segunda-feira, 6 de maio de 2024

Bombeiros baianos carregam vítima por 3km e resgatam 208 pessoas em áreas de risco do RS


A tropa do Corpo de Bombeiros da Bahia (CBMBA) carregou por cerca 3 km, uma vítima com indícios severos de desidratação e sem alimentação, nesta segunda-feira, 06 de maio.

A ação, em conjunto com o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS), aconteceu no distrito de Vila Olívia, em Caxias do Sul, por um trecho de difícil locomoção, transpondo rio e descontinuidades no terreno.

No quarto dia de atuação, para minimizar os estragos e o sofrimento das vítimas da chuva que incide no Rio Grande do Sul, os bombeiros do CBMBA já resgataram 208 pessoas, além de 18 animais domésticos. Os militares baianos também recuperaram quatro corpos.
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Sobe para 83 o número de mortos no Rio Grande do Sul


A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou as informações sobre as vítimas das tempestades que atingiram o Estado na última semana. O número de mortos subiu para 83 e há apuração se outros quatro óbitos registrados no Estado têm ligação com a tragédia.

De acordo com o boletim da manhã desta segunda-feira, 06 de maio, o Estado tem 111 desaparecidos e o número de feridos chegou a 276 pessoas. Ao todo, são 345 municípios afetados, gerando 121.957 desabrigados e 850. 422 pessoas afetadas, pelas enchentes, subidas das águas de rios, falta de eletricidade e vários outros problemas.

As chuvas pararam, mas o nível das águas do Guaíba segue quase 2,30 metros acima da cota de inundação. A verificação realizada nesta segunda apurou que Guaíba subiu 5,26 metros e o limite para inundação é de 3 metros. Segundo especialistas, o nível deve se manter em 4 metros pelos próximos 10 dias.

O boletim do Climatempo desta segunda aponta a chegada de uma nova frente fria a partir da metade da semana, com novas chuvas, deixando as autoridades em alerta. A possibilidade de aumento do frio deve dificultar os resgates.

A previsão de chuva para a partir da metade desta semana em áreas já castigadas por temporais no Rio Grande do Sul volta a deixar o estado em alerta.

De acordo com a Climatempo, o avanço de nova frente fria volta a provocar aumento nas condições de pancadas fortes de chuva. A possibilidade de aumento do frio pode dificultar os trabalhos de resgates e a situação das vítimas.

As forças militares já realizam mais de 10 mil resgates. Uma frota de 42 aeronaves, entre aviões e helicópteros trabalha incessantemente junto com o efetivo de 9 Estados. Diferentemente do que aconteceu em setembro do ano passado, praticamente todo o Estado do Rio Grande do Sul está afetado pela tragédia e não em uma região isolada.
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Internado com infecção de pele, Bolsonaro será transferido para São Paulo


O ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), que foi internado em Manaus (AM) no último domingo, 05 de maio, para tratar um quadro de erisipela, infecção bacteriana caracterizada pela inflamação da pele, será transferido nesta segunda-feira, 06 de maio, para São Paulo.

Segundo Fabio Wajngarten, um de seus advogados e assessor, Bolsonaro, de 69 anos, dará entrada no Hospital Vila Nova Star, centro médico onde foi submetido a diversas cirurgias abdominais nos últimos cinco anos devido a sequelas da facada sofrida em 2018 durante campanha eleitoral.

Mais cedo, o deputado Eduardo Bolsonaro, terceiro filho do ex-presidente, publicou na rede social X que seu pai já reagia “bem aos antibióticos”. A publicação vem acompanhada de uma foto do ex-presidente deitado em uma cama de hospital, com os olhos fechados e com o corpo parcialmente coberto com um lençol. Na imagem, sua perna esquerda está com uma grande mancha vermelha na altura da canela.

No domingo, Bolsonaro anunciou no X que havia sido internado em Manaus para tratar uma erisipela, “ainda sem previsão de alta”. A erisipela é um tipo de infecção cutânea bacteriana que geralmente causa febre e dor. O Hospital Santa Júlia em Manaus informou que o ex-presidente deu entrada na unidade médica no sábado “com quadro de desidratação e processo infeccioso de pele” e que “voltou ao hospital após seus compromissos”, onde permaneceu “internado para antibioticoterapia venosa e hidratação”.

