Os portugueses irão às urnas neste domingo (18/5) para eleger um novo Parlamento pela terceira vez em três anos, com as pesquisas favorecendo a centro-direita do atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, mas sem clara maioria parlamentar para nenhum partido.
Segundo dados de uma compilação de sondagens do jornal Público, a coligação Aliança Democrática (AD), de Montenegro, alcançaria 31,3% das intenções de voto, contra 26,7% do Partido Socialista (PS), liderado pelo economista Pedro Nuno Santos.
O partido da ultradireita Chega, fundado em 2019 pelo ex-comentarista de futebol André Ventura, obteria 18,1% dos votos, um resultado semelhante ao da eleição anterior, no ano passado.
Há um ano, a AD venceu a eleição com 28,8% dos votos, um pouco acima da votação dos socialistas, que obtiveram 28%. O Chega foi o terceiro mais votado, com 18% dos votos.
Diante da ameaça de uma comissão parlamentar de inquérito sobre as atividades de uma empresa de consultoria da sua família, Montenegro apresentou em março uma moção de confiança que não foi aprovada, o que levou à queda do governo e à realização desta eleição antecipada. Ele chegou ao poder em abril de 2024.
Analistas dizem que Montenegro, um jurista de 52 anos que liderava um governo minoritário, optou por se submeter novamente às urnas para garantir sua sobrevivência política e tentar fortalecer sua base parlamentar. “Foi uma decisão arriscada, mas calculada”, destaca o cientista político António Costa Pinto, da Universidade de Lisboa.
Durante a campanha eleitoral, que terminou nessa sexta-feira, Montenegro reafirmou sua rejeição em governar com o apoio da ultradireita. Analistas sugerem que ele poderia tentar formar um governo com a ajuda do partido Iniciativa Liberal, a quem as pesquisas dão cerca de 6% dos votos.
O presidente da República, o conservador Marcelo Rebelo de Sousa, já avisou que não nomeará um governo que não tenha chances de ter o apoio do Parlamento.
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