quinta-feira, 30 de abril de 2009

O Quinto Poder



1º A Igreja
2º O Governo
3º O Povo
4º A Imprensa
5º O Terceiro Setor


Tudo bem. Até o 4º você com certeza já cansou de ouvir falar. Porém, o quinto (que entra merecidamente nessa listagem) realmente chegou para ficar.
Preenchendo lacunas ou criando novas áreas e formas de atuação, as ongs desenvolvem um papel vital neste tão conturbado mundo globalizado. Seja assistindo às crianças ou idosos, defendendo animais em extinção ou zelando por patrimônios históricos e culturais, elas transformam significativamente a comunidade, bairro, cidade, onde estão inseridas.
A história da evolução ongueira mistura-se muito com a luta pelos direitos humanos e perpassa pela ascensão do assistencialismo meramente caritativo. As antigas damas de caridade abrem alas para os modernos multiplicadores.
O terceiro setor há muito que deixou de ser alternativo, hippie e mal organizado. A ordem do momento é seriedade e compromisso. Tudo com uma generosa pitada de solidariedade.
Nos países em desenvolvimento, o terceiro setor cresceu (e ainda cresce) em ritmo acelerado. As demandas não suportadas pelos governos abarrotam as ongs.
Concordo que ongs supram necessidades governamentalmente negligenciadas, mas já não podemos mais encará-las como “muletas” do estado.
É necessário que os organismos da sociedade civil sejam vistos como parceiros, aliados, colaboradores. E não como escoras, suportes, cabides.
Mas não posso falar sobre ongs sem mencionar um aspecto que muito me incomoda: a utilização inescrupulosa.
Sim, sim, sim. Isso me deixa profundamente irritada. Utilizar algo de origem tão bem intencionada e purista para maquinar falcatruas é no mínimo falta de respeito ao próximo.
Num mundo em que se propagam rótulos, um único exemplar corrupto põe a perder toda uma rede. Não raro encontramos pessoas que, erroneamente, propagam a ideia de que ong é mamata para político, fachada para golpistas e estelionatários.
Pior do que ver um leigo destrinchar esse novelo, é aceitar que pessoas ditas eruditas se posicionem da mesma forma em relação à questão. Como tudo nessa vida, no Terceiro Setor também há o joio e o trigo. Cabe a nós sabermos discernir o que é falso daquilo que realmente é para valer.
Ser voluntário, trabalhar no Terceiro Setor, deveria ser inerente à humanidade, uma espécie de exercício sublime de desapego, solidariedade e sensibilidade. Mesmo o mais cínico dos seres humanos fica incomodado e vira o rosto ao ver o sofrimento de alguém estirado no chão. Esse exercício de se colocar na pele do outro, conhecido como compaixão, é natural do ser humano. E está em alta, segundo a percepção de especialistas no assunto. Grandes corporações têm adotado o discurso da sensibilidade social para agregar valor a suas marcas porque perceberam que a sociedade considera isso cada vez mais importante. É o famoso Marketing Social.
Ajudar pessoas cujos destinos não afetariam a vida de quem estende a mão a elas, é ser solidário, é responder ao apelo ético interior. Mas isso se trata de um processo que implica muitas vezes em uma longa aprendizagem, pois a grande tendência do ser humano é ser egocêntrico. Costumamos ser generosos apenas com familiares e pessoas que fazem parte do nosso ciclo de convivência cotidiano.
O verdadeiro humanismo evidencia-se quando entendemos como a tragédia do outro pode nos afetar. Assim, a solidariedade passa a abranger a ideia de que cuidar é garantir o nosso próprio futuro. Talvez isso se torne mais claro quando lidamos com questões de cunho ambientalista. A consciência ecológica é uma das formas de solidariedade mais profundas que existem atualmente, pois a preocupação em preservar toda a biosfera para futuras gerações é um ato de extrema generosidade.
É cientificamente comprovado que ajudar ao próximo faz bem ao próprio funcionamento fisiológico do corpo humano. A moeda de troca emitida pelo corpo humano ante o stress verdadeiro de ajudar outra pessoa são neuro-hormônios como serotonina e dopamina, ambos ligados à sensação de bem-estar. Estudos apontam que o exercício da cidadania solidária promove ainda a produção de endorfina, que possui características analgésicas. Dessa mistura de substância é gerada a sensação de prazer, alívio e leveza de espírito que sentimos quando ajudamos alguém que necessita.
Logo, voluntariar-se traz tantas ou mais recompensas quanto benefícios ao próximo. Faz sentimo-nos plenos e necessários.
É por acreditar nisso que convido você a conhecer e participar da Rede Mundo Melhor, uma organização não-governamental que prima pela igualdade e luta por dignidade de vida para todos.
Então o que está esperando?