O ex-presidente chegou a Manaus na sexta-feira, 03 de maio, onde participou de um evento de campanha para a pré-candidatura do deputado federal Alberto Neto à prefeitura de Manaus. 

Bolsonaro sofreu uma infecção semelhante em novembro de 2022, logo após sua derrota eleitoral contra o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Sua última hospitalização havia sido em setembro de 2023 em São Paulo, para ser submetido a duas cirurgias relacionadas ao incidente de 2018.

Nos últimos meses, o político intensificou sua atividade pública com inúmeras viagens por todo o país para apoiar candidatos do seu Partido Liberal no período que antecede as eleições municipais em outubro. Ele também é alvo de diversas investigações judiciais e está inabilitado politicamente até 2030 por compartilhar desinformação sobre o sistema eleitoral.
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domingo, 5 de maio de 2024

Temporais no Rio Grande do Sul: Saiba como começou o desastre que já matou 75 pessoas


Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul já deixaram 75 mortos confirmados, 6 óbitos em investigação, 103 desaparecidos e 155 pessoas feridas até este domingo (5). A chuva, que começou em 27 de abril, ganhou força no dia 29 de abril.

Os impactos atingiram diversas regiões do Rio Grande do Sul, diferentemente de 2023, quando os temporais foram em regiões isoladas. As áreas mais afetadas são os vales dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sinos, Gravataí, além do Guaíba, em Porto Alegre.


Sábado, 27 de abril: primeiro temporal

No sábado, antes do início da tragédia, alguns municípios do Vale do Rio Pardo registraram impactos provocados pela chuva e pelo granizo. Santa Cruz do Sul foi uma das cidades mais afetadas.

Em Porto Alegre, o temporal provocou a queda de mais de 1,2 mil raios.


Domingo, 28 de abril: impactos

A Defesa Civil registrou impactos em 15 municípios após o temporal do dia anterior. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja com risco de tempestade para toda a metade sul do estado.


Segunda, 29 de abril: alerta vermelho

Uma casa pegou fogo, em Taquara, após ser atingida por um raio. Ninguém se feriu.

No final do dia, o Inmet emitiu alerta vermelho de elevado volume de chuva para a metade o estado. Era o início da tragédia.


Terça, 30 de abril: primeiras mortes

O Rio Grande do Sul registrou as primeiras mortes em razão dos temporais. Dois homens que estavam dentro de um carro morreram após o veículo ter sido arrastado pela água em Paverama. Naquele dia, o número de vítimas chegou a oito.

Estradas foram bloqueadas em diversas regiões. A força da água arrastou um trecho da BR-290 em Eldorado do Sul.

Uma ponte foi levada pela água, em Santa Tereza, durante uma gravação da prefeita alertando sobre temporal.

Uma ponte também foi destruída em Santa Maria. A queda ocorreu no km 228 da RSC-287.


Quarta, 1º de maio: estragos generalizados

O número de mortes chegou a 11. Uma das vítimas morreu após um deslizamento em Salvador do Sul.

Um vídeo mostra o momento em que uma mulher é arrastada pela correnteza do rio, em Candelária. Ela foi encontrada viva.

A ponte que ficava sobre o Rio Pardinho, em Rio Pardo, foi levada pela força da água.

Parte de uma casa foi levada pela força das águas de uma enchente em Putinga. A parte construída em madeira se desprende do restante do imóvel, construído com tijolos.

Um homem que ficou 15 horas sobre o carro foi resgatado por quatro amigos entre Cachoeira do Sul e Rio Pardo.

No mesmo dia, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), admitiu a dificuldade de resgatar todas as pessoas afetadas.

"Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates", disse o governador.

No final do dia, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu uma "orientação expressa" para que moradores do Vale do Taquari deixassem áreas de risco.


