quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Série do Mês: A Grande Ilusão



Fim de semana se aproximando e nós aqui do Ideias Barbara’s vamos te indicar a minissérie que vai prender a sua atenção: A Grande Ilusão, uma trama repleta de reviravoltas que é difícil saber por onde começar essa resenha. O programa ideal para quem gosta de um bom suspense.

Adaptado por Danny Brocklehurst do romance eletrizante de Harlan Coben de 2016, os oito episódios da série dirigida por David Moore e Nimer Rashed falam de um casamento apodrecido que se arrasta por mais tempo que o aconselhável, cidadãos de bem com um arsenal de guerra em cofres domésticos, a superproteção de uma mãe a um filho bastante crescidinho e, o principal, no que isso tudo pode interferir na qualidade de vida de uma mulher já aflita, meio sem rumo, mergulhada em uma depressão mascarada.

A atriz Michelle Keegan interpreta a personagem principal e, temos q dizer que ela carrega boa parte do enredo nas costas, contando com um elenco de apoio bem-estruturado, que avança e volta em flashbacks pontuais explicando o motivo de algumas situações, fundamental para que nós não fiquemos boiando em divagações e possibilidades.

Maya Stern, a personagem de Keegan, uma ex-capitã do Exército que virou monitora de uma escola de atiradores, continua a lidar bem com toda sorte de pressão, exceto quanto a qualquer assunto que se refira à morte do marido, 28 anos atrás. É daí que a história irrompe, chegando ao um desfecho inusitado, mas nem por isso menos surpreendente . 

Em 1996, Maya e o marido, Joe Burkett, passeiam por um parque quando são cercados por um bando de adolescentes. É tudo muito rápido, mas na sequência a câmera sai do plano geral e capta um homem ensanguentado: Joe levara um tiro e pouco depois, no funeral, fica bem claro para nos espectadores que essa família tem muito a esconder. O personagem de Richard Armitage sai de cena, mas Maya está mais enredada do que jamais esteve, em especial depois que vê o marido numa filmagem caseira, pela câmera oculta do porta-retrato dado por uma amiga.

Quase tudo o que acontece nos próximos capítulos remete a esse evento, e entre os embates da ex-capitã e Judith, a sogra vivida por Joanna Lumley, uma psiquiatra famosa que parece dedicada em colocá-la ou na cadeia ou no hospício, e Sami Kierce, o detetive que investiga o assassinato de Joe, Maya processa também a morte da irmã — outro mistério a se ligar com o crime do parque —, ao passo que se esforça para compreender em que medida pode ser razoável pensar que o cônjuge tenha encontrado um jeito de livrar-se dela, a vítima de uma armação diabólica. E aqui se levanta outro enigma.

A maneira como Moore e Rashed ligam os pontos e conseguem uma narrativa bem amarrada, mesmo tendo em vista o emaranhado de situações insólitas e, até mesmo ridículas, mantém a audiência presa, à espera do próximo ato. 

Sem pressa, aspectos que por pouco não passam batidos, como a amizade entre a protagonista e o personagem de Adeel Akhtar ou a aversão de Judith à nora, desanuviam zonas cinzentas, e nos levam ao momento em que todas as cartas estarão na mesa e a grande pergunta da história será respondida: Quem matou Joe?


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