terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Todo dia poderia ser ano novo


É verdade! Todo dia poderia ser Ano Novo.

Todos os dias poderiamos ao levantar imaginar que a vida será diferente em poucas horas. Que as esperanças serão renovadas, os planos idealizados e colocados em prática, os sonhos serão possíveis.

Todos os dias poderíamos começar de novo, com a alma lavada e a mente cheia e energia.

Mas, infelizmente, nos acostumamos à ideia de que isso só compete ao dia 31 de dezembro. Como se apenas a virada de ano pudesse dispor dos elementos necessários para impulsionar nossas vidas em novas direções. Ainda em tempo, faço a ressalva de que a virada realmente pode mudar muita coisa se você for o sortudo(a) que acertou as 6 dezenas da Mega Sena acumulada!

Voltando à realidade.

Já faz mais de ano que tive um encontro bem interessante. Eu passeava por Ipanema quando fui a bordada por um grupo de meninas, alegres e esfuseantes, que me pergutaram o que eu queria ganhar de Natal. Assim, de supetão. Mas apesar da pergunta ter sido feita no susto, a respostas veio num flash: Nada.

Isso mesmo! Respondi que não queria ganhar nada. Pode paracer estranhíssimo alguém não querer ganhar nada, pois no mundo capitalista que nos acostumamos a viver, o consumo é sempre regado e cultivado com muito carinho. Mas naquela fração de segundo percebi que tinha tudo que precisava em minha vida: famíla, filhos, marido, cachorro, roupas, mil sapatos e livros, casa, emprego, saúde, alegrias...

O que mais um ser humano poderia querer?

Nem preciso dizer que elas ficaram chocadas. Contaram que eu tinha sido a única pessoa a responder daquela forma. E se elas ficaram chocadas, eu não fiquei diferente. Parei e pensei:

Por que todo mundo sempre precisa de alguma coisa?

O que realmente falta na vida das pessoas?

Bens materiais, riqueza, saúde, felicidade?

A conclusão que cheguei foi que não é nada disso.

Na maioria das vezes buscamos suprir nossas reais faltas, carências e necessidades, com coisas que no fundo, no fundo, nunca completarão as lacunas.

O que nos falta é viver com plenitude, de coração aberto, com espontaneidade de sentimentos.

Muitos passam a vida toda com amores não declarados, sentimentos escondidos, mágoas cultivadas, desentendimentos não esclarecidos.

Como ser feliz assim?

Como podemos amar e não declarar?

Como podemos crucificar ao invés de conversar e perdoar?

Como deixamos, aparentemente, para trás coisas fundamentais para a marcha futura?

Podem até paracer BESTEIRINHAS. Porém, há de chegar o dia em que o lixo escondido debaixo do tapete será volumoso demais para ser ignorado.

Por isso, abra os olhos. Não apenas no sentido figurado. Abra os seus verdadeiros olhos, os da alma. Permita-se conhecer seu próprio eu, sua verdadeira identidade. Tire os óculos de Clark Kent e cruze as nuvens como um verdadeiro super herói.



Afinal, como dizia a escritora americana Ramona L. Anderson:


"As pessoas gastam uma vida inteira buscando pela felicidade; procurando pela paz. Elas perseguem sonhos vãos, vícios, religiões, e até mesmo outras pessoas, na esperança de preencherem o vazio que as atormenta. A ironia é que o único lugar onde elas precisavam procurar era sempre dentro de si mesmas"





p.s. dedico este post as maravilhosas Theodora, Betina, Bettina e Mira, as quatro fadinhas que abriram meus olhos para minhas reais razões de viver. Um beijo enorme para todas.


3 comentários:

Cofrinho de Letrinhas disse...

Barbara...adorei o seu blog ! Quando eu crescer quero ser igual a você !!! rsrs bjus

KàáH disse...

Selo pra ti no meu cantinho..
BJuz

Drizana Ribeiro disse...

Gostei muito do seu post. E você tem razão, agente passa a vida procurando coisas para preencher nosso vazio, que não se dá conte de que ele na verdade, não existe. Temos uma família, amigos e tudo aquilo que desejamos ter, então porque faltaria alguma coisa? Não falta nada! E o pior é que procuramos tanto por esta resposta e todo o tempo ela esteve dentro de nós !

Adorei o seu blog e estou te seguindo !
Beijinhos, Dri !

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