Quinta, 2 de maio: cheias históricas

O estado terminou o dia registrando 32 mortes, entre a contagem oficial da Defesa Civil e óbitos informados por outras autoridades. O volume de chuva que caiu nos últimos dias equivalia a três vezes a média para esta época do ano. O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública.

O Rio Taquari passou dos 30 metros de altura e atingiu o maior nível da história.

O único hospital da cidade de Três Coroas foi interditado após ser inundado por causa da água da chuva.

Uma embarcação conhecida como "balsa de São Valentim" bateu contra uma ponte que faz a travessia entre Lajeado e Estrela.

O presidente Lula (PT) e o governador Eduardo Leite (PSDB) discutiram, nesta quinta-feira (2), ações para enfrentar as cheias no Rio Grande do Sul. Lula disse que não faltará recurso e citou "um comando conjunto".

A barragem 14 de Julho, localizada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, se rompeu parcialmente.

O Guaíba, em Porto Alegre, ultrapassou a cota de inundação, atingindo 3,63 metros.

Uma ponte foi levada pela força do Rio Caí em Feliz. A travessia ligava o centro do município de 13,7 mil habitantes às localidades de São Roque e Picada Cará e ao município de Linha Nova.


Sexta, 3 de maio: caos em Porto Alegre

O dia terminou com a contagem de 39 mortes no estado.

Os efeitos do temporal começaram a ser sentidos, com maior gravidade, em Porto Alegre. Durante a manhã, autoridades bloquearam o trânsito sobre as duas pontes do Guaíba em razão da alta do Rio Jacuí e "avarias aparentes", após duas embarcações colidirem contra a estrutura da ponte nova.

O nível do Guaíba passou de 4,6 metros. As águas atingiram a Rodoviária, ruas do Centro Histórico, os centros de treinamento de Internacional e Grêmio e outros pontos.

As águas continuaram subindo, levando baratas para ruas e imóveis. No fim do dia, o nível do Guaíba chegou a 4,77 metros, ultrapassando o recorde de 1941.

O Aeroporto Internacional Salgado Filho foi fechado, e companhias aéreas cancelaram partidas e chegadas de voos em Porto Alegre.

A Defesa Civil estadual emitiu alerta e determinou a evacuação de comunidades em sete cidades após o rompimento parcial da barragem 14 de Julho. Ao todo, quatro barragens apresentavam risco de rompimento.

Equipes de resgate iniciaram as buscas por 34 pessoas que ficaram presas em um deslizamento em um trecho que liga Veranópolis a Bento Gonçalves.


Sábado, 4 de maio: maior tragédia da história

Com o número de 55 mortos confirmados e outros sete em investigação, a tragédia atual superou a ocorrida no Vale do Taquari, em 2023, que deixou 54 vítimas. O RS vive sua maior tragédia climática da história.

O Guaíba seguiu enchendo, alcançando a marca de 5 metros. A rodoviária de Porto Alegre suspendeu todas as viagens de chegada e saída após alagar.

Uma explosão dentro de um posto de combustíveis na Zona Norte de Porto Alegre causou um incêndio com feridos. Presídios ficaram ilhados, e o estado precisou transferir detentos.

Um buraco se abriu na Avenida Castelo Branco, no sentido Litoral/Capital. Com isso, o principal acesso a Porto Alegre ficou bloqueado. A pista cedeu após a água que passa por baixo da avenida, por uma comporta, levar parte do asfalto.

Cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre, como Canoas, Eldorado do Sul e Guaíba, registraram inundações. Autoridades e voluntários trabalham, com barcos e motoaquáticas para ajudar pessoas isoladas, que esperaram por resgate em cima de imóveis e de viadutos.

O gramado da Arena do Grêmio inundou no sábado. O estádio fica próximo à foz do Rio Gravataí no Rio Jacuí, em Porto Alegre. O bairro Humaitá, na Zona Norte, é mais um local fortemente atingido pelas enchentes históricas no Rio Grande do Sul.


