Estamos em fevereiro e podemos dizer, lamentando muito, que a Bahia completa 14 anos sendo administrada por governadores petistas. Sob a batuta de Rui Costa desde 2015, podemos dizer que excluindo as fantásticas peças publicitárias financiadas com dinheiro público, não há muita coisa para o baiano comemorar.
A Bahia de hoje apresenta um quadro de violência nunca antes visto no estado. Quatro das dez cidades mais violentas do país estão aqui, sendo que Salvador é hoje a 5ª capital mais violenta do país. As altas taxas de homicídio, o crescimento das facções e o aumento da sensação de insegurança são fatos incontestes. A polícia encontra-se mal remunerada, mal equipada e totalmente desvalorizada. Em alguns municípios, viaturas não dispõem nem de combustível, que dirá de revisão ou reposição de peças. Armas, coletes à prova de bala e munição, isso nem vamos mencionar aqui. A coisa está em um nível tal de gravidade que tornou-se banal ver policiais sofrendo com as péssimas condições de trabalho.
Se a Segurança Pública vai mal, podemos dizer que a Educação está pior ainda. As universidades estaduais tornaram-se antros de doutrinação ideológica, locais onde a lei que as tornou autarquias serve apenas para esconder e incentivar práticas criminosas, como o tráfico de drogas. Prédios em ruínas, instalações deterioradas, falta de manutenção. Tudo isso é um retrato dos anos de orçamentos congelados, redução de repasses e aplicação equivocada de verbas. No ensino básico não é diferente. Nosso ensino fundamental amarga um índice assustador: é campeão em defasagem e abandono escolar entre adolescentes e jovens. Como se já não fosse o suficiente, os alunos ainda colecionam baixíssima média de anos de estudo. Se pularmos para o Ensino Médio, antigo segundo grau, o retrato é tenebroso: Temos o pior Ensino Médio do Brasil. Sem educação, os jovens baianos estão fadados a outro flagelo: a baixa taxa de empregabilidade. Segundo o IBGE, 28,2% da população baiana entre 15 e 29 anos nem estuda nem trabalha. Esse índice fala por si só, dispensa qualquer comentário.
No campo da Saúde, a Bahia possui uma das piores redes de planejamento e regulação de todo o país. Não é a toa que ficou popularmente conhecida como “regulação da morte”. Enquanto o povo baiano agoniza em filas de hospitais ou a espera de exames ou de uma simples consulta, o governo estadual parece ser incapaz de enfrentar a realidade e tomar as rédeas da situação. Brincando com a saúde do povo, o Governo estadual transforma UPA em Hospital, posto de saúde em Pronto Atendimento e, tentando desesperadamente mostrar serviço, "ponga" nas obras do Governo Federal, como subterfúgio para tentar minimizar os impactos de sua gestão ineficiente.
Quando mudamos para o tema da representação parlamentar, vixe... Aí é que a porca torce o rabo. Inexpressiva e inoperante, a representação baiana tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado deixa muito a desejar. Pode-se dizer até que os deputados federais e senadores da Bahia são alinhados a interesses estranhos e contrários a uma eficácia na gestão nacional, tendo feito escolhas obtusas e abertamente prejudiciais à nação como o apoio à eleição de Rodrigo Maia e Renan Calheiros e o voto contrário à Reforma da Previdência. Vale ressaltar que dos 39 deputados federais 16 são do PT ou de partidos diretamente alinhados aos PT. No caso dos senadores, todos seguem a cartilha petista. Isso nos mostra que os ilustres representantes baianos são fruto de eleições em que a velha política é o que prevaleceu.
A triste realidade baiana é que tudo isso acaba oculto por um lindo sorriso de criança estampado em um outdoor, pago com o nosso próprio dinheiro, para enganar a nós mesmos. A lava-jato mostrou que o marketing baiano é o melhor do mundo e nesse cenário, o Governo do PT é sua melhor peça de propaganda. Abram os olhos, baianos!
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