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Entre nessa onda você também!
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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Prêmio Lemniscata




Este selo foi criado para premiar blogs que demonstram talento, seja nas artes, nas letras, nas ciências, na poesia ou em qualquer outra área e que, com isso, enriquecem a blogsfera e a vida dos leitores.

Seguindo a política habitual de atribuição de prêmios, este também tem algumas regras...:

1 - O premiado deverá expor o selo no seu blog e atribuí-lo a 7 outros blogs que considere merecedores.

2 - O premiado deverá responder à seguinte pergunta: O que significa para si ser um Homo sapiens?

Primeiro vamos a resposta par a pergunta:
Quando Li a pergunta a primeira coisa que me veio à mente foi o famoso poema "IF" de Rudyard Kipling

Se

Se consegues manter a calma
quando à tua volta todos a perdem
e te culpam por isso.
Se consegues ter confiança em ti
quando todos duvidam de ti
e aceitas as suas dúvidas
Se consegues esperar sem te cansares por esperar
ou caluniado não responderes com calúnias
ou odiado não dares espaço ao ódio
sem porém te fazeres demasiado bom
ou falares cheio de conhecimentos
Se consegues sonhar
sem fazeres dos sonhos teus mestres
Se consegues pensar
sem fazeres dos pensamentos teus objetivos
Se consegues encontrar-te com o Triunfo e a Derrota
e tratares esses dois impostores do mesmo modo
Se consegues suportar
a escuta das verdades que dizes
distorcidas pelos que te querem ver
cair em armadilhas
ou encarar tudo aquilo pelo qual lutaste na vida
ficar destruído
e reconstruíres tudo de novo
com instrumentos gastos pelo tempo
Se consegues num único passo
arriscar tudo o que conquistaste
num lançamento de cara ou coroa,
perderes e recomeçares de novo
sem nunca suspirares palavras da tua perda.
Se consegues constringir o teu coração,
nervos e força
para te servirem na tua vez
já depois de não existirem,
e agüentares
quando já nada tens em ti
a não ser a vontade que te diz:
"Agüenta-te!"
Se consegues falar para multidões
e permaneceres com as tuas virtudes
ou andares entre reis e pobres
e agires naturalmente
Se nem inimigos
ou amigos queridos
te conseguirem ofender
Se todas as pessoas contam contigo
mas nenhuma demasiado
Se consegues preencher cada minuto
dando valor
a todos os segundos que passam
Tua é a Terra
e tudo o que nela existe
e mais ainda,
tu serás um Homem, meu filho!
Tradução do poema "IF" de Rudyard Kipling


Meus escolhidos são:

Janaina Moutinho
Palavras são palavras
Suaninha
Caos Urbanus
Academia dos Livros
A página do Livro
Hippies e Beatniks
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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Novo Selo - Seu Blog é Roxie!



"Seu blog é Roxie!"

Para minha alegria e felicidade Idéias de Bárbara recebe mais um Selo.

Vamos às Regras:

- Exibir a imagem do selo "Seu blog é Roxie!" e divulgar as regras.

- Colocar quem te deu o selo nos seus blogs indicados.

- Escrever 5 coisas que são Roxie (1- sobre musica, 2- sobre televisão e cinema, 3- três países que gostaria de conhecer, 4- três cores favoritas e 5- três hobbies)


Antes de começar a responder às perguntinhas, deixo aqui um beijo especial para Karol, A dona do Mundo


Vamos lá....
Sobre Música: Sou eclética no que diz respeito a sons e ritmos. Para mim a música tem haver como o meu estado de espírito no momento. Ouço de tudo, tudo mesmo, sem preconceito nenhum. É claro que dentro desse ou daquele estilo tenho preferências. Amo Rod Stewart, Guns n’ Roses, Marisa Monte, Madonna...


