sábado, 9 de setembro de 2017

A vida das Musas


O que leva uma mulher à condição de musa inspiradora de gênios como Lewis Carrol, John Lennon, Sigmund Freud, Nietzsche, Rainer Maria Rilke, Man Ray, Salvador Dalí?
O que torna estas mulheres diferentes?
Como se constrói uma relação de interdependência entre o artista e sua musa?

Em 'A vida das musas', a escritora Francine Prose investiga as histórias de nove musas e os artistas que elas inspiraram para responder a todas essas questões e elaborar um conceito de 'musacidade'.
Todas têm em comum relações afetivas intensas, apaixonadas, explosivas, que são exploradas por Francine em pequenas biografias de Hester Thrale, Alice Lidell, Elizabeth Siddal, Lou Andréa-Salomé, Gala Dalí, Lee Miller, Charis Weston, Suzanne Farrell e Yoko Ono.

O livro nos mostra, através de relatos diretos e indiretos, o complexo relacionamento entre o artista e sua musa, esclarecendo com grande sensibilidade e inteligência sobre as sutis origens emocionais do processo criativo. As nove mulheres escolhidas eram belas, sensuais ou dotadas de algum encanto menos convencional. Todas amaram e foram amadas por seus artistas e os inspiraram com uma intensidade de emoção estreitamente relacionada a Eros. Para esses artistas, o amor por suas musas forneceu um elemento essencial necessário à mistura de talento e técnica sem a qual não se produz arte.
Todas as musas têm seu toque diferencial. Mas como a parcialidade é fator inerente ao ser humano, devo dizer que as melhores histórias são de Gala Dalí, Lee Miller e Suzanne Farrell. 
Por que?
Vou dar só um gostinho...
A americana Lee Miller (1907-1977) era uma mulher bela e irrequieta, musa do famoso fotógrafo Man Ray. Nos anos 20, ela foi uma das primeiras modelos a aceitar fazer campanhas publicitárias de lingerie e, de maneira ainda mais ousada, de absorventes femininos.
Já Gala Dalí fascina o leitor pelas suas misteriosas origens, seu incansável interesse por sexo e seu visionário poder de multiplicar sua fortuna através da obra de seu marido, Salvador Dalí.
A bailarina Suzzane Farrell seduz o leitor com sua narrativa direita sobre seu relacionamento com o também bailarino e coreógrafo George Balanchine. De todas as musas, ela é com toda certeza a representação mais fidedigna deste título. Você terá que ler para descobrir porquê.
O livro também traz lindas fotografias de cada musa, escolhidas com primor.
Para aqueles que pensam que é um livro meloso, recheado de romantismo e histórias de conto-de-fadas, sinto dizer que não é bem este o caminho. Há sim um toque de sentimento, porém o lado mais explorado pela autora é o entrosamento, muitas vezes simbiótico, entre musa e artista.

Sobre a Autora



Francine Prose é romancista, crítica, ensaísta e professora de literatura e criação literária há mais de 20 anos em universidades como Harvard, Columbia e Iwoa, autora de vários livros, alguns já publicados no Brasil, entre eles Para ler como um escritor e Gula.
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domingo, 3 de setembro de 2017

Como o feminismo destrói celebridades

Já é praxe a guerra travada entre as cantoras pops pelos primeiros lugares na lista da Billboard. 
Foi-se o tempo onde apenas o taleto definia a vencedora do combate. Num mundo onde ideologias como o feminismo e o politicamente correto imperam, não demorou muito para que o tão falando "empoderamento" chegasse ao roll da música. Agora não basta apenas voz, arranjos inovadores, ousadia ou um corpito sarado. 

Não, não não.
Miley Cyrus: arrependimento de ter
seguido ideologia feminista

Agora a cantora tem que ser "empoderada".

