sábado, 12 de dezembro de 2009

Sobre o Mistério da Vida



Às vezes é preciso que algo aconteça em nossas vidas para que surjam reflexões valorosas.
A ocasião não poderia ser mais funesta: um velório. Mas tal acontecimento acabou por desencadear mil e um questionamentos.
Já pararam para pensar que realmente existe uma força inexplicável que nos move, nos impulsiona nessa aventura da vida?
Sem ela, não passamos de um corpo inerte, matéria inanimada.
Alguns podem chamá-la alma, outros, espírito. Os mais céticos buscam na metafísica e nas demais ciências explicações.
Nada é concreto. Continuamos vivendo e morrendo, sem entender realmente o que somos: se apenas um aglomerado de átomos, uma mutação dos macacos ou um sopro divino.
Aliás, aí está o adjetivo correto: Divino. A real divindade está em cada ser, em cada criatura existente. A iconografia e idolatria deveriam fazer referências claras ao ser que habita em todos os seres. Talvez só no caso dos mártires, santos e personalidades ilustres é que vislumbramos essa força invisível que nos impulsiona. Declaramos admirar a força, a coragem, a disposição destes indivíduos, ao passo que esquecemos das nossas próprias qualidades. A raiz destes “antolhos” é um dos grandes segredos da humanidade. Entender o porquê disso é outra coisa.
Voltando ao ponto. 
A ideia da morte sempre assombrou. Uma vez que atrelada a ela sempre vemos a ideia de fim, extinção. 
E se não fosse assim? 
E se vivêssemos um dia de cada vez? 
E se vivêssemos cada ato em sua plenitude, sem aquela preocupação obsessiva com o futuro? 
Sabe, mais ou menos, aquela coisa de escovar os dentes realmente escovando os dentes, verificando a retirada dos resíduos, a textura, o brilho do esmalte. Mas cotidianamente, escovamos os dentes pensando no ônibus que teremos que pegar, nas coisas que teremos que comprar no supermercado, nas tarefas que serão desenvolvidas no trabalho. Enfim, pensamos em tudo, menos no que estamos fazendo. Nos preocuparmos com o que ainda nem aconteceu. Isso nos remete àquela ideia anteriormente debatida: a efemeridade de todas as coisas.
Voltando ao ponto exato de acabar: a morte.
Assunto muito controverso, já foi inspiração para muitos escritores, pensadores, intelectuais. Porém nenhum transmitiu com mais maestria a essência deste tema do que o francês Victor Hugo. Em seu livro “Lês Tables Tournantes de Jersey”, o autor fala sobre uma ideia de morte um tanto quanto diferente daquela que estamos acostumados:

“A morte não é o fim de tudo.

Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra.

Na morte o homem acaba e a alma começa.

Eu sou uma alma.

Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu eu, o meu ser.

O que constitui o meu eu, irá além.(...)”

E não é só isso. 
Em outras obras – Os miseráveis – o autor percorre o universo da transmutação das relações humanas, alinhavando as ações e percalços de seus personagens, sob um pano de fundo comum: a efemeridade de todas as coisas.
Desde de criança a morte sempre foi uma ideia difícil de me acostumar, algo que deixa no meu intimo uma sensação não só de vazio, mas principalmente de injustiça. 
Então criei uma espécie de metáfora para ela. 

Para mim, a morte é como um grande navio, onde as pessoas que embarcam ficam o resto de suas existências atravessando os mares, em um interminável cruzeiro de volta ao mundo. Na minha nau coloquei meus bisavós, avós, tios, primos, amigos, colegas de colégio, vizinhos, meus animais de estimação e, com uma dor infinita, uma filha. Gosto de imaginá-los juntos, confraternizando, sorrindo e felizes. Assim, sem sofrimento, sem dor. Isso apazígua um pouco o meu coração.
Acredito que cada pessoa é capaz de encontrar uma maneira de lhe dar com a morte. 
E creiam: o tempo realmente é um grande remédio. Ele não irá curar a dor, mas fará com que ela se transforme em algo menos sofrido. Não é capaz de plantar o esquecimento, mas coloca em nossos caminhos outras coisas, outros acontecimentos, outros obstáculos. Distrações que acabam por fazer com que apenas as boas lembranças, os bons momentos pareçam ser relevantes.
Talvez seja difícil encontrar esse ponto, esse sutil equilíbrio. Talvez, na pior das hipóteses, nunca se encontre. Mas, se serve de algum consolo, a vida nos impele, nos empurra para frente, independentemente da nossa vontade.
No fundo, no fundo, tudo isso advém de nada mais nada menos do que sentimentos, emoções, momentos...
Nada que a razão possa explicar.
Ideias sobre a morte, sobre o fim, sobre o futuro.
Ideias sobre a vida, sobre obstáculos, sobre mistérios.