Domingo, 5 de maio: Nível do Guaíba em elevação

Após bater recorde histórico no sábado (4), o nível do Guaíba continuou subindo na madrugada deste domingo (5), de acordo com a medição da Prefeitura de Porto Alegre. Às 7h, o lago estava com 5,30 metros.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul afirmou que 66 mortes foram confirmadas em razão dos temporais que atingem o estado, conforme boletim divulgado às 9h deste domingo (5). Outros seis óbitos já confirmados estão sendo investigados, para verificar se têm relação com a tragédia.
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No Rio Grande do Sul, nove pacientes morrem em UTI após alagamento



O prefeito de Canoas, uma das cidades atingidas por enchentes no Rio Grande do Sul, Jairo Jorge (PSD), divulgou no sábado, 04 de maio, um vídeo em que diz que a inundação da UTI do Hospital de Pronto Socorro do município levou à morte de nove pacientes. Segundo o prefeito, a entrada de água na unidade causou falta de energia, o que desligou os equipamentos.

"A água entrou, teve um colapso na UTI por problema de energia. Tentamos manter os pacientes, mas não conseguimos e, por isso, morreram nove" - afirmou o prefeito em uma conversa por telefone celular com o ministro das Comunicações, Paulo Pimenta, divulgada em redes sociais.

Segundo a prefeitura de Canoas, o hospital foi esvaziado pela manhã e os pacientes transferidos. A recomendação é de que a população busquem o Gracinha, unidade universitária, que funciona no município, em caso de necessidade por atendimento médico.

Na manhã deste sábado, o governador, Eduardo Leite (PSDB), detalhou a situação de Canoas e citou que os alagamentos haviam afetados os geradores do hospital:

"Estamos firmes com todo o esforço para atender as comunidades. É muita água que está vindo. Busquem ficar em segurança. É algo histórico. Um momento triste e dramático que a gente está vivenciando" - disse o governador.

No Rio Grande do Sul, Canoas é a terceira cidade mais populosa, com 357,7 mil habitantes, atrás apenas de Porto Alegre e Caxias do Sul.

Até o último balanço da Defesa Civil, divulgado às 18h deste sábado, 55 mortes haviam sido confirmadas. As chuvas já afetam 317 dos 497 municípios.


* Com informações de O Globo
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quarta-feira, 1 de maio de 2024

Trinta anos após sua morte, Ayrton Senna permanece vivo na memória dos brasileiros


No dia 1º de maio de 1994, o Brasil e o mundo perdiam um dos maiores ídolos da história do esporte: Ayrton Senna da Silva. Três décadas se passaram desde aquele trágico dia em Ímola, na Itália, mas a memória e o legado deixados pelo tricampeão de Fórmula 1 permanecem vivos. 

Senna nasceu em São Paulo, em 21 de março de 1960, e desde cedo demonstrou um talento excepcional para as corridas. Sua carreira na principal categoria do automobilismo começou em 1984, e rapidamente ele se destacou como um dos melhores pilotos da história. Com um estilo agressivo e arrojado, conquistou o coração dos brasileiros e de fãs ao redor do mundo. Em 1988, Ayrton conquistou seu primeiro título mundial pela McLaren, repetindo a dose em 1990 e 1991. Sua rivalidade com o francês Alain Prost, que culminou em polêmicas e acidentes marcantes, é uma das mais célebres da história da F-1.

Além de seu talento nas pistas, Ayrton Senna também era conhecido por sua dedicação às causas sociais no Brasil. Ele foi um dos pioneiros no apoio a projetos de educação e combate à pobreza, deixando um legado no instituto que leva seu nome. 

Sua morte precoce, aos 34 anos, chocou o mundo e deixou uma lacuna no esporte brasileiro. Mas seu legado continuou a inspirar gerações de pilotos e fãs, que encontram em Senna não apenas um ídolo, mas um exemplo de determinação, coragem e superação.

“O Instituto Ayrton Senna nasceu do sonho do tricampeão brasileiro de Fórmula 1 com um país em que todos tivessem a chance de ser vitoriosos no que quisessem, desejo que foi levado adiante por sua família”, apresenta-se a ONG brasileira presidida por Viviane Senna, irmã do ídolo.