Não faz muito tempo, vimos Miley Cyrus, na pele da linda e feminina Hannah Montana, arrastar multidões de fãs. Durante 5 anos, a imagem da adolescente certinha, mas que se metia em encrencas e passava pelos problemas normais da idade, foi o suficiente para o sucesso arrasador da cantora. Até que veio o tão famoso "empoderamento". Vimos a jovem doce, se tornar uma furiosa mulher, que brandia martelos, dançava nua em bolas de demolição e simulava atos sexuais em seu show ao vivo. Uma reviravolta e tanto para qualquer ser humano. Mas o que era novidade, não perdurou por muito tempo. Foram 4 anos. Este foi o tempo que a antiga Miley conseguiu conviver com a nova Miley. Em maio deste ano, em uma entrevista ao programa de rádio Zach Sang Show, a cantora confessou os arrependimentos que tem por ter conduzido sua carreira a se moldar por viés políticos e ideologias imperantes e para ilustrar, fez referência ao arrependimento por ter feito o clip da música Wrecking Ball.

Miley Cyrus no clip Wrecking Ball

"Estar nua, me balançando numa bola de demolição é algo que terei que conviver para sempre. Uma vez que você faz isso ... é para sempre. Eu nunca vivi isso. Sempre serei lembrada como a garota nua na bola de demolição. Esse é o meu pior pesadelo ... Aquilo que todos lembraram no meu funeral", declarou Miley Cyrus.




Mas se os sinos do esclarecimento já soaram para Miley Cyrus, não podemos dizer o mesmo em relação a Katy Perry. A cantora, que ficou mundialmente conhecida quando sua música "Hot and Cold" estourou nas paradas de sucesso em todo o mundo, hoje amarga duras derrotas na luta pelos primeiros lugares no ranking das mais tocadas.

Muitas coisas podem ser culpadas pelo declínio vertiginoso da carreira de Katy, porém nada pode ser um fator mais decisivo do que o feminismo.
Katy Perry antes do feminismo

Perry teve uma ascensão meteórica no mundo pop, lançando nove singles número um em apenas cinco anos, entre 2008 e 2013. Tudo ia muitíssimo bem para ela. Aí Katy conheceu o feminismo.

A cantora engrenou uma verdadeira espiral descendente depois de anunciar ao mundo "talvez, depois de tudo, eu seja uma feminista", em uma entrevista ao apresentador Karl Stefanovic, do programa australiano I wake up with today, em março de 2014 .

É inegável o fato de que ela sempre teve inclinações de esquerda, tendo feito até campanha para a reeleição do ex-presidente Obama. Mas até que ela se declarasse feminista, sua carreira ainda não tinha sido tão abalada por suas convicções políticas. 

Em junho de 2016, ela se tornou uma das principais celebridades no ativismo pró controle de armas, exigindo que o Congresso promulgue leis que restrinjam o uso e porte de armas de fogo.
No entanto, sua vida realmente ficou fora de controle quando começou a fazer campanha para Hillary Clinton. Endossar Hillary foi a gota d´água que faltava, o último prego para lacrar o caixão onde jazia sua carreira.

Katy Perry e Miley Cyrus: destruição da feminilidade após
adotarem o feminismo como ideologia
Eminem nos anos 90
Após a derrota que Hillary sofreu nas urnas, Perry adotou um corte de cabelo andrógeno e loiro, algo que, além de lembrar muito o estilo do rapper Eminem no final da década de 90, também lembra o que Miley Cyrus fez com sua longa cabeleira depois de ter se tornado feminista. 
O prejuízo para sua carreira foi incalculável. 
Seu álbum, Witness, lançado em 9 de junho de 2017, alcançou o topo das paradas de sucesso na primeira semana e depois voou imediatamente até o número 13 na semana seguinte. Os seus singles "Bon Appétit" e "Swish Swish" fracassaram terrivelmente, alcançado apenas a 59ª e 46ª, posições respectivamente na lista da Billboard.

Mas não parou por aí.
Defendendo com unhas e dentes as máximas feministas, Katy logo entrou em atrito com outra celebridade: Taylor Swift, a namoradinha da América. O motivo: Perry criticava Taylor por ela não adotar e colaborar com causas feministas.
Aliás, não é nem necessário dizer que por conta disso, Taylor passou a ser massacrada por feministas em redes sociais.
Inspirada por esse antagonismo, Taylor compôs e gravou, a música Bad Blood (sangue ruim). Em alguns versos, a loirinha deixa o recado:
Taylor Swift no clip da música Bad Blood


"(...) Now we got problems
And I don't think we can solve 'em
You made a really deep cut

And baby, now we got bad blood, hey

Did you have to do this?
I was thinking that you could be trusted
Did you have to ruin what was shining? (...)"