*Dedico esse texto a todos aqueles que já perderam um ente amado, especialmente as minhas amigas Lorena, Lisa e Marina.

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domingo, 6 de dezembro de 2009

Selo 5 Revelações



Ideias de Barbara recebe mais um selo. Agradecemos a nossa amiga querida CarOl do Pequenas Ideias, pelo carinho de sempre. Beijos de toda a a equipe para vc.

Selo um pouco de mim em 5 revelações

As regras são bem simples. Basta completar as frases abaixo e passar a bola para mais 5 indicados.


Eu já...


Eu já passei de caiaque por baixo da ponte do Pontal – Ilhéus – BA.


Eu nunca...

Eu nunca pintei meus cabelos.


Eu sei...

Eu sei que parto normal é melhor do que cesariana. (por experiência própria)


Eu quero...

Eu quero fazer um cruzeiro pelas ilhas gregas.


Eu sonho...

Eu sonho com um mundo melhor, mais humano, mais digno para todos.


Os indicados do Ideias são:

A dona do Mundo

Ana Gabi

A Língua Nervosa

Mulher em Percurso e Percalço

Cenas da Minha Memória


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sábado, 5 de dezembro de 2009

E então é Natal!!!


E somos bombardeados de todos os lados por lindas mensagens, antigos clichês..."É hora de rever, reformular e coisa e tal..."

Mas, quantos de nós realmente o fazemos? Vejo revisões de metas e objetivos, mas será que não é momento de verdadeiramente revirarmos nossas gavetas de intenções, valores e conceitos?

Estamos criando nossos filhos numa sociedade superficial, artificial e volátil, onde vale mais quem tem mais. Ensinamos e ratificamos veementemente essa ideia quando abrimos mão de estar com nossos filhos para ganhar mais dinheiro, ou redecoramos toda a casa, ainda que tudo esteja no lugar, porque precisamos entrar na onda do novo piso, ou tratamos com naturalidade o fato de pagarmos mais de R$100,00 numa bermuda para uma criança de 5 anos que não a usará por mais de 6 meses.

Como orientamos nossos filhos em relação ao futuro?

O que ensinamos a uma criança quando esta nos pede um irmãozinho e nós respondemos: "Nem pensar, filho custa caro, você vai ter que dividir tudo o que tem..."

Por que escolas caras ensinam bem e as mais baratas nem tanto?

Tudo não se trata de pessoas? Pessoas ensinando e pessoas aprendendo?

Por que, mesmo sabendo que a natureza agoniza continuamos consumindo desenfreadamente e compramos para os nossos filhos todas as novidades irresponsavelmente?

Por que temos que trocar o carro com apenas um ano de uso, e valorizamos tanto esse bem?

Vamos então revirar nossas gavetas, liberar algum espaço para o verbo SER.

Quantos de nós levam seus filhos para desfrutar da beleza de um pôr do sol? Quantos ainda estimulam os filhos a admirar e vivenciar as maravilhas da Natureza?

As conquistas materiais devem sim ser perseguidas e nossos filhos estimulados a buscá-las, mas isso não pode ser tudo.

E então, já que é Natal, vamos montar um presépio em nossas casas e mostrar aos nossos filhos que naquela total e extrema simplicidade, nasceu o maior dos homens, e que Jesus precisou apenas de AMOR e SABEDORIA para ser e fazer história, conquistar milhões e milhões de seguidores por séculos e séculos!

