terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Como substâncias podem interferir no aleitamento materno


O leite materno é de extrema importância para o desenvolvimento do bebê. Ele fornece nutrientes essenciais, como proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais, necessários para o crescimento e o desenvolvimento adequado nos primeiros meses de vida.

A amamentação ultrapassa a função de nutrir fisicamente a criança, e está fortemente relacionada ao processo de amadurecimento do vínculo entre a mãe e o bebê.

Para as crianças, a amamentação promove, além de uma nutrição ideal, um sistema imunológico mais atuante, um melhor desenvolvimento cognitivo e intelectual. Aquela criança que é amamentada tem menos chances de desenvolver diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia e obesidade na vida adulta. A mãe também é beneficiada e tem na amamentação um fator protetor contra o câncer de mama, diabetes tipo 2 e fortalecimento do vínculo mãe-filho.

É por tais fatores tão significantes que o medo de algumas mães é ter que interromper o período de aleitamento materno por qualquer motivo, como em casos de uso de alguma medicação. Nessa hora, surgem os questionamentos do que é ou não é proibido nesse período.

Muitas substâncias ingeridas pela mãe passam a fazer parte do leite materno e assim são expostas aos recém-nascidos. Essas substâncias podem prejudicar a amamentação sob vários aspectos como: inibir sua fabricação, alterar características do leite materno quanto ao gosto, ao cheiro e algumas podem causar danos importantes à saúde das crianças.

Além disso, diversas substâncias são absorvidas pelo nosso organismo, não somente por meio da ingestão. Existe absorção através da pele e do ar que respiramos, lembrando que diariamente somos expostos a uma infinidade de agentes.

Uma discussão atual é sobre a segurança na utilização de tintas para pintar cabelos durante a amamentação. A Sociedade de Pediatria tranquiliza as nutrizes e afirma que as mães podem continuar tingindo os cabelos sem maiores riscos ao bebê, dando preferência à escolha de colorações livres de chumbo, formol e amônia.

Ainda mediante conhecimento do que pode causar algum mal, é importante ter em mente que a avaliação de cada caso deve ser feita pelo médico que acompanha a paciente e o seu bebê. O histórico do paciente é fundamental na hora de dar as diretrizes sobre qualquer diagnóstico e tratamento que não prejudique a amamentação. O tempo de permanência de uma medicação no organismo varia de acordo com a composição do remédio e esse é apenas um dos fatores que devem ser avaliados pelo médico. Recorrer ao médico especialista é o meio mais seguro.

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