Após sua morte, o piloto recebeu diversas homenagens no Brasil ao redor do mundo, mas principalmente em sua cidade natal, São Paulo. As mais célebres são os murais do renomado artista Kobra, mas há marcas em diversos pontos da cidade. 

Um ano após o trágico acidente na curva Tamburello, um complexo viário que liga a avenida 23 de Maio à avenida Antônio Joaquim de Moura Andrade foi inaugurado com o nome de Ayrton Senna. O kartódromo de Interlagos foi rebatizado. Também ganharam novo nome a antiga rodovia dos Trabalhadores — e nela hoje há uma estátua do ídolo, instalada em 2019 — e a estação Jardim São Paulo do Metrô. O bairro do Paraíso tem uma praça batizada em memória ao tricampeão. E o Corinthians, clube do qual Senna era torcedor, faz questão de alimentar a relação até hoje. Segundo os Correios, os 26 Estados e o Distrito Federal têm algum logradouro com o nome de Ayrton Senna. Trinta anos após sua morte, ele permanece vivo na memória, no coração e no cotidiano dos brasileiros.
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terça-feira, 30 de abril de 2024

Paul Auster, escritor norte-americano, morre aos 77 anos


O renomado escritor norte-americano Paul Auster faleceu aos 77 anos devido a complicações de câncer do pulmão nesta terça-feira, 30 de abril. 

Sua última obra, intitulada “Baumgartner”, será lançada no Brasil no segundo semestre deste ano pela Companhia das Letras, responsável pela publicação de quase vinte livros do autor em território nacional. A editora, que detém os direitos de publicação de Paul Auster no Brasil, incluirá o próximo lançamento em seu catálogo, ampliando a coleção de livros do escritor disponíveis no país. O romance, que marca o vigésimo da carreira de Auster, aborda a história de um homem idoso que se depara com as lembranças de sua falecida esposa e a percepção do impacto que ela teve em sua vida.

A trama de “Baumgartner” reflete temas recorrentes na obra literária de Auster, como as reflexões sinceras de um homem maduro sobre sua existência e a técnica de explorar diferentes pontos de vista sobre um mesmo acontecimento. Publicado no final de 2023, o livro foi escrito após o autor receber o diagnóstico de câncer de pulmão, que o levou a óbito. Apesar disso, a recepção da obra foi menor em comparação com seu trabalho anterior, “4321”, considerado um dos pontos altos de sua trajetória no mundo da literatura.



Outro ponto marcante de sua obra foi a publicação de Trilogia de Nova York, um livro que traz três contos ambientados na big apple. Na narrativa de Auster, a cidade que se torna a imagem de um labirinto mental feito de crimes e violência, pistas falsas e verdadeiras, acasos e equívocos. Nas três histórias deste livro, Paul Auster, talvez o mais nova-iorquino dos escritores americanos, confronta seus personagens com o mistério da identidade, do conhecimento e da arte. Em Cidade de vidro, um escritor de policiais é confundido com um detetive particular e passa a encarnar a sério o papel. Em Fantasmas, um detetive contratado para vigiar um homem transforma a tarefa num caso de vida ou morte. Em O quarto fechado, o amigo de um escritor desaparecido é atormentado pela culpa, depois que a suposta viúva o encarrega de publicar os originais do marido. Nova York se torna, aqui, a imagem de um labirinto mental feito de pistas falsas e verdadeiras, de acasos e equívocos: é na própria cidade que Auster se apóia para retrabalhar o gênero policial.
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30 de abril: Dia Nacional da Mulher


O Dia Nacional da Mulher, celebrado em 30 de abril, foi estabelecido por meio da Lei nº 6.791, de 9 de junho de 1980, com o objetivo de estimular a participação das mulheres no processo de desenvolvimento de políticas e práticas que visam o progresso e a melhoria das condições econômicas, sociais e culturais da sociedade. Este dia foi instituído como forma de homenagear o nascimento de Jerônima Mesquita, enfermeira brasileira que colaborou na criação do Conselho Nacional das Mulheres.

A data reforça a importância da participação das mulheres na política. De acordo com o Relatório Mundial sobre Desigualdade de Gênero, elaborado e publicado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial, as mulheres representam apenas 26,1% de cerca de 35.500 assentos em parlamentos e apenas 22,6% de mais de 3.400 ministros em todo o mundo.