Vamos então lotar nossas gavetas de AMOR e SABEDORIA, promover a distribuição ilimitada e irrestrita desses sentimentos e educar nossos filhos envolvidos por eles.

É pelo exemplo que realmente educamos!!

Então, que tenhamos todos um Feliz Natal e que 2010 transborde de AMOR e SABEDORIA!!

Paloma Lopes
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sábado, 14 de novembro de 2009

No divã do Jornalista

Em 1836 o jornal americano New York Times publicou, pela primeira vez, o nome de alguém que foi entrevistado.

O repórter James Bennet entrevistou Rosina Townsend, dona de um prostíbulo. James foi duramente criticado pelos “coleguinhas”, não só os seus compatriotas, mas também, de outros países. Muitos declararam que esta atitude (publicar as palavras do entrevistado da maneira como foram ditas) transformava o repórter em um mero reprodutor da fala alheia. Não preciso dizer que fizeram muito barulho por nada. Afinal, as entrevistas ping-pong estão aí para deitar por terra tão elementar crítica.

Em 1995 a Editora Scritta publicou o livro “A arte da entrevista”, uma soberba coletânea de 48 entrevistas polemicas, marcantes e reveladoras.

Em 2004 o livro foi reeditado pela Editora Boitempo, ganhando comentários em forma de desenhos, feitos pelo talentoso Cássio Loredano. Vale a pena alertar que o texto sofreu alterações, cortes e acréscimos. Porém, não deixou de ser encantador.

Adolf Hitler, John Kennedy, Al Capone, Gilberto Freyre, Tolstoi, Madame Satã, Oscar Wild, Pablo Picasso, Marilyn Monroe, John Lennon, Freud, Fidel Castro, Gertrude Stein, George Bernard Shaw, Thomas Edison. Estes são alguns dos ilustres entrevistados.

Como leitora voraz, não poderia me furtar a revelar trechos primorosos.

Thomas Edison

“As coisas são o que são e não o que podem vir a ser um dia.”

The Pall Mall Gazett, 19 de agosto de 1889

Oscar Wilde

“Nós devíamos tratar todas as coisas simples da vida com seriedade, e todas as coisas sérias da vida com simplicidade sincera e calculada.”

St. Jame’s Gazette, 18 de janeiro de 1895

Leon Tolstoi

“Onde quer que haja a violência, o povo estará privado de sua liberdade.”

The Manchester Guardian, 9 de fevereiro de 1905

Sigmund Freud

“Os hábitos e as idiossincrasias mais desagradáveis do homem, como a trapaça, a covardia e a falta de respeito, são produzidos pela sua adaptação incompleta a uma civilização complicada. É o resultado do conflito entre os nossos instintos e a nossa cultura.”

Glimpses of the Great, 1930

George Bernard Shaw

“Existe alguma razão para que os olhos de uma mulher não possam alinhar uma alça de mira, e para que ela não use a inteligência para calcular o vento e puxar o gatilho tão bem quanto um homem? Se o senhor ler o jornal de hoje verá que muitas mulheres tiveram bebê ontem sem a ajuda de nenhuma máquina. Prove que um homem conquistou um feito tão surpreendente e difícil e nós vamos poder sentar e discutir o significado da sua vitória com seriedade.”

Liberty, 7 de fevereiro de 1931

Al Capone

“A virtude, a honra, a verdade e a lei desapareceram da nossa vida. Somos todos uns espertalhões. A gente gosta de fazer coisas erradas e se safar. E se não conseguimos ganhar a vida com uma profissão honesta, vamos ganhar dinheiro de outra maneira.”

Liberty, 17 de outubro de 1931

Gertrude Stein

“O escritor sério deve lembrar-se de uma coisa: que ele escreve seriamente e não é um vendedor. Se o escritor e o vendedor nasceram do mesmo homem, isso é uma sorte para os dois, mas se eles não nasceram, com certeza um matará o outro se forem forçados a viver juntos.”

The Atlantic Monthly, agosto de 1935

Pablo Picasso

“Não sou um surrealista. Nunca estive fora da realidade. Sempre estive na essência da realidade.”

