sábado, 30 de agosto de 2025

Morre o escritor Luís Fernando Verissimo


O escritor Luis Fernando Verissimo morreu aos 88 anos, na madrugada deste sábado, 30 de agosto, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ele estava internado na UTI do Hospital Moinhos de Vento desde o dia 11 de agosto. A causa da morte foi complicações decorrentes de uma pneumonia, informou a instituição.

Verissimo tinha Parkinson e problemas cardíacos – em 2016, implantou um marcapasso. Em 2021, o escritor sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), e segundo a família, enfrentava dificuldades motoras e de comunicação.

O escritor deixa a mulher, Lúcia Helena Massa, três filhos e dois netos.

A despedida ocorrerá no Salão Nobre Julio de Castilhos, na Assembleia Legislativa do RS, a partir das 12h.

Veríssimo nasceu em Porto Alegre, em 26 de setembro de 1936. Viveu parte da infância nos Estados Unidos porque o pai, o escritor Erico Verissimo, um dos maiores nomes da literatura nacional, autor de obras como "O Tempo e o Vento", dava aulas de literatura brasileira nas universidades de Berkeley e de Oakland.

A carreira começou no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, onde começou como revisor em 1966. No Rio de Janeiro, trabalhou como tradutor.

O primeiro livro, "O Popular", foi publicado em 1973. Ao todo, Verissimo teve mais de 70 livros publicados e 5,6 milhões de cópias vendidas, entre crônicas, romances, contos e quadrinhos.

O escritor também escrevia colunas para os jornais "O Estado de S.Paulo", "O Globo" e "Zero Hora".

O humor de contos e crônicas marcou sua obra. Entre os personagens mais conhecidos criados por ele estão os de "Ed Mort e outras histórias", de 1979, "O analista de Bagé", de 1981 e "A velhinha de Taubaté", de 1983. Também criou a tirinha "As cobras", publicada na "Folha da Manhã", nos anos 70. "Comédias da vida privada", de 1994, deu origem à série da Rede Globo produzida durante os três anos seguintes.

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