Sobre Televisão e Cinema: Não sou amante de televisão (apesar de ser jornalista), curto programas como Saia Justa e Jô Soares. Meu verdadeiro vício em relação a TV são os seriados. Aff... me desligo do mundo vendo Gossip Girl, Cold Case, The OC (mesmo já sendo reprisado) e Pushing Daises.
Quanto ao cimena, sou cinéfila de carteirinha. Amo ir ao cinema e dou graças a Deus exitir um em minha cidade. Seria minha morte se não houvesse. Fala sério ver filmes como Austrália, AI, Senhor dos Anéis, O povo contra Lary Flint, Moulin Rouge numa telona é outra coisa...

Países que gostaria de conhecer: em primeiro lugar, sem sombra de dúvidas a Grécia. Amo, amo, amo, sou louca de paixão pela cultura grega. Isso desde criança. Depois a França, pois tenho imensa vontade de percorrer as Igrejas e locais históricos da vida de Maria Madalena. E por fim nadar nas águas maravilhosas dos países caribenhos.

Cores favoritas: gosto de todas, todas mesmo. Mas como é regra citar 3, vamos lá: Azul clarinho, branco e preto.

Hobbies: Ler , sempre em primeiro lugar. Minha vida sem um livro seria uma corpo sem alma. Depois, Escrever. É uma verdadeira compulsão...ahahahah... e o último mas não menos importante: NAMORAR. Porque sem isso a vida não tem razão de ser.

Então passo a bola pra meus indicados:

A Dona do Mundo

Pequenas Ideias

Vagueando pelas Ruas

Poemas de Amor

Felicidade nas coisas Simples

As 7 pedras do Amor

Prince Cristal

Filha de Asclépio

Anjos sem Asas
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domingo, 19 de abril de 2009

Mais Selo - Lemonade


Estava lendo alguns favoritos quando descobri, assim, sem querer que meu blog foi indicado a outro Selo, pela Ana Gabi, Obrigada, Amiga!
Desta vez,Idéias de Bárbara ganhou o Selo Lemonade, “prêmio dado aos blogs que demonstram grande atitude ou pelos quais você tem gratidão”.
Então, como manda a tradição, tenho que passar o selo para frente, listando meus indicados. As regras deste prêmio são:
1. Colocar a logo em seu blog ou post;
2. Escolher no mínimo dez blogs que demonstram grande atitude ou pelos quais você tem gratidão;
3. Certificar-se de que publicou os links de seus nomeados em seu post;
4. Informá-los de que receberam este prêmio, comentando em seus blogs;
5. Partilhar o carinho, publicando os links deste post e da pessoa de quem você recebeu o prêmio.;.
E o Selo vai para...

Pequenas Ideias

Porto das Crônicas

Sinapse Moderna

Diz Aí

Coisando

A Dona do Mundo

Blog do Barzinho

Puxadinho Mundo Insano

Prince Cristal

Literatura de Mulherzinha
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sábado, 18 de abril de 2009

Essencialmente Feminina


Há muito queria falar sobre ser mulher.

Não com aquela posição puramente sexual, de gênero. Mas na essência da palavra.

Modificado pelos padrões culturalmente aceitáveis de cada época e região, o papel e a figura da mulher moldam-se e transmutam-se ao longo do tempo.
De reprimida à endeusada a mulher já experimentou de tudo. Como aceitou ou combateu isso, são outros 500.


Até mesmo nossas mais famosas heroínas clássicas, como Julieta e Medéia, absorveram tal estigma. A principal diferença entre estas personagens femininas está na forma de confrontação com a estrutura social. Julieta não busca um confronto direto com a imposição social de sua época.
Ela utiliza-se de alguns subterfúgios para evitar este embate, como por exemplo, seu plano de encenação da própria morte. Já Medéia, pouco preocupa-se com a imposição de normas e padrões comportamentais, desafiando diretamente toda a estrutura social.
Dois exemplos de mulher, dois opostos de uma mesma criatura.