New Masses, 13 de março de 1945

Mahatma Gandhi

“Alguém que busque a verdade nunca começará qualificando as declarações de seu opositor como indignas de confiança.”

Harijan, 14 de abril de 1946

John Kennedy

“Penso que, se vamos representar nosso papel de grandes defensores da liberdade – para cumprir todos os nossos compromissos, preparamos para uma população que será o dobro da que temos hoje – teremos de continuar a manter nossa estrutura de capitalistas. Temos que desenvolver nossos recursos naturais, construir escolas e hospitais, asilos e facilidades recreacionais, e todo o resto. E isso requer um grande esforço público, não somente a satisfação particular de nossas necessidades. Isso significa que os governos local, estadual e federal devem assumir suas responsabilidades, o que é sempre uma luta porque requer um escoamento do consumo privado – o que é imediato – para os fundos de consumo público, o que é menos óbvio para o indivíduo.”

The Sunday Times, 3 de julho de 1960

Marilyn Monroe

“Acho que em nossos dias estamos correndo demais. É por isso que as pessoas estão nervosas e infelizes – com suas vidas e consigo mesmas. Como é que você consegue fazer alguma coisa perfeita sob essas condições? A perfeição precisa de tempo.”

Marie Claire, outubro de 1960

John Lennon

“Se quisermos um rock n’ roll real, cabe a todos nós criá-lo e pararmos com essa neurose pela imagem revolucionária e o cabelo comprido. Temos que superar esse aspecto. Afinal, o que é o cortar o cabelo? Vamos confessar francamente agora e ver quem é quem, quem está fazendo algo por alguma coisa, quem está fazendo música e quem está produzindo bobagens.”

Rolling Stone, 21 de janeiro a 4 de fevereiro de 1971

Gilberto Freyre

“Nós sabemos que, com os atuais meios de comunicação, a televisão, o rádio e outros, a importância da alfabetização tem diminuído. Hoje você pode viajar e ir exatamente aos lugares que deseja, sem precisar ler: as farmácias têm um sinal que indica farmácia, os sanitários para homens e mulheres são identificados por figuras e não letras. Quer dizer, há uma superação crescente da letra, substituída por sinais e símbolos que vão se tornando uma característica cada vez maior de uma cultura moderna.”

Playboy, março de 1980

Garimpar. Selecionar. Um trabalho árduo, mas recompensado ao abrirmos o livro e nos depararmos com frases como estas acima.

E é justamente nelas que podemos constatar o total poder das palavras do teórico da comunicação, Edgar Morin:


“A entrevista desenvolve-se em direção das superindividualidades que reinam no mundo dos veículos de comunicação.”

Afinal, ao entrevistar alguém, repórter e entrevistado tornam-se (talvez com algum exagero), analista e paciente, vigário e penitente. Companheiros de exploração, mesmo que por apenas um par de horas.

Obs. Todas as citações foram retiradas da segunda edição, 1995, Editora Scritta
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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Poema Musicado


"Você disse que não sabe se não
Mas também não tem certeza que sim"

Mas

"Ainda vou te levar pra outro lugar

Além do sol, do mar."

Um Lugar que seja:


"Leve como o vento
Quente como o sol em paz na claridade
Sem medo e sem saudade"

Porque

"Se a lenda dessa paixão
Faz sorrir ou faz chorar

o coração é quem sabe"

E foi assim que:

"O seu nome eu escrevi na areia
A onda do mar apagou
em cada por do sol a saudade incendeia
Meu coração"


Por isso é que...

"Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
nem que seja só pra te levar pra casa
depois de um dia normal"

Pois

"Sei tudo que o amor
É capaz de me dar"

Além disso...


"Seu corpo é fruto proibido
É a chave de todo pecado
e da libido"

Por isso

"Atravesso o travesseiro te reviro pelo avesso
Tua cabeça enlouqueço
Faço ela rodar."

E então

"Quando gira o mundo

e alguém chega ao fundo
de um ser humano.

Há uma estrela solta pelo céu da boca
Se alguém diz: te amo."

