O papa Francisco foi sepultado neste sábado, 26 de abril na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. Ele se torna o primeiro pontífice em cerca de 100 anos a ser enterrado fora do Vaticano.
Um cortejo fúnebre levou o caixão do papa para a igreja. O próprio pontífice pediu para ser enterrado lá. Ainda segundo a Santa Sé, 150 mil pessoas estiveram presentes no cortejo.
O funeral aconteceu na Praça de São Pedro, no Vaticano. A Santa Sé afirmou que mais de 250 mil pessoas, além de dezenas de chefes de Estado, compareceram. A cerimônia durou 2 horas e 10 minutos.
A cerimônia começou com a Missa de Exéquias, uma celebração dedicada aos fiéis que faleceram. De acordo com a agência de notícias Reuters, ela deveria ser concelebrada por 220 cardeais e 750 bispos e padres perto do altar, além de outros 4 mil padres na praça.
As autoridades limitaram o número de pessoas permitidas na Praça de São Pedro, com muitos enlutados reunidos atrás de barreiras.
Um amplo corredor de segurança também foi estabelecido na divisa do Vaticano com a Praça Pio XII para permitir a circulação das autoridades.
O caixão do pontífice foi fechado na sexta-feira, 25 de abril, em uma cerimônia fechada com cardeais.
Ainda de acordo com a Santa Sé, cerca de 250 mil pessoas compareceram ao velório de Francisco e se despediram do líder da Igreja Católica.
Um Livro dos Evangelhos foi colocado em cima do caixão fechado do papa Francisco que foi carregado pelos Cavalheiros de Sua Santidade – mordomos ou criados do papa.
Dezenas de chefes de Estado estiveram presentes no funeral do papa Francisco.
Antes do funeral, Trump teve um encontro com Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia. A Casa Branca pontuou que a reunião foi produtiva. Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, e Emmanuel Macron, presidente da França, também compareceram.
O cardeal Giovanni Battista Re disse durante a homilia da missa do funeral que Francisco foi um “papa entre o povo, de coração aberto a todos”.
“Rico em calor humano e profundamente sensível aos desafios atuais, o Papa Francisco compartilhou verdadeiramente as angústias, os sofrimentos e as esperanças desta época de globalização”, destacou Re.
Ele afirmou ainda que os gestos do pontífice em favor dos refugiados e deslocados são “incontáveis”.
“Sua insistência em trabalhar em prol dos pobres foi constante”, continuou o cardeal, observando que a primeira viagem de Francisco como papa foi a Lampedusa, uma ilha italiana no Mediterrâneo que há muito tempo recebe milhares de pessoas que cruzam a fronteira do norte da África.
O cardeal Re proferiu a Oração dos Fiéis, também chamada de Oração Universal.
O que aconteceu em seguida marcou uma mudança em relação aos funerais papais anteriores. Os cardeais proferiram uma breve oração em seis idiomas: italiano, francês, árabe, português, polonês, alemão e mandarim.
Foi a primeira vez que o mandarim foi incluído em um funeral papal.
“Por nós, aqui reunidos, para que, tendo celebrado os sagrados mistérios, possamos um dia ser chamados por Cristo a entrar em seu glorioso reino”, leu o Cardeal Agostino Liu Bo.
Durante seu papado, Francisco expressou seu desejo de visitar a China, e o Vaticano tem tentado, nos últimos anos, estreitar seu relacionamento com Pequim.
Mais tarde, os sacerdotes e outros celebrantes distribuíram a hóstia, também chamada de Sagrada Comunhão — o pão e o vinho, representando o corpo e o sangue de Cristo — entre os cardeais.
Após receberam, a hóstia foi distribuída entre a multidão de fiéis, buscando chegar ao máximo de pessoas possíveis.
O último papa a ser sepultado fora do Vaticano foi Leão XIII, que morreu em 1903.
O percurso do cortejo fúnebre tinha cerca de 5,5 km de extensão, incluindo muitos monumentos de Roma, como o Coliseu.
O sepultamento ocorreu em uma cerimônia privada, mas as visitas ao túmulo serão permitidas logo a partir do domingo (27). O túmulo terá apenas a inscrição do nome latino “Franciscus”.
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