O que já está caro, vai ficar ainda mais. O reajuste dos preços dos medicamentos brasileiros só será anunciado oficialmente em 31 de março, mas farmácias já alertam aos clientes sobre o aumento dos valores. Com a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro, especialistas projetam que o reajuste deve ser de até 5,06%.
O percentual não é um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O aumento de preços acontece todos os anos e é estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). São levados em consideração três elementos para definir o reajuste: fator de produtividade (atualizado anualmente), parcela de fator de ajuste de preços relativos entre setores e o IPCA dos últimos 12 meses.
Com o anúncio de que o IPCA de fevereiro ficou em 1,31%, levando o acumulado dos últimos 12 meses para 5,06%, já é possível calcular quanto será o reajuste dos medicamentos. De acordo com a Simtax, especialista em tributação do mercado farmacêutico, o reajuste será de 5,06% para o Nível 1, 3,83% para o Nível 2 e 2,60% para o Nível 3.
Os níveis de reajuste de medicamentos consideram a participação de genéricos no mercado. No primeiro, a concorrência é igual ou superior a 20%. No segundo, entre 15% e 20%. Já no terceiro, inferior a 15%.
Em 2024, o reajuste foi menor do que o previsto para este ano. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos autorizou reajuste de 4,50% para todos os níveis, o menor valor praticado desde 2020.
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