E tenho certeza que

"Eu sei que vou te amar
por toda a minha vida eu vou te amar."

Mesmo sabendo que

"O amor é um grande laço
Um passo pr'uma armadilha
Um lobo correndo em círculo
Para alimentar a matilha"

Ainda assim

"Quando me chamou eu vim
Quando dei por mim tava aqui
Quando lhe achei me perdi
Quando vi você me apaixonei."


Agora fico a pensar

"Ai se não me desse o seu amor
O que seria de mim Deu
s meu
O que seria de mim"

Agora sei que


"O nosso amor não vai para de rolar

De fugir e seguir como um rio
Como um pedra que divide o rio
Me diga coisas bonitas"


Então lá vai


"Deixa eu dizer que te amo
Deixa eu gostar de você
Isso me acalma, me aquece a alma"

Porque

"Você é a escada da minha subida
Você é o amor da minha vida

É meu abrir de olhos do amanhecer
Verdade que me leva a viver
"

E você que leu isso tudo...

"Jogue suas mãos para o céu
E agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que

Estivesse sempre com você

Na rua, na chuva, na fazenda

ou numa casinha de sape"




Música Utilizadas e Interpretes
  • Se - Djavan
  • Outro Lugar - Detonautas
  • Tudo que se quer - Emilio Santiago e Verônica Sabino
  • A lenda - Roupa Nova
  • 4 Semanas de Amro - Luan e Vanessa
  • Só Hoje - Jota Quest
  • Emoções - Roberto Carlos
  • Olhar 43 - RPM
  • Garganta - Ana Carolina
  • Quando gira o mundo - Fábio Júnior
  • Eu sei que vou te amar - Tom Jobim e Vinícius de Moraes
  • Faltando um pedaço - Nana Caymmi
  • A primeira vista - Chico César
  • Rosa - Daniela Mercury
  • Mais feliz - Adriana Calcanhoto
  • Amor I love you - Tribalistas
  • Esperando na Janela - Catedral
  • Na rua, na chuva, na fazenda - Kid Abelha
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domingo, 18 de outubro de 2009

Rock you like a hurricane*


Flashes, contratos milionários, escândalos... Vida de Celebridade.

Hoje é mais do que comum nos depararmos com uma celebridade instantânea, dessas fabricadas em série por programas como o Big Brother ou A Fazenda. É tão chocante considerarmos tais personagens “famosos”, que chega até ser grotesco. Afinal, é muito diferente falar em Fernanda Montenegro e Kleber Ban-Ban.

 
Ops...alto lá! 

Antes que taxem o post de preconceituoso esclareço: o intuito aqui é falar sobre o que leva uma pessoa a ser famosa. O que ela fez para isso, são outros 500. 

Esclarecido, vamos adiante. 

A ideia original do conceito de fama perpassa por algo atrelado ao desempenho de atividades que requeiram talento e habilidade. Mas isso já é passado. A grande mídia descobriu como “inventar” famosos e lucrar absurdamente com isso. O resultado são péssimos cantores, maus atores, reles escritores e por aí vai... 

Engolimos verdadeiros mastodontes (sapos são pequenos) como se nos deliciássemos com iguarias finas. A ideia é nos transformar em fervorosos adeptos do Culto à Cultura de Massa. Credulidade à parte, não dá para deixar passar em branco a maneira como ela embota a nossa capacidade de julgamento.

Pare e pense: Como são as letras de músicas hoje?


Hum...deixo a resposta ao seu critério...afinal, não é tão difícil ter uma opinião a respeito de algo tipo:
“Se vê um trio elétrico
Elas seguem logo atrás
E na bobeira samba batendo caminhão de gás
Não tá na Internet, nem na televisão
Deve tá no pagode ralando a tcheca no chão 
Deve tá no pagode ralando a tcheca no chão”
Não bastasse o cerceamento do julgamento, ainda tem a vilania da estratégia. Isso mesmo, vilania. A grande mídia é uma verdadeira vilã, das mais cruéis e sem caráter, pois ao mesmo tempo em que oferece o “céu” à futura celebridade, não revela o preço que a fama pode ter. 