Desafiar padrões sociais é mais do que impor vontades ou desejos. É, antes de tudo, está disposto a ser marginalizado, execrado socialmente. Isso não se restringe apenas às mulheres. É um conceito bem amplo, que abrange muitos entes e aspectos. Julieta e Medéia arriscaram. Acabaram por tornar seus destinos completamente diferentes daquilo que imaginaram para si. Ousaram mesmo arriscando-se ao fracasso. E foi justamente essa ousadia que determinou o desenlace, destes dois romances clássicos. Ser rainha do seu destino é, antes de qualquer coisa, uma questão de escolha. A vida é uma questão de escolha, independentemente da violência da estrutura social, da força do sistema classista ou de dogmas estigmatizadores. Mas, normalmente, você não costumar escutar isso por aí, ainda mais nestes tempo de cultura do "vitimismo".
Já passou da hora de deixarmos de nos levar por movimentos ou vertentes que se julgam baluartes de uma causa, representantes de um grupo, líderes de questões.
Em meio a tudo isso encontramos a tal revolução feminista.

Quem acredita que o feminismo foi um movimento vitorioso do século passado, que ajudou as mulheres a conquistar seu lugar no mundo, que virou história e tinha razão de ser, deveria dar uma olhada neste posicionamento.
Até que ponto queimar nossos sutiãs em praça pública realmente valeu a pena?
Minuciosamente esclarecendo, não saímos tão vitoriosas quanto imaginamos.

É óbvio que conquistamos coisas importantes, mas ainda assim ao invés de liberdade, acabamos por nos acorrentar em mais papéis a serem desempenhados. Hoje temos de ser fêmeas, mães, esposas, profissionais... um misto de Mata Hari, Madre Teresa e Mary Curie. 
O movimento feminista perdeu muito de seus ideais. Enveredou-se por uma torta representação do esteriótipo da mulher. Uma representação que beira uma total masculinização. Sufocou os desejos mais íntimos da essência feminina, em prol de uma pseudo igualdade. Dividiu as mulheres em categorias de suposta importância, relevância ou dignidade. 
Sim, isso mesmo. 
A doutrinação pro feminismo incutiu em gerações a ideia de o quanto é indigno e irrelevante o papel da mulher que opta por ser dona-de-casa. Um total desperdício! Uma total nulidade para a "causa". Nunca se quer passou pela cabeças delas que era importante tentar enxergar a situação pelo prisma do outro, ouvir o outro lado. Donas- de-casa são, antes de tudo, seres humanos, mulheres. 
Esse foi seu erro mais gritante: segregação e menosprezação aos seus próprios pares.
Não falo por todas as mulheres, mas falo por mim. 
Nunca quis ser homem. 
Nunca quis os papéis masculinos.
Nunca me senti representada por mulheres que saem em passeatas gritando palavras de ordem, com os peitos de fora.
Para que isso?
Será que é realmente tão relevante expor o corpo para sermos ouvidas?
Será que ao fazermos isso não estamos lançando mão de algo tão combatido ao longo dos séculos: a imagem da mulher como objeto sexual?
Não acredito em mudanças que se inspiram em radicalismo e fanatismo ideológico.
Não acredito em mudanças que pregam a total descaracterização de um ente, em prol de uma libertinagem travestida de liberdade.

É importante aceitar que igualdade entre sexos não é necessariamente, deixar de ser quem somos, para nos tornarmos o outro.
A igualdade ultrapassa o aspecto visual do gênero.
Igualdade significa condições honestas e verdadeiras para que cada um desenvolva o que há de melhor no seu lado da balança.

Igualdade é antes de tudo equilíbrio e temperança.

De nada adianta irmos contra a natureza. Frasezinhas estilo: ”A única coisa que uma mulher não consegui fazer melhor que um homem, é xixi contra um muro.”, são no mínimo o errado retrato que alguém tentou transmitir. Algo recheado de recalque.
Mulheres de verdade não precisam disso.
Somos plenas e sempre seremos em muitos aspectos; porém nem todos. 
Este é o segredo. 
Homem e mulher devem se complementar e não, rivalizar eternamente. 
Se Deus quisesse apenas um ser perfeito, não necessitaria criar 2 gêneros numa mesma espécie.
Escolher o seu companheiro só depende de você. 
Mas se quer um conselho, escute o que diz Anais Nin (aliás, é ela na primeira foto deste post):

"Eu escolho um homem
que não duvide de minha coragem
que não me acredite inocente
que tenha a coragem
de me tratar como uma mulher."
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