95% da produção nacional.
Globalmente, os principais produtores de cacau, Costa do Marfim e Gana, têm enfrentado grandes desafios devido a questões climáticas, fazendo com que o preço do produto aumentasse no mercado internacional.
“Estamos obtendo grande sucesso, tanto na produção agronômica quanto na visão social e trabalhista relacionada ao cultivo. Vejo o cacau com muito otimismo, assim como enxergamos o algodão há 25 anos. Sinto que estamos em um momento promissor em relação a essa fruta”, afirma Schmidt.
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