Muita gente não acreditou nessa “maldade” e acabou na cova. 

É, o caminho é difícil, a ascensão pode ser estratosférica, mas o fim é sempre uma certeza.

Elvis Presley, Marylin Monroe, Michael Jackson. Famosos que ocultavam, por trás de suas carismáticas figuras, os tormentos e mazelas da vida célebre. 

A fama cega, seduz. Ela enreda o seu escolhido, sugando-lhe todas as forças, exigindo enormes sacrifícios. E mesmo assim, ainda posa de complacente e valiosa. Nunca revela de cara que percalços aguardam os desavisados. Mas cobra a conta como se o houvesse feito. 

Elvis Presley nasceu em 1935 nos EUA. Era filho de um casal pobre, da classe operária. Acabou tornando-se o Rei do Rock e, por tabela, viciado em remédios, drogas e bebida. Especula-se até hoje, que sua morte tenha sido causada por uma overdose de medicamentos.


Marylin Monroe fazia milhões de fãs sonharem ardorosamente com suas formas femininas. Era garota propaganda de produtos mundialmente famosos como o perfume Chanel nº 5. Mas por trás disso, sofria de intenso desequilíbrio emocional, além de ser dependente de álcool e drogas. Entre vários casamentos e relacionamentos afetivos da diva, um destaca-se por sua total discrepância: seu casamento com o dramaturgo Arthur Miller. Esta união foi vista muitas vezes como a simbiose entre o intelecto e o sex-appeal puro, a real comunhão entre o corpo (Marylin) e a mente (Arthur). 


No entanto, sob a fachada desse glamuroso casal, escondiam-se conflitos profundos da alma: a eterna busca de Marylin pela figura paterna e segurança, e os instintos protecionistas e luxuriantes de Arthur. O casamento acabou sendo a união conveniente de duas personalidades cintilantes de sua época, que aparentemente tinham tudo, menos felicidade. O retrato desse idílio pode ser conferido no livro “Marylin Monroe e Arthur Miller: Sexo e Arte”, da escritora alemã Christa Maerker, Editora Gryphus. 

Mas o que um casamento imperfeito tem haver com a fama? Tudo. Ela corrompe o caráter, mina os valores, fragmenta a alma, escraviza. 

Não é exagero dizer que muitos famosos são zumbis de si mesmos. Que o digam Kurt Cobain, Michael Hutchence (INSX), Jimi Hendrix, Janis Joplin, James Dean, Anne Nicole Smith, Hearth Ledger…


Porém, até hoje ninguém conseguiu superar Michael Jackson. De garoto pobre de Gary, Indiana, a Rei do Pop foi um longo trajeto. Tão longo que as mudanças sofridas por ele não ficaram restritas apenas ao seu íntimo, extrapolaram o limite da aparência. Tornaram Michael um mutante, uma criatura andrógena e reclusa em sua própria “Terra do Nunca”.

Ah... e ainda tem aqueles fãs entusiastas que além de tornaram-se covers de seus ídolos, desejam tão ardorosamente ser o próprio que até fazem cirurgia plástica. Isso sem falar daqueles que alimentam “Teorias da Conspiração”, como a da falsa morte de Jim Morrison (The Doors).

Imaginem que propagam a ideia de que o astro ainda vive, baseando-se na seguinte “constatação”: o cantor media 1,83m e seu caixão tinham apenas 1,75m. Agora pasmem: não só Jim estaria vivo, como vivendo nas Ilhas Seychelles, no meio do Oceano Índico. Há quem acredite que Elvis e Michael Jackson seguiram por este mesmo caminho. Vai saber, né?

Voltando às nossas divagações sobre os “motivos” ou “precedentes” para a fama, cabe uma pergunta (meio tipo 3 em 1): O que realmente faz uma pessoa se tornar idolatrada: O que ela faz em vida ou como ela é lembrada depois da morte? 

Observem que pode até parecer a mesma coisa. A mesma dúvida. Mas não é. Tudo tem um amplo significado, interpretação. E as respostas para estas indagações são subjetivas, pois se basearão em nossas próprias crenças, nossos próprios pontos de vista. 

