Mas um sacerdote é cruelmente assassinado na França. Olivier Maire, um padre monfortino de 60 anos, foi encontrado morto nesta segunda-feira (09/08) em Saint-Laurent-sur-Sèvre, Vendée, na França. Horas depois, o imigrante ruandês Emmanuel Abayisenga se entregou à polícia, confessou a responsabilidade pelo assassinato e foi preso preventivamente, segundo informação da agência de notícias AFP. Suas motivações ainda não foram esclarecidas.
Em 18 de julho de 2020, o mesmo homem já havia provocado um incêndio na Catedral de Nantes. A ação danificou vitrais da fachada e o órgão barroco, além de causar sérios danos à nave central da catedral gótica, dedicada a São Pedro e São Paulo, que teve sua construção iniciada em 1434.
Abayisenga chegou à França em 2012 e desde então solicitava o status de refugiado, mas sua petição foi negada e ele já tinha notificação de expulsão do país. O ruandês pertence a uma família de hutus, e alguns de seus parentes teriam participado do genocídio praticado contra a etnia tutsi em Ruanda no ano de 1994.
Na época da ocorrência, o imigrante estava sendo ajudado pela comunidade da própria catedral, que o havia empregado como assistente e conferido a responsabilidade de fechar a igreja. Acusado de “destruição e danos por fogo”, Abayisenga conseguiu a liberdade condicional e procurou abrigo em Saint-Laurent-sur-Sèvre enquanto aguardava seu julgamento. O padre Oliver o acolheu em sua paróquia e lhe concedia hospedagem há alguns meses.
Após o assassinato, a Conferência Episcopal e diversas organizações católicas emitiram uma nota conjunta em que exprimiam "profunda tristeza" pelo assassinato e o temor com a escalada da violência anticristã na França. Nos últimos anos, o país tem registrado uma série de atentados contra templos e sacerdotes. O caso mais emblemático ocorreu em 2016, com o martírio do padre Jacques Hamel, de 84 anos, que foi degolado por terroristas islâmicos enquanto celebrava a missa na igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, na região da Normandia.
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