"(...)Agora, estamos com problemas
E não acho que podemos solucioná-los
Você fez um corte profundo
E querida, agora temos uma rixa, hey
Você tinha mesmo que fazer isso?
Eu achava que você era confiável
Você tinha mesmo que arruinar o que brilhava? (...)"



Recado melhor do que esse impossível. 
Mas Katy revidou. Na premiação do VMA 2015, quando Nicki Minaj, perdeu a indicação de melhor clip justamente para Taylor Swift e alegou que estava sofrendo racismo, Perry correu e atacou num twitter
A guerra estava declarada.
Tentando dar uma rasteira na sua rival, Katy lançou o clip para "Swish Swish" apenas 24 horas antes de Taylor Swift lançar "Look What You Made Me Do". Sua estratégia de ataque mostrou-se ser uma desgraça: seu clip foi totalmente ofuscado.

À medida que Taylor domina as redes sociais e as ondas de rádio, Katy passou a ser cada vez mais irrelevante. 

Um vídeo da música de Swift, contendo apenas a letra, superou a super produção do vídeo de Katy Perry no YouTube e ainda conseguiu a façanha de ser muito mais transmitido do que "Swish Swish" no Spotify.

O que vemos acontecer com Katy é exatamente a mesmíssima coisa que aconteceu com Miley Cyrus: suas carreiras vem vendo arrastadas na lama depois de ambas tornarem-se feministas.
Taylor Swift

Enquanto isso, Taylor Swift corria linda, leve e loira à frente das paradas de sucesso.  
Mas enganam-se aqueles que pensam que a loirinha ficou imune ao Câncer chamado FEMINISMO. A namoradinha da América também se converteu.
Nas palavras de Taylor:

"Sinceramente, eu não tinha uma definição exata de feminismo quando era mais nova. Eu não percebia todas as formas que o feminismo é vital para crescer nesse mundo. Acho que quando costumava dizer ‘Ah, feminismo não está muito no meu radar’, era porque, quando eu era vista como uma criança, eu não era tão ameaçadora. [...] Eu não me via sendo oprimida até eu me tornar uma mulher. N ão via duplo sentido nas manchetes, o duplo sentido na forma como as histórias são contadas, o duplo sentido na forma como as coisas são percebidas."

Uma lástima!
O seu novo single, "Look What You Made Me Do" (repleto de referências a essa mudança de ideologia adotada pela cantora), deve explodir, alcançando a primeira posição no quadro Billboard Hot 100 da próxima semana (em 16 de setembro).
Infelizmente a música perde mais uma estrela para o politicamente correto.
Tudo isso só serve para confirmar algo que nós já sabemos:

O feminismo é um câncer

Esta é dura lição que Miley Cyrus e Katy Perry estão aprendendo. Vamos ver quando Talor vai engrossar essa lista...




Links



Link para artigo sobre Hannah Montana

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hannah_Montana



Link para matéria sobre arrependimento de Miley Cyrus 



Link para clip Wrecking Ball - Miley Cyrus
https://www.youtube.com/watch?v=My2FRPA3Gf8&list=PLS27NmfWgSfkjGo3uFBeFUgWYtXNFRsaS


Link para entrevista onde Kate Perry se declara feminista

https://www.youtube.com/watch?v=H40rIbAc2ck



Link para matéria sobre apoio de Katy Perry à campanha de Barack Obama

http://www.hollywoodreporter.com/fash-track/katy-perry-barack-obama-fashion-386065



Link para matéria sobre apoio de Katy Perry à campanha de Hillary Clinton

http://www.dailymail.co.uk/news/article-3455296/Hillary-Clinton-s-campaign-paid-celebrity-supporter-Katy-Perry-70-000-event-production.html


Link para matéria sobre o sucesso de Taylor Swift
http://www.billboard.com/articles/columns/chart-beat/7949833/taylor-swift-look-what-you-made-me-do-biggest-sales-week


Assista ao clip Look What You made me do - Taylor Swift




Assista ao clip Bad Blood - Taylor Swift



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