De qualquer forma, vocês, como eu, hão de concordar que as reveladoras e chocantes palavras de Marylin Monroe, desmistificam a imagem romântica da fama:
“Hollywood é um lugar onde pagam milhares de dólares por um beijo, mas apenas 50 centavos por sua alma.”

*O título desde post é o nome de uma canção gravada pela Banda alemã Scorpions. Ela trás como refrão principal os seguintes versos: “Here I am Rock you like a hurricane” Traduzindo: “Estou aqui para te balançar como um furacão.” A música faz parte do álbum “Love at First Sting”, e chegou a figurar entre as 10 melhores / mais tocadas em todo mundo, em 1984, segundo a Revista Billboard. Sua letra fala sobre badalação, luxúria, desejo. Tudo haver com o “furacão” da Fama.
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Selos de Outubro

Idéias de Barbara recebe novos Selos.
Então, antes de mais nada, vamos aos agradecimentos:
À CarOl do Pequenas Ideias pelos Selo Cartão Vermelho e pelo Selo O teu Blog é um Amor.
À Vivian do A Língua Nervosa pelo Selo Esse Blog é Show.
As flores vão correndo para ambas. Bjs.



Selo Cartão Vermelho


Esse selo se chama cartão vermelho.
“Cada um deve fazer uma listinha com 10 escolhidos para dar o cartão vermelho. Pode ser uma pessoa, uma atitude, enfim, tudo aquilo que, de alguma forma, nos incomoda - se quiser e precisar, dê uma justificativa breve. Após fazer isso, passe a bola para mais cinco blogueiros e vamos ver no que dá…”

Quem indico:

Blog do Barzinho
Filosofia e Vida
Poesia Sonhada
Sinapse Moderna
Amor e Ódio

Quem ou o quê recebe cartão vermelho:

1- A corrupção.
2- O mercantilismo em que se transformou a Educação no Brasil.
3- Falta de compromisso profissional.
4- Gente que se diz “intelectual” e não sabe nem se posicionar num debate.
5- Internet Explore
6- Banco que não respeita a Lei dos 15 minutos.
7- Maltrato e exploração de animais
8- Má distribuição de renda.
9- Falta de Responsabilidade Social.
10- Windows Vista

Selo Esse Blog é Show

A regrinha é:

Citar 10 palavras que definam seu blog!
Repassar para 5 blogs que tb sejam show!

O que define o Idéias de Bárbara: informativo, cativante, engraçado, contemporâneo, eclético, charmoso, viciante, alegre, ativista, fashion.

Ufa!!! Isso não foi mole!!

Para quem repasso:
A Dona do Mundo
Ana Gabi
As 7 pedras do Amor
Antalya
E-Glam


Selo O teu Blog é um amor
Esse a gente repassa para os blogs que vc considere um amor.
Então lá vai:
Dika.com
Cenas da minha Memória
Meus Poemas Favoritos
Porto das Crônicas
Pé de Meias
Livros pura Diversão
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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Consultório Sentimental