O Dia Nacional das Mulheres é uma oportunidade para celebrar as conquistas, cobrar autoridades e participação das mulheres, destacar as contribuições femininas dentro da sociedade, por meio de igualdade e políticas públicas. Neste dia, comemoramos os avanços conquistados, reforçando a importância de papeis femininos na construção de um futuro mais justo e igualitário.

Em uma data tão emblemática, não podemos deixar de mencionar os avanços que alcançamos, através das leis que protegem e amparam às mulheres no Brasil.


Lei Maria da Penha - Lei 11.340/2006

Toda caso de violência doméstica ou intrafamiliar contra mulher é crime. A lei oferece proteção policial, escolta, e transporte para lugares seguros, exames de corpo de delito, prisão preventiva do acusado e estipula que o agressor fique distante da vítima.


Lei Joana Maranhão - Lei 12.650/2012

Determina que a contagem para prescrição de crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes seja calculada a partir de quando as vítimas completarem 18 anos e não mais da data em que o abuso foi praticado. Deste modo, as vítimas tem mais tempo para denunciar e punir seus agressores.


Lei Carolina Dieckmann - Lei 12.737/2012

É crime invadir aparelhos eletrônicos com o objetivo de obter, adulterar, destruir ou compartilhar publicamente dados sem autorização do proprietário.


Lei do Minuto Seguinte - Lei 12.845/2013

Mulheres vítimas de violência sexual tem direito a atendimento emergencial, integral e multidisciplinar, obrigatório e gratuito, no minuto seguinte à agressão, antes mesmo do registro do boletim de ocorrência. Além disso, a lei assegura amparo médico, psicológico e social, medidas de prevenção da gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis.


Lei do Feminicídio - Lei 13.104/2015

Quando uma mulher é morta em decorrência de violência doméstica ou familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher, fica caracterizado o feminicídio, um crime hediondo cuja pena pode chegar a 30 anos de reclusão.


Lei de Importunação Sexual - Lei 13.718/2018


É crime qualquer ato de caráter sexual na presença de alguém sem sua autorização (beijar à força, apalpar, desnudar, etc.) com a intenção de satisfazer o prazer sexual próprio ou de terceiros.


Lei do Stalking - Lei 14.132/2021

É crime perseguir alguém com frequência e por qualquer meio, ameaçando sua integridade física ou psicológica, restringindo sua locomoção ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. Há um agravante caso vítima seja mulher ou criança.


Lei da Violência política contra a mulher - Lei 14.192/2021

Lei que estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher durante as eleições e no exercício de direitos políticos e de funções públicas. A lei considera violência política contra as mulheres toda ação, conduta ou omissão com a finalidade de impedir, obstaculizar ou restringir os direitos políticos delas. Altera o Código Eleitoral para proibir a propaganda partidária que deprecie a condição de mulher ou estimule sua discriminação em razão do sexo feminino, ou em relação à sua cor, raça ou etnia.


Lei Mariana Ferrer - Lei 14.245/2021

Esta lei prevê punição para atos contra a dignidade de vítimas de violência sexual e das testemunhas do processo durante julgamentos. Durante as fases de instrução e julgamento do processo, ficam vedados a manifestação sobre fatos relativos à pessoa denunciante que não constem dos autos e o uso de linguagem, informações ou material ofensivos à dignidade dela ou de testemunhas.


Lei da Laqueadura - Lei 14.443/2022

Reduziu para 21 anos a idade mínima para mulher realizar a laqueadura. Além disso, acabou com a exigência do consentimento do cônjuge para realização do procedimento.


Lei de reserva de vagas - Lei 14.542/2023

Mulheres em situações de violência doméstica e familiar tem prioridade no atendimento pelo SINE (Sistema Nacional de Empregos). Para elas, serão reservadas 10% das vagas ofertadas.


Lei da Igualdade Salarial - Lei 14.611/2023

É obrigatório que homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo ou a mesma função tenham o mesmo salário.
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