Vivo lendo por aí relatos de mulheres que narram suas desilusões amorosas. Rompem e reatam relacionamentos, não encontram o verdadeiro amor. Tristes histórias alinhavadas por muitos pontos em comum.
Talvez a ponta do novelo seja a idéia errada do que vem a ser uma relação verdadeira, sólida. Toda relação é uma parceria, uma forma de complementar o outro, ao mesmo tempo em que somos completos. Quando nos anulamos em função dos desejos e vontades do outro, deixa de ser parceria, passando a ser subserviência, dominação, escravidão.
Desenvolve-se assim uma simbiose doentia, onde dominado e dominador julgam necessitar um do outro, desempenhando exatamente estes papéis. Com o passar do tempo, ressentimentos e mágoas começam a acumularem-se embaixo do tapete, até que um dia o “monte” se torna grande demais para ser ignorado. E é justamente nesse ponto que o casal resolve discutir a relação. O que acaba sempre se demonstrando ser um péssimo negócio.
Vejam bem, o ruim não é discutir.
O ruim é nos tornarmos um poço de sentimentos negativos.
Discutir é sempre saudável.
O caminho mais correto é não deixar as pequenas coisinhas tornarem-se monstros que nos espreitam de dentro do guarda-roupa.
Cada problema, plano, vontade ou desejo deve ser esclarecido, explicado e debatido, no exato momento em que surge. Temos que falar sim, o que pensamos, sentimos e por quê.
Deixar dúvidas ou abrir concessões as quais não vemos com bons olhos, pode acabar nos transformando em um tipo de "Scrat"...
Agindo assim, não seremos capazes de viver nada além do que uma solidão a dois.
Conheço muitas relações assim. Casamentos e namoros que se arrastam durante anos, escondendo-se em aparências, usando máscaras e desculpas das mais artificiais possíveis.
Como ser feliz assim?
Realmente não sei responder.
Minha experiência de vida e observação do mundo me faz acreditar no que vivo: uma relação baseada em recíproca lealdade. Por favor, não limitem-se a interpretar lealdade apenas como fidelidade. Ela têm sim este significado, porém não apenas este. Ser leal é antes de tudo ser verdadeiro, sincero, transparente. Ser leal é não construir castelos em frágeis alicerces de falsidade e mentiras. Ser leal é apoiar incondicionalmente o parceiro, pois o nosso apoio é baseado exatamente naquilo que semeamos juntos. Ser leal é ter em mente como honrar os sentimentos do outro. Enfim, ser leal tem milhões de significados. Mas só ama realmente quem é leal. Não pode haver amor onde há hipocrisia, falsidade e subjulgamento.
É aqui que se devem estabelecer as barreiras do que é fugaz daquilo que é constante.
Como toda certeza você que está lendo este post conhece um ou mais casais que vivem a chamada relação elástico: cheia de vai e vens, rompem e reatam como num passe de mágica.
Numa relação assim, um dos lados é sempre aquele mais facilmente manipulado. Aquele que aceita e “perdoa” os erros, as falhas, os deslizes. Na maioria das vezes este lado somos nós, mulheres. Talvez porque, mesmo negando, ainda temos muito enraizada em nosso intimo, a fábula do homem ideal, do príncipe encantado. Que o digam filmes como: A nova Cinderela, Orgulho e Preconceito, e pó aí vai...
Paralelamente a isto, ainda existem outros motivos: o medo de fracassar, o orgulho, a opinião alheia, questões financeiras...
Ir e voltar para o mesmo parceiro pode até ser uma ideia acalentada por muitas, reconfortante em muitos aspectos. Mas até que ponto? Até que ponto aceitar esta situação sem sentir-se inferior, frágil, fraca, ou como muitas se sentem: transa fácil.
Talvez a melhor metáfora para isso seja a do pesadelo.
Uma relação assim é como ter um mau sonho, acordar, sentir o alivio doloroso de ter saído da situação. E, por vontade própria, adormecer e voltar para o antigo pesadelo.
Outras mulheres contam enfrentar diversos problemas, coisas demais para resolver. Acabam por colocar a culpa nos parceiros, filhos, familiares. Indicam um agente causador para cada desastre e, acomodam-se na reconfortante posição de vítima. Uma enorme ilusão.
É óbvio que não somos a Mulher Maravilha, mas culpar o outro nunca será resposta para nada. A primeira medida para solucionarmos essa “teia” de percalços é admitirmos até que ponto somos nós mesmas que originamos ou alimentamos estas situações. Fazendo apenas uma breve reflexão, você verá que neste cartório, ninguém é inocente. É imprescindível que não se tape o sol com a peneira. Pois, por mais que se tente, nunca seremos capazes de enganarmos a nós mesmas.
Se você viu aqui neste breve arremate de idéias, a figura daquilo que te impede de ser feliz, arregace as mangas, e comece a mudar sua vida. A felicidade está ao alcance de todos. Parta pra cima e acredite:
“Realmente o mais difícil é começar!”

Fica aqui mais um conselho, desta vez, nas palavras do escritor, jornalista e cineasta Arnaldo Jabor:
“Